terça-feira, 20 de abril de 2010

Bispos dos EUA divulgam 10 conselhos para proteger as crianças


No Mês para a Prevenção do Abuso contra Crianças
WASHINGTON, D.C. quinta-feira, 15 de abril de 2010 (ZENIT.org). – A Conferência Episcopal dos EUA divulgou nesta semana uma série de conselhos para proteger as crianças de abusos, um esforço inovador das várias dioceses do país comprometidas com a segurança dos menores.

Nesta segunda-feira, a Conferência dos Bispos Católicos publicou uma lista com os dez pontos, elaborada pela diretora executiva do Secretariado para as Crianças e os Jovens, Teresa Kettelkamp.

Durante o mês de abril, definido como o Mês para a Prevenção do Abuso contra Crianças, os integrantes das dioceses norte-americanas discutem atualizações em seus próprios programas e esforços para a defesas dos jovens.

O episcopado sublinhou que constituiu um “esforço-chave” a elaboração da “Carta de 2002 para a Proteção das Crianças e dos Jovens”.

Com base nas informações coletadas pela Igreja na apuração de vários casos de abusos sexuais por membros do clero, Kettelkamp sintetizou as conclusões em 10 diretrizes ou ações.

Kettelkamp lembrou aos fiéis que “ninguém tem o direito de ter acesso às crianças”, e que “ninguém, não importa quem seja, ter direito automático de conviver com as crianças e os jovens confiados à Igreja sem que antes tenha passado por uma seleção adequada”.

Para a especialista, “é ingênuo supor que as pessoas conheçam automaticamente os limites, pelo que as organizações a as famílias devem estabelecê-los de modo muito claro”.

Barreiras de segurança

Para a diretora executiva do secretariado, “o abuso sexual de menores pode ser evitado”.

Para isso, exortou os membros da Igreja “a construir barreiras de segurança ao redor das crianças e dos jovens”, por meio de monitores, códigos de conduta, políticas e procedimentos, além da implementação de programas específicos de segurança”.

A lista de conselhos adverte que “a experiência mostra que a maior parte dos abusos ocorre por parte de alguém em quem a vítima confia, muitas vezes da própria família”.

“A formação e a educação permite que os adultos estejam a par das técnicas de prevenção do abuso”, prosseguiu.

“Alguns abusadores isolam uma vítima em potencial dando-lhe atenção excessiva ou presenteando-a com presentes caros”.

“Outro recurso comum de aproximação consiste em permitir que os jovens se engajem em atividades que seus pais ou responsáveis não aprovariam, como por exemplo ver material pornográfico, ingerir álcool ou consumir drogas, ou ainda, atividades que envolvam contato excessivo”.

Kettelkamp finalmente destacou que “avaliar precedentes em igrejas, escolas e outras instituições tende a manter distantes os abusadores, seja por que desencoraja eventuais ataques, ou porque permite identificar abusadores e proibi-los de ter contato com crianças”.

Os 10 conselhos podem ser consultados na página www.usccb.org/comm/archives/2010/10-066.shtml (em inglês).

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