segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Dom de Línguas: A Glossolalia


Dando sequência a formação sobre os dons, apresentamos o texto Dom de Línguas: A Glossolalia, retirado do Informativo do ICRRS (International Catholic Charismatic Renewal Services).

O Dom de Línguas: A Glossolalia

O dom de línguas é um fenômeno bastante normal para as pessoas envolvidas na Renovação Carismática. Mas as pessoas que têm contato com este tipo de oração pela primeira vez podem sentir-se desapontadas, já que algo como a glossolalia parece estranho para eles. São Paulo advertiu os Coríntios que isto poderia acontecer.

“Se, pois, numa assembleia da igreja inteira todos falarem em línguas, e se entrarem homens simples ou infiéis, não dirão que estais loucos?” (I Coríntos 14, 23).

E esta advertência vem a partir da experiência. Os apóstolos falando em línguas no dia de Pentecostes foram objetos de gozação. “Outros, porém, escarnecendo, diziam: “Estão todos embriagados de vinho doce” (Atos 2, 13).

Aqueles que falam em línguas podem ser acusados de serem fanáticos ou mentalmente desequilibrados. Tal acusação pode atingir todas as pessoas que estejam profundamente envolvidas em oração, o que é notável a partir da imaginação convencional de oração. E o exemplo do Rei Davi prova isto. Sua filha desprezou-o quando ela o viu dançando e saltando em frente à Arca da Aliança (I Crônicas 15, 29).

No entanto, é necessário declarar que o falar em línguas foi prometido por Jesus antes de Sua Ascensão.

“Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas”. (Marcos 16, 17).

Portanto, não há nada estranho em usar este carisma. O problema parece surgir entre as pessoas que não conhecem o ensinamento bíblico sobre este dom.

É necessário ressaltar que há três tipos de oração em línguas mencionados na Bíblia:

1. A Profecia em línguas acontece quando uma pessoa fala em um idioma desconhecido e o resto dos participantes permanece em silêncio. Tal profecia dá frutos se outra pessoa tem o dom de interpretação e explica o que foi dito.

“Ora, desejo que todos faleis em línguas, porém muito mais desejo que profetizeis. Maior é quem profetiza do que quem fala em línguas, a não ser que este as interprete, para que a assembleia receba edificação. Suponhamos, irmãos, que eu fosse ter convosco falando em línguas, de que vos aproveitaria, se minha palavra não vos desse revelação, nem ciência, nem profecia ou doutrina? (I Coríntios 14, 5-6).

2. Após receber o Espírito Santo, os Apóstolos estavam falando em línguas que não conheciam antes e estas línguas eram compreensíveis para os Judeus de diferentes nações que vieram para Jerusalém para a festa (ver Atos 2, 4-13). Estas pessoas ficaram admiradas em ouvir sobre os “prodígios de Deus” em suas próprias línguas. Portanto, este tipo de dom de línguas é um sinal para aqueles que não acreditam.

3. Adoração espontânea do Senhor após receber o Espírito Santo (Atos 10, 44-46; 19, 1-7). Durante esta oração, muitas pessoas falam em línguas ou cantam em línguas simultaneamente e este é o verdadeiro dom da glossolalia.

Este dom é hoje em dia bastante comum em grupos de oração carismáticos. Seu uso mais frequente acontece quando todos estão adorando a Deus juntos. As pessoas rezam simultaneamente em suas próprias palavras, em línguas e em canções. Pode-se dizer que a glorificação zelosa ao Senhor foi renovada na Igreja pela Renovação Carismática e é uma contribuição muito importante ao jorrar de graças na Igreja contemporânea. O dom de línguas é também como um “quebra-gelo” em nosso contato pessoal com o Senhor, o que pode ser difícil quando uma pessoa está focada em si mesma e em seus problemas. Adorar a Deus concentra as pessoas na pessoa do Senhor e as abre para os próximos carismas que podem aparecer durante o Grupo de Oração.

O dom da glossolalia se faz presente durante a invocação do Espírito Santo e durante intercessões. Mas observa-se também que enquanto as pessoas estão glorificando o Senhor, elas geralmente cantam. Este carisma é muito usado durante intercessões, que é também um dos tipos característicos de ministério na Renovação Carismática. Muitas vezes, pessoas rezando por outras sentem que os pedidos que estas fizeram não são necessariamente aqueles que elas mais precisam. As pessoas que rezam por outras pessoas geralmente não sabem o que pedir, portanto, rezam em línguas. Então, de acordo com a Palavra de Deus (Romanos 8, 26-27), o Espírito “vem em auxílio à nossa fraqueza... E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus”. Algumas vezes o Espírito Santo revela, durante a oração em línguas, qual é o verdadeiro problema da pessoa que está recebendo a oração. O entendimento pode então ser proclamado como o dom do conhecimento. Algumas vezes o Espírito Santo entende o que as pessoas, fazendo a oração, estão pedindo e responde.

Resumindo, o dom de línguas é uma forma sobrenatural de comunicação com Deus através do Espírito Santo, que é o doador deste carisma. A glossolalia edifica a oração quando as pessoas se congregam no mesmo lugar para encontrar-se com Deus. Usada quando se está glorificando o Senhor, abre para outros carismas e une as pessoas no mesmo Espírito. Mas também edifica pessoas isoladamente, porque este dom pode ser usado durante nossas orações pessoais. “Aquele que fala em línguas, edifica-se a sim mesmo; mas o que profetiza, edifica a assembleia”. (I Coríntios 14, 4).

Podemos usar este carisma quando sentimos grande entusiasmo e queremos glorificar a Deus, mas nossa mente não consegue “produzir” as palavras adequadas para expressar nossos sentimentos. O dom de línguas é muito usado em tais ocasiões porque não bloqueia nosso entusiasmo. Mas é também bom lembrar que este dom não controla a pessoa, mas é a pessoa que controla o dom e pode fazer uso dele quando bem entender. Esta regra se aplica também ao dom da glossolalia. Por isso, o dom de línguas não deve ser considerado como um tipo de êxtase.



Darek Jeziorny - ICCRS

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

REPÚDIO AOS FESTEJOS MUNDANOS ORGANIZADOS POR GRUPOS DA IGREJA

Não há como calar diante da tamanha gravidade da situação. Hoje nós temos uma sociedade chagada pela vida contemporânea que a grande maioria leva baseada no hedonismo, relativismo religioso e ignorância política.

Hoje observamos um grande número de separações (já passam de 180 mil por ano), e dentre muitos fatores, o álcool se encontra numa posição de destaque. A bebida é causa de 90% das agressões sofridas pelas esposas. A bebida é causa da grande maioria dos casos de iniciação de dependência química. É difícil achar um depende de maconha que não tenha passado primeiro pelo álcool.



Então cabe a pergunta?



Por que alguns grupos jovens insistem em fazer festas com bebidas e banda de forró, axé etc?

Por que muitas paróquias continuam realizando festejos com bandas mundanas e muita cerveja? Sem contar os shows de piadas pesadas!

Já não basta a quantidade de shows de forró, Piauí fest, Micarina, Piauí fest Music etc? Será que as paróquias vão continuar contribuindo para proliferação dessa cultura de morte?



Diante dessa situação, tem como alguém conseguir convidar um amigo para participar da sua paróquia e mudar de vida?

Pelo amor que vocês tem por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora, parem com essa cultura de morte de querer vender cerveja nas festas paróquias! Parem de buscar o lucro e procurem chegar ao coração das pessoas.



A juventude é constantemente iniciada na bebida, na prostituição e drogas nessas festas e boates. Agora imagina UM GRUPO DA IGREJA também promover essas festas!!!! É um absurdo!

OS GRUPOS JOVENS QUE PROMOVEM ESSES EVENTOS É MELHOR QUE NÃO EXISTAM.



Jesus sempre cobrou radicalidade na aceitação do seu evangelho: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro.” (Mt 6,24).

Em Apocalipse encontramos: “Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te” (Ap 3,15-16). Logo não é possível sermos da Igreja Católica (que é a única Igreja de Cristo) e sermos Também do mundo.

São Paulo já fazia advertência aos cristãos que viviam como pagãos: “Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas idéias frívolas.” (Ef 4,17). O que seriam idéias frívolas? São idéias enganadoras da concupiscência e da sedução que o maligno nos oferece. As idéias que contrapõem o pensamento maligno são as idéias de santidade.

É urgente a criação de um sentimento de santidade nas paróquias. Não basta só as ordens religiosas buscarem a santidade, é preciso que os movimentos e pastorais vivam também a santidade.



Padres, parem de fazer discurso político na hora da homilia. Estudem o evangelho e as leituras e façam uma homilia que chegue no coração das pessoas! Será que vocês não percebem que as pessoas que não entendem ainda o valor da Santa Missa precisam de uma boa pregação para se converterem?

São Paula já alertava: “... como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?” (Rm 10,14). É preciso usar a homilia para PREGAR DE VERDADE e não ficar falando bobagens que ninguém entende. Nenhum estudante deve apresentar um seminário na faculdade sem antes se preparar bem, do mesmo jeito vocês padres precisam se preparar para falar bem na Missa.



Respeitem o povo e a Deus que escolheu você para o ministério sacerdotal! Não falem besteira na Missa!



Os padres que apóiam esses grupos e também promovem esses festejam precisam rever os seus conceitos de sacerdócio.

A nossa doutrina Católica é tão rica e tão bela, mas está escondida da população... as pessoas tão indo para o protestantismo pq não conseguem perceber a grandeza da doutrina Católica.



FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO... essa frase é verdadeira pq só existe uma arca de Noé para nos livrar do dilúvio do pecado, mas enquanto colocarmos barracas de cervejas na entrada da arca, as pessoas não sentirão necessidade de entrar.



Termino esse texto com a frase que São Fidélis de Sigmaringen disse ao ser cercado por soldados que o forçaram a renegar o que havia acabado de pregar, antes de ser morto: “NÃO POSSO, É A FÉ DE VOSSOS AVÓS. EU DARIA DE BOM GRADO MINHA VIDA PARA QUE VÓS VOLTÁSSEIS A ESTA FÉ”.



Marcos Paulo
http://marcospauloteixeira.wordpress.com/

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A Igreja Católica e a Bíblia



Se não fosse a Igreja Católica, não existiria a Bíblia como a temos hoje, com os 72 livros canônicos, isto é, inspirados pelo Espírito Santo.


“Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados”(DV 8; CIC,120).


Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica”(CIC,119).


Por que a Bíblia católica é diferente da protestante? Esta tem apenas 66 livros porque Lutero e, principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14.


No ano 100 o Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes):


(1) deveria ter sido escrito na Terra Santa;

(2) escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego;

(3) escrito antes de Esdras (455-428 a.C.);

(4) sem contradição com a Torá ou lei de Moisés.


Versão dos Setenta: Alexandria - 200 anos antes de Cristo, incluiu os livros que os judeus de Jâmnia, por critérios nacionalistas, rejeitaram.


Havia então no início do Cristianismo duas Bíblias judaicas: uma da Palestina (restrita) e a Alexandrina (completa – Versão dos LXX).


Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando canônicos os livros rejeitados em Jâmnia.


Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos apóstolos.


Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo: Rom 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9; Rom 13,1 a Sb 6,3; Mt 27,43 a Sb 2, 13.18; Tg 1,19 a Eclo 5,11; Mt 11,29s a Eclo 51,23-30; Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42; Ap 8,2 a Tb 12,15.


Nos mais antigos escritos dos santos Padres da Igreja (patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura.


São Clemente de Roma, Papa, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes.


Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico, e do 2 Macabeus;


Santo Hipólito (†234), comenta o Livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes, e cita como Sagrada Escritura Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus.


Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870).


Lutero, ao traduzir a Bíblia para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Biblícas protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia.


“Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas e se fazem sem cessar, atuantes.” (DV,8).


A Bíblia não define o seu catálogo; isto é, não há um livro da Bíblia que diga qual é o índice dela. Assim, este só pode ter sido feito pela Tradição dos apóstolos, pela tradição oral que de geração em geração chegou até nós.


A Vulgata - O Papa São Dâmaso (366-384), no século IV, pediu a S.Jerônimo que fizesse uma revisão das muitas traduções latinas que havia da Bíblia. São Jerônimo revisou o texto grego do Novo Testamento e traduziu do hebraico o Antigo Testamento, dando origem ao texto latino chamado de Vulgata, usado até hoje.