domingo, 20 de junho de 2010

Padre nota 10...

NOTA DEZ. Esse Frade falou em nome de todos os cristãos.

Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas..
Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião.
A Cruz deve ser retirada !
Nunca gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas.
Não quero ver a Cruz nas Câmaras Legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte.
Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados.
Não quero ver a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas (pobres) morrem sem atendimento.
É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causadora da desgraça dos pequenos e pobres.




Frade Demetrius dos Santos Silva - São Paulo/SP

sábado, 19 de junho de 2010

Paixão e Cruz de Cristo

A sexta-feira santa é um dia fundado liturgicamente em torno da paixão do Senhor e da sua morte na cruz. Hoje cumpre-se o repetido anúncio de Jesus nos evangelhos sobre a sua morte violenta em Jerusalém. A pergunta é óbvia: por que tinha que ser assim? A resposta mais profunda e válida somente Deus pode dá-la, pois pisamos o terreno insondável da vontade divina e do seu projeto eterno de redenção realizado em Cristo.

Nem Deus Pai nem mesmo Jesus quiseram o sofrimento, a paixão dolorosa e a morte violenta por si mesmas, pois são realidades negativas por si só. A valia da dor, paixão e morte de Cristo radica no significado que recebem de uma finalidade superior: a salvação do homem, a quem Deus ama. Verdade central da nossa fé: tanto amou Deus o mundo que entregou o seu próprio Filho.

Jesus, não obstante, aceita o plano do Pai: não se faça a minha vontade, mas a tua. Este é o motivo e a razão da obediência de Cristo: o querer do Pai, que é a salvação do homem pelo amor que lhe tem. Jesus carrega com a cruz da sua paixão por fidelidade ao Pai e por amor ao homem, isto é, por solidariedade com os seus irmãos. O motivo parece duplo, mas no fundo é único, porque a vontade do Pai é o amor e a salvação do homem.

“Por nós e por nossa salvação”, como dizemos no credo, é a razão teológica que a nossa fé nos descobre para explicar e entender toda a vida de Jesus desde a encarnação à sua paixão, morte e ressurreição. A segunda leitura de hoje afirma: “Cristo, apesar de ser filho, aprendeu, sofrendo, a obedecer. E levado à perfeição, converteu-se para todos os que lhe obedecem em princípio de salvação eterna”.

O mistério da cruz na vida de Jesus – e, portanto, também na nossa – é revelação máxima de amor, pois não há modo mais verídico de expressar o amor do que dar a vida por aqueles a quem se ama. Pois bem, o poema sublime do amor que é a vida, paixão e morte de Cristo pede de nós uma resposta também de amor. “Nós amamos a Deus porque ele nos amor primeiro. Mas se alguém diz: eu amo a Deus, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso, pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Acreditamos e dizemos que a cruz é o sinal do cristão não por masoquismo espiritual, mas porque a cruz é fonte de vida e de libertação total, como sinal que é do amor de Deus ao homem por meio de Jesus Cristo. O amor que testemunha a sua cruz é a única força capaz de mudar o mundo, se nós que nos dizemos seus discípulos seguirmos seu exemplo.

Jesus poderia ter-nos salvo com triunfo, poder e glória; isto é, a partir de fora, como um super-homem. Mas preferiu fazer a partir de dentro da nossa condição humana; ser mais um, demonstrando-o à base de humildade, serviço, obediência e renúncia, em vez de se impor pela categoria e pelo poder. Este segundo é o nosso estilo. Mas Cristo não veio para que o servissem, mas para servir; por isso, renunciando à alegria imediata, suportou a cruz e a ignomínia.

O Senhor convida-nos a segui-lo na autonegação que nos liberta, abraçando a cruz de cada dia, sempre presente de uma outra forma, e da qual inutilmente tentaremos escapar. Saber sofrer por amor é grande sabedoria. O que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á, disse Cristo. O segredo da cruz de Jesus é o amor, e a única maneira de a entender e convertê-la em fonte de vida é amar generosamente Deus e os irmãos.

Padre Pacheco,
Comunidade Canção Nova.

*Cf. B, CABALLERO. A Palavra de cada dia. p. 171-172. Paulus: 2000.

Papa: "A cruz é o centro do centro do mistério cristão"

Da Redação, com Rádio Vaticano


O Santo Padre o Papa Bento XVI, encontrou-se na manhã de hoje, 29, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro durante a audiência geral de quarta-feira. Na sua catequese, o Papa continuou a falar sobre o Apóstolo Paulo, recordando que a experiência de Paulo no caminho de Damasco mudou totalmente a sua existência que ficou marcada pelo significado central da Cruz.

"Paulo", disse o Papa, "entendeu que Cristo morreu e ressuscitou por ele e por todos nós. A cruz tem um lugar especial na história da humanidade e é objeto contínuo da teologia paulina. Ela é escândalo e necessidade, onde parece reinar somente a dor e a fraqueza. Porém, é na cruz onde se encontra todo o poder do Amor infinito de Deus. A Cruz é o centro do centro do mistério cristão".

"Certamente a encarnação e a ressurreição", continuou Bento XVI, "são mistérios centrais do cristianismo, porém São Paulo vê na Cruz a manifestação mais eloqüente do Amor de Deus por todos nós. Para o Apóstolo, Cristo crucificado é sabedoria, porque manifesta verdadeiramente quem é Deus, e nos mostra o amor que salva o homem de maneira gratuita. Essa total gratuidade é a verdadeira sabedoria".

"Na segunda carta aos Coríntios, Paulo expressa em duas afirmações sua experiência sobre Cristo Crucificado. Em primeiro lugar, por causa dos nossos pecados Deus enviou seu filho para morrer por nós, expiando assim os nossos pecados. Em segundo lugar, Deus nos reconciliou consigo, sem nos atribuir culpas", destacou o Santo Padre.

"Nós fiéis podemos dizer com São Paulo", disse Bento XVI, "Quanto a mim, não pretendo jamais gloriar-me a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, por que o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo".

Ao final da Catequese, Bento XVI saudou a todos os peregrinos em suas respectivas línguas. Aos peregrinos de língua portuguesa o Papa disse: "A Catequese de hoje nos convida a considerar essa teologia da Cruz, sempre presente nas pessoas, e nela descobrir que o Espírito Santo sustenta nossas fraquezas e nos encoraja a aceitá-la com santa resignação. Aproveito para saudar a todos os peregrinos de Portugal e do Brasil que aqui vieram para rezar junto ao túmulo do Apóstolo Pedro. Que Deus vos abençoe!"

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As sete palavras de Cristo na Cruz

O profeta Isaías mostra-nos que Jesus foi para a cruz “como um cordeiro que se conduz ao matadouro (Ele não abriu a boca)” (Is 53,7). Mas o Senhor quis deixar-nos as suas últimas palavras, já pregado na Cruz. Sabemos que as últimas palavras de alguém, antes da morte, são aquelas que expressam as suas maiores preocupações e recomendações. A Igreja sempre guardou essas “Sete Palavras” com profundo amor, respeito e devoção, procurando tirar delas todo o seu riquíssimo significado.


1- “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34).Com essas palavras Jesus selava todo o seu ensinamento sobre a necessidade de “perdoar até os inimigos”( Mt 5,44) . Na Cruz o Senhor confirmava para todos nós que é possível, sim, viver “a maior exigência da fé cristã”: o perdão incondicional a todos. Na Cruz Ele selava o que tinha ensinado:


“Não resistais ao mau. Se alguém te feriu a face direita, oferece-lhe também a outra… Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis filhos do vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons” (Mt 5,44-48). “Se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”( Mt 6,14).



Certa vez Pedro perguntou-Lhe:“Senhor, quantas vezes devo perdoar meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”“Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18, 21-22).


2- “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43).


Com essas palavras de perdão e amor ao “bom” ladrão, Jesus nos mostra de maneira inequívoca o oceano ilimitado de sua misericórdia. Bastou Dimas confiar no Coração Misericordioso do Senhor, para ter-lhe abertas, de imediato, as portas do Céu.



Não é à toa que a Igreja ensina que o pior pecado é o da desesperança, o de não confiar no perdão de Deus, por achar que o próprio pecado possa ser maior do que a infinita misericórdia do Senhor. Uma grande tentação sempre será, para todos nós, não confiar na misericórdia de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: “como a misericórdia e a bondade do coração de Jesus são pouco conhecidas”! “Jesus, eu confio em Vós”.


3- “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mt 27,46).Estas palavras, que também estão no Salmo 21, mostram todo o aniquilamento do Senhor. É aquilo que São Paulo exprimiu muito bem aos filipenses: “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fil 2,8). Jesus sofreu todo o aniquilamento possível de se imaginar: moral, psicológico, afetivo, físico, espiritual, enfim, como disse o profeta: “foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades…” (Is 53,5). Depois de tudo isto “ninguém tem mais o direito de duvidar do amor de Deus”. Será uma grande blasfêmia alguém dizer que Deus não lhe ama, depois que Jesus sofreu tanto para assumir em si o pecado de todos os homens e de cada homem. Paulo disse aos Gálatas: “Ele morreu por mim”(Gal 5,22).



4- “Mulher, eis aí o teu filho”… “Filho, eis aí tua Mãe” (Jo19,26).Tendo entregado-se todo pela nossa salvação, já prestes a morrer, Jesus ainda nos quiz deixar o que Ele tinha de mais precioso nesta vida, a sua querida Mãe. E como Jesus confiava nela! A tal ponto de querê-la para nossa Mãe também. Todos aqueles que se esquecem de Maria, ou, pior ainda, a rejeitam, esquecem e rejeitam também a Jesus, pois negam receber de Suas mãos, na hora suprema da Morte, o seu maior Presente para nós.



5. “ Tenho sede! ” (Jo 19,28).Dizem os Padres da Igreja que esta “sede” do Senhor mais do que sede de água, é sede de almas a serem salvas, com o seu próprio Sacrifício que se consumava naquela hora. E esta “sede” de Jesus continua hoje, mais forte do que nunca. Muitos ainda, pelos quais ele derramou o seu sangue preciosíssimo, continuam vivendo uma vida de pecado, afastados do amor de Deus e da Igreja. Quantos e quantos batizados, talvez a maioria, nem sequer vai à Missa aos domingos, não sabe o que é uma Confissão há anos, não comunga, não reza, enfim, vive como se Deus não existisse…



6- “Tudo está consumado” (Jo 19,30). Nos diz São João: “sabendo Jesus que tudo estava consumado…”, isto é, Jesus tinha plena consciência que tinha cumprido “toda” a sua missão salvífica, conforme o desígnio santo de Deus. Enquanto tudo não estava cumprido, Ele não “entregou” o seu espírito ao Pai. Assim, fica bem claro que a nossa salvação depende agora de nós, porque a parte de Deus já foi perfeitamente cumprida até às últimas conseqüências.



7- “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Confiando plenamente no Pai, que Ele fizera também nosso Pai ao assumir a nossa humanidade, Jesus volta para Aquele que tanto amava. É o seu destino, o coração do Pai; e é o nosso destino também. Ao voltar para o Pai, Jesus indica o nosso fim; o seio do Pai, o Céu.


“Vós sois cidadãos do Céu” (Fil 3,20), grita o Apóstolo; por isso, como diz a Liturgia, é preciso “caminhar entre as coisas que passam, abraçando somente as que não passam”.



Resumo do livro AS SETE PALAVRAS DE CRISTO NA CRUZ



Prof. Felipe Aquino - www.cleofas.com.br

A cruz de Cristo é motivo de esperança, diz pregador do Papa

Da Redação, com Rádio Vaticano
Paula Dizaró / Roma

Adoração à Santa Cruz durante a Celebração da Paixão de Cristo



"A cruz de Cristo é motivo de esperança para todos", afirmou hoje, 10, o pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, na homilia da Celebração da Paixão de Nosso Senhor. As funções litúrgicas foram presididas pelo Papa Bento XVI, na Basílica de São Pedro. no Vaticano.

O rito da Paixão do Senhor consiste na proclamação da Palavra de Deus, a apresentação e adoração da Cruz, e a comunhão dos fiéis. Durante a Liturgia da Palavra, é lida a narração da Paixão segundo o Evangelho de São João.

.: Fotos da Celebração da Paixão

Após a Liturgia da Palavra, Frei Raniero Cantalamessa, fez a homilia propondo algumas passagens dos escritos de São Paulo sobre o mistério da morte de Cristo, que estamos celebrando. E recordou, o Ano paulino em andamento – no bimilenário do nascimento do Apóstolo dos Gentios – afirmando que ninguém melhor que São Paulo pode ajudar-nos a compreender o significado e alcance de tal mistério.

Mistério da morte de Cristo

O religioso ressaltou que "a morte de Cristo tem um alcance universal: 'O amor de Cristo nos compele, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram' (2 Cor 5, 14). Sua morte deu um sentido novo à morte de cada homem e mulher".

Aos olhos de Paulo, a cruz assume uma dimensão cósmica. Frei Cantalamessa lembrou que "a antiga tradição desenvolverá o tema da cruz como árvore cósmica que, com o braço vertical, une céu e terra e, com o braço horizontal, reconcilia entre si os diversos povos do mundo".

Evento cósmico e ao mesmo tempo personalíssimo, observou o pregador da Casa Pontifícia: "me amou e se entregou por mim" (Gal 2, 20). Cada homem, escreve o Apóstolo, é um "daquele por quem Cristo morreu" (Rom 14, 15).

"Paulo plantou a cruz no centro da Igreja como mastro principal no centro do navio; tornou-a fundamento e centro de gravidade de tudo. Fixou para sempre o quadro do anúncio cristão. Os evangelhos, escritos depois dele, seguiram o esquema, fazendo do relato da paixão e morte de Cristo a base sobre a qual tudo está orientado."

Desafios atuais da fé

A finalidade do Ano paulino – observou o frade capuchinho – não é tanto conhecer melhor o pensamento do Apóstolo, é mais, como recordou em muitas ocasiões o Santo Padre, aprender de Paulo como responder aos desafios atuais da fé.

O pregador da Casa Pontifícia identificou num desses desafios, talvez o mais aberto e mais conhecido até hoje, um slogan publicitário escrito nos meios de transporte público de Londres e de outras cidades européias: "Deus provavelmente não existe. Portanto deixe de se preocupar e aproveite a vida".

"O elemento de maior preocupação desse slogan não é a premissa 'Deus não existe', mais a conclusão: 'Aproveite a vida!' A mensagem subliminar é que a fé em Deus impede de desfrutar a vida, é inimiga da alegria. Sem essa, existiria mais felicidade no mundo! Paulo nos ajuda a dar uma resposta a este desafio, explicando a origem e o sentido de cada sofrimento, a partir do sofrimento de Cristo."

Porque "era necessário que Cristo padecesse para entrar em sua glória"? (Lc 24, 26). A necessidade não é de ordem natural, mas sobrenatural, observou Frei Cantalamessa, acrescentando que nos países de antiga fé cristã se associa quase sempre a idéia de sofrimento e de cruz à de sacrifício e expiação.

São Paulo escreve que Deus predeterminou Cristo "a servir como instrumento de expiação" (Rm 3, 25), mas tal expiação não opera sobre Deus para aplacá-lo, mas sobre o pecado para eliminá-lo. "Pode-se dizer que é Deus mesmo, não o homem, que expia o pecado... a imagem é mais a da remoção de uma mancha corrosiva ou a neutralização de um vírus letal que a de uma ira aplacada pela punição".

Pecado, principal causa da infelicidade

O pregador da Casa Pontifícia evidenciou que Paulo leva a sério o pecado, não o banaliza: "O pecado é, para ele, a causa principal da infelicidade do homem, isto é, a rejeição de Deus, não Deus! Isso prende a criatura humana na 'mentira' e na 'injustiça' (Rm 1, 18 ss; 3, 23), condena o próprio cosmo material à 'vaidade' e à 'corrupção' (Rm 8, 19 ss.) e é a causa última também dos males sociais que afligem a humanidade".

Fazem-se análises sem fim da crise econômica em ação no mundo e de suas causas, mas quem ousa meter o machado na raiz e falar do pecado? – perguntou-se o religioso.

"O Apóstolo define a avareza insaciável uma 'idolatria' (Col 3,5) e aponta na desenfreada ganância de dinheiro 'a raiz de todos os males' (1 Tm 6, 10). Podemos dizer que está errado?" – insistiu Frei Cantalamessa.

"Por que tantas famílias perderam tudo, massas de operários que permanecem sem trabalho, se não pela sede insaciável de lucro por parte de alguns? A elite financeira e econômica mundial se tornou uma locomotiva louca que avançava em curso desenfreado, sem pensar no restante do trem que ficou parado à distancia sobre os trilhos. Estávamos andando todos na 'contramão'."

Cruz de Cristo é esperança para todos

O religioso observou que o sofrimento permanece sendo, certamente, um mistério para todos, especialmente o sofrimento dos inocentes, mas sem a fé em Deus ele se torna imensamente mais absurdo.

O pregador da Casa Pontifícia concluiu afirmando que "a cruz de Cristo é motivo de esperança para todos, e o Ano paulino, uma ocasião de graça também para aqueles que não acreditam, mas buscam. Uma coisa fala a favor deles diante de Deus: o sofrimento! Como o restante da humanidade, os ateus também sofrem na vida, e o sofrimento, uma vez que o Filho de Deus tomou sobre si, tem um poder redentor quase sacramental. É um canal, escreve João Paulo II na 'Salvifici doloris', através do qual a energia salvífica da cruz de Cristo é oferecida à humanidade".

Frei Cantalamessa encerrou citando uma comovente oração feita na liturgia desta Sexta-feira Santa, logo após o convite a rezar "por aqueles que não acreditam em Deus":

"Deus onipotente e eterno, tu colocaste no coração do homem uma profunda nostalgia de ti, e só quando te encontramos vivemos a paz: faze que, superando cada obstáculo, reconheçamos os sinais da tua bondade e, estimulados pelo testemunho da nossa vida, tenhamos a alegria de crer em ti, um verdadeiro Deus e Pai de todos os homens. Através de Cristo, nosso Senhor."

Após a homilia, a Liturgia da Paixão prosseguiu com a Oração universal e a adoração da Santa Cruz e se encerrou com a santa Comunhão.

Leia mais
.: Como a Igreja vive a Sexta-Feira da Paixão
.: Compreenda o sentido do silêncio da Sexta-feira da Paixão

As tribulações vêm acompanhadas da graça de Deus

Mensagem do missionário Márcio Mendes no programa "Sorrindo pra Vida" da TV Canção Nova, nesta sexta-feira, dia 28 de maio de 2010.

Ao ir para a página do Podcast Sorrindo pra Vida , você encontrará, abaixo de cada um deles, uma seta; ao clicar nela você conseguirá baixar o arquivo em MP3.



Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em:
João 15,1-8.


Márcio Mendes no programa "Sorrindo pra Vida"
Foto: Wesley Almeida

É um consolo sabermos que as tribulações e as dificuldades da vida sempre vêm acompanhadas da graça de Deus. Nós estamos no mundo sujeitos às regras dele [mundo]. O nosso mundo tem regras. Da mesma forma, se interferirmos na natureza esta dará uma resposta. Existem leis naturais.



Existem pessoas que ficam ressentidas com Deus porque não entendem qual a razão de seu sofrimento. Mas saiba que a vida não é somente feita de sofrimento! A vida também é feita de coisas boas, de momentos maravilhosos. E a nossa existência vai “sendo alternada” com momentos de dor e de alegria. O importante não é o sofrimento em si, mas sim, como sofremos, como passamos e suportamos estes momentos difíceis.



E mais importante ainda é reconhecer que Deus não castiga a ninguém! O infortúnio não é um castigo divino. Aquela pessoa com quem você viveu por tanto tempo junto e, de repente, ela decide ir embora. Eu pergunto: o que Deus tem a ver com isso? A pessoa foi quem decidiu destruir a própria família, decidiu ir embora, decidiu deixar sofrendo não somente o próprio cônjuge, mas também os próprios filhos. E como os filhos sofrem com a separação dos pais! E qual é a “culpa” de Deus nessa situação toda? Nenhuma.




A escolha dos outros nos afetam. Assim como a sua escolha afeta a vida dos outros. E Deus respeita nossas escolhas. Mas isso não significa que Ele quis ou que Ele tenha enviado este sofrimento. O Senhor, ao olhar para você, quis que você viesse para este mundo. Deus Pai não mandou o sofrimento para a nossa vida. No entanto, todas as vezes em que o sofrimento vem, o Senhor vem junto nos fortalecendo com a Sua graça.



As pessoas não suportam a dor quando lhes falta a graça de Deus. Quando você sofre o Senhor diz: “Meu filho precisa hoje de mim mais do que ontem”. E então Ele nos socorre com a Sua força.



Se você está vivendo um momento intenso de tribulação, de dificuldade, saiba que é muito difícil enxergar essa situação como ela deve ser vista realmente. E por quê? Porque você está dentro da situação. Portanto, nessas horas, é preciso dar ouvidos às pessoas que o amam e que estão querendo ajudá-lo.



Num momento de dor e de traição, nós ficamos cegos e corremos o risco de dizer que “todo o mundo é traidor”. Nós acabamos vendo sofrimento em todos os lugares. Mas é preciso reconhecer que as maiores bênçãos que temos hoje são frutos da dor e do sofrimento daqueles que vieram antes de nós. Este mundo de facilidades que temos hoje é fruto de pessoas que, antes de nós, enfrentaram as dificuldades de um mundo no qual não havia essas facilidades. Percebe? Um exemplo disso são as vacinas que temos hoje. Quantos não morreram antes da criação desses medicamentos? Da mesma forma, muitos filhos hoje não enfrentam determinado sofrimento, porque os pais passaram por muitas tribulações. Um pai que passou fome quando criança pode aceitar tudo, menos que seu filho passe fome!



Se a planta pudesse reagir, ela fugiria da tesoura que vem para podá-la. Da mesma forma, nós reagimos diante das “podas” que sofremos na vida. Mas o que nos consola é saber que o Pai é o Agricultor. Jesus nos ensina esta verdade: o Pai celeste é quem direciona as “podas” que vamos sofrendo. Ele sabe por que precisa ser podado um aspecto da sua vida hoje.




Deus quer desbastar de nossa vida tudo aquilo que nos impede de dar frutos. Talvez hoje o Pai esteja dizendo para mim e para você: “Existem coisas demais em sua vida. É preciso ficar com o que é essencial”. E assim, vão acontecendo as “podas” em nossa vida.



Quando temos uma vida superficial, o inferno já começa em nossos dias terrenos. A pessoa não é feliz, porque ela não é realizada em sua vida. Qual é a sua missão? Quais os excessos que o impedem de realizar esta missão? Saiba que, quanto mais íntimo da Palavra de Deus você for, tanto mais simples você se tornará e tanto mais você perceberá o que está em excesso em sua vida.



Sem Jesus eu e você não somos nada! Faremos muitas coisas, mas nada que tenha realmente valor. Lembre-se: junto com o sofrimento vem a graça de Deus para suportá-lo. Quando acontecer em sua vida o momento da “poda”, não olhe para a “tesoura”, mas olhe para a mão do Pai que a segura, pois Ele o ama e cuida de você em meio a essas “podas” da vida.



Márcio Mendes


Comunidade Canção Nova




Transcrição e adaptação: Alexandre de Oliveira

NA ESPANHA - FILME QUE FALA BEM DE SACERDOTES É GRANDE ÊXITO DE BILHETERIAS!"

Notícia que não passa na TV...claro.

Enviado por doutrina em 11/06/2010 09:14:00 (81 leituras)

MADRI, 10 Jun. 10 / 12:05 pm (ACI).- O filme “O último cume” sobre a vida do sacerdote Pablo Dominguez, no fim de semana de sua estréia e com tão somente quatro cópias converteu-se no filme número 1 em espectadores de cinema na Espanha. A demanda popular permitirá que agora se projete em 50 salas de todo o país.


Conforme informou a produtora Infinito Más Uno, “o único filme em cinemas que fala bem dos padres vendeu (nas salas onde foi exibido) o dobro de entradas vendidas para o filme Sexo em Nova Iorque 2 e o triplo das entradas vendidas para O Príncipe da Pérsia ou Robin Hood” .

“Perto de 6000 mil pessoas já viram este filme de Juan Manuel Cotelo apesar de estar em tão somente em quatro cinemas de toda a Espanha e de competir diretamente com as grandes”, acrescentou a produtora em
uma
nota de imprensa.

Os produtores agradeceram pela maciça resposta do público. “O último cume passará por petição popular e em apenas uma semana sendo projetada em quatro cinemas a nada menos que mais de 50 salas de toda a geografia espanhola, e é apesar da estréia no meio do feriado longo do Corpus, situou-se como o primeiro filme do país em arrecadamento por cópia em cinema. Um tanto surpreendente se tivermos em conta que é um documentário cujo protagonista é nada mais e nada menos que um sacerdote”, indicaram.
Do mesmo modo, informaram que “são dezenas os cinemas que decidiram tirar de seus anúncios dos exitosos filmes em 3D para fazer um espaço para O último cume”.

“No próximo dia 11 de junho, O último topo será estreado em mais de 50 cidades espanholas gra&cced
il;as ao
apoio massivo que está recebendo há semanas através da rede. Um êxito que se deve à enorme acolhida obtida por este filme dos começos de sua caminhada, tanto pela figura do (padre) Pablo Domínguez como pelo apoio a todos os sacerdotes”, acrescentaram.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Conheça as 5 formas de ataque do Maligno

Orações de cura e libertação do Ironi Spuldaro OUVIR no site


O inimigo nunca chega de uma vez, apresentando-nos uma grande tentação. Ele é astuto, pois sabe que se assim fizer resistiríamos, ele primeiro nos oferece um simples pensamento, depois uma importuna imaginação, logo o desejo, o movimento desordenado, por fim o consentimento da vontade. A Bíblia Amplificada traduz: "Orai em todo tempo - em cada ocasião, em cada época - no espírito, com toda (maneira de) oração e súplica”. Se não vigiamos com orações o inimigo aos poucos vai conquistando o nosso coração até tomar posse de tudo.


Como em uma guerra é importante, conhecer o inimigo, as armas que possuí, quais as formas de ataque que ele utiliza. Neste Combate Espiritual devemos seguir as mesmas regras, as principais formas de ataque de satanás são:


- convencer-nos que ele não existe: engana-se quem acredita que essa tática do maligno é “furada”. Para muitos hoje, o demônio não passa de uma figura mitológica, medieval, folclórico que existiu no passado. Hoje, infelizmente, existem teólogos e exegetas que negam até mesmo os exorcismos de Nosso Senhor. Dos 105 exorcistas franceses, apenas 5 acreditam na existência do demônio, como nos traz o Padre Amorth, no seu livro Exorcismos e Psiquiatras. Algumas citações: (Mat 4, 1.10-11) / (Mac 3, 11) / (Jo 13, 26b-27a).



- pelo medo: nenhum medo vem de Deus, por isso devemos renunciá-los. Os medos são portas abertas para o inimigo agir em nossas vidas. “O senhor é meu pastor e nada me faltará” (Sl 22, 1).


- Pela culpa, real ou imaginária: o papel de acusador cabe ao demônio (Sl 109,6; Zc 3, 1-2;), (especialmente dos pecados passados), porém não há pecado que Deus não perdoe, “Teus pecados estão perdoados!" (Mc 2,5; Lc 7,48).


- Por nossas emoções (para nos manter voltados para nós mesmos).



- pela mentira, divisão, criar desconfianças, semear desarmonia; deformar, distorcer e aumentar os fatos, de moda a criar um abismo entre os irmãos.


No mundo, o Maligno age levando a perdição nas famílias, a desestruturação de governos através da corrupção, da sociedade materialista, da pornografia, do homossexualismo, do adultério, da fornicação e tantas outras formas.


Saiba como expulsar todo mal que traz doenças, sofrimento, vícios, brigas, crises.


Ironi Spuldaro é um dos grandes homens que Deus tem usado para manifestar seu poder curador e libertar.


Ouça agora uma série de orações que tem agraciado milhares de pessoas pelo Brasil OUVIR orações do Ironi Spuldaro

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Leitura proveitosa para nossa fé

Pessoal, façamos nossa parte. Muitas orações neste momento.

Reescrevendo o texto do Cardeal de SP - D. Odilo Scherer (anexa segue a carta)

A Igreja é como um grande corpo; quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também do clero! Por isso, ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à Boa Notícia: para confortar os doentes, visitar os presos nas cadeias (....)

New York Times difama o Papa Bento, explica editor do Wall Street Journal
http://www.acidigital.com/noticia.php?id=18661

"Bento, cinco anos sob ataque": Avaliação de um pontificado brilhante
http://www.acidigital.com/noticia.php?id=18592

Carta:

Muito mais que pedofilia

As notícias sobre pedofilia, envolvendo membros do clero, difundiram-se de modo insistente. Tristes fatos, infelizmente, existiram no passado e existem no presente; não preciso discorrer sobre as cenas escabrosas de Arapiraca... A Igreja vive dias difíceis, em que aparece exposto o seu lado humano mais frágil e necessitado de conversão. De Jesus aprendemos: “Ai daqueles que escandalizam um desses pequeninos!” E de S.Paulo ouvimos: “Não foi isso que aprendestes de Cristo”.

As palavras dirigidas pelo papa Bento XVI aos católicos da Irlanda servem também para os católicos do Brasil e de qualquer outro país, especialmente aquelas dirigidas às vítimas de abusos e aos seus abusadores. Dizer que é lamentável, deplorável, vergonhoso, é pouco! Em nenhum catecismo, livro de orientação religiosa, moral ou comportamental da Igreja isso jamais foi aprovado ou ensinado! Além do dano causado às vítimas, é imenso o dano à própria Igreja.

O mundo tem razão de esperar da Igreja notícias melhores: Dos padres, religiosos e de todos os cristãos, conforme a recomendação de Jesus a seus discípulos: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles, vendo vossas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus!” Inútil, divagar com teorias doutas sobre as influências da mentalidade moral permissiva sobre os comportamentos individuais, até em ambientes eclesiásticos; talvez conseguiríamos compreender melhor por que as coisas acontecem, mas ainda nada teríamos mudado.

Há quem logo tem a solução, sempre pronta à espera de aplicação: É só acabar com o celibato dos padres, que tudo se resolve! Ora, será que o problema tem a ver somente com celibatários? E ficaria bem jogar nos braços da mulher um homem com taras desenfreadas, que também para os casados fazem desonra? Mulher nenhuma merece isso! E ninguém creia que esse seja um problema somente de padres: A maioria absoluta dos abusos sexuais de crianças acontece debaixo do teto familiar e no círculo do parentesco. O problema é bem mais amplo!

Ouso recordar algo que pode escandalizar a alguns até mais que a própria pedofilia: É preciso valorizar novamente os mandamentos da Lei de Deus, que recomendam atitudes e comportamentos castos, de acordo com o próprio estado de vida. Não me refiro a tabus ou repressões “castradoras”, mas apenas a comportamentos dignos e respeitosos em relação à sexualidade. Tanto em relação aos outros, como a si próprio. Que outra solução teríamos? Talvez o vale tudo e o “libera geral”, aceitando e até recomendando como “normais” comportamentos aberrantes e inomináveis, como esses que agora se condenam?

As notícias tristes desses dias ajudarão a Igreja a se purificar e a ficar muito mais atenta à formação do seu clero. Esta orientação foi dada há mais tempo pelo papa Bento XVI, quando ainda era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Por isso mesmo, considero inaceitável e injusto que se pretenda agora responsabilizar pessoalmente o papa pelo que acontece. Além de ser ridículo e fora da realidade, é uma forma oportunista de jogar no descrédito toda a Igreja católica. Deve responder pelos seus atos perante Deus e a sociedade quem os praticou. Como disse S.Paulo: Examine-se cada um a si mesmo. E quem estiver de pé, cuide para não cair!

A Igreja é como um grande corpo; quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também do clero! Por isso, ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à Boa Notícia: para confortar os doentes, visitar os presos nas cadeias, dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços; ela continuará ao lado dos drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos Cotolengos criaturas rejeitadas pelos “controles de qualidade” estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e Dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho. Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados.

E continuará a clamar por justiça social, a denunciar o egoísmo que se fecha às necessidades do próximo; ainda defenderá a dignidade do ser humano contra toda forma de desrespeito e agressão; e não deixará de afirmar que o aborto intencional é um ato imoral, como o assassinato, a matança nas guerras, os atentados e genocídios. E sempre anunciará que a dignidade humana também requer comportamentos dignos e conformes à natureza, também na esfera sexual; e que a Lei de Deus não foi abolida, pois está gravada de maneira indelével na coração e na consciência de cada um.

Mas ela o fará com toda humildade, falando em primeiro lugar para si mesma, bem sabendo que é santa pelo Santo que a habita, e pecadora em cada um de seus membros; todos são chamados à conversão constante e à santidade de vida. Não falará a partir de seus próprios méritos, consciente de trazer um tesouro em vasos de barro; mas, consciente também de que, apesar do barro, o tesouro é precioso; e quer compartilhá-lo com toda a humanidade. Esta é sua fraqueza e sua grandeza!

Card. Odilo P. Scherer

Arcebispo de São Paulo

Artigo publicado em O ESTADO DE SÃO PAULO, ed. 11. 04.2010

domingo, 6 de junho de 2010

Namoro Cristão - Celebrar o amor

Mês de junho. Belo mês: festa Junina, Fogos e fogueiras, balões e muito mais para aquecer e deixar mais gostoso o ar frio deste típico mês de inverno; por falar em inverno, há no mês de junho uma magia toda especial: O dia dos namorados! Dia daqueles e daquelas que experimentam uma força mágica no coração, a força do amor.

Não dá para falar em namoro sem falar do jeito cristão de namorar. Infelizmente há no mundo um comércio devorador que, a todo custo, quer destruir a beleza e a pureza do amor.

O amor conjugal que tem seu início com o namoro é um dom de Deus, é algo sagrado, que gera e prolonga a vida humana na terra. Precisamos retomar o verdadeiro sentido do amor e do namoro.

O namoro não pode ser manipulado pelos meios de comunicação social como está acontecendo. Precisamos salvar a preciosidade e a beleza do namoro.

Nada é mais maravilhoso do que o amor no coração humano. O amor é vida, é alegria, é saúde.

O amor de que falamos se espelha na Palavra de Deus e tem seu fundamento nos ensinamentos de Jesus: "Ninguém tem maior amor do aquele que dá a vida por seus amigos"(Jo 15, 13).

Dar a vida no namoro significa: acolher, respeitar, compreender, abrir mão, confiar, perdoar...

Teríamos uma ladainha de atitudes e comportamentos que se espera de um namoro segundo os preceitos cristãos.

É claro que um namoro assim, em vista de um casamento saudável e duradouro, exige uma caminhada de fé, exige um morrer para si mesmo no dia a dia do convívio a dois. Exige ainda um compromisso mútuo de um e de outro. Muito diálogo e abertura de espírito.

Esta linguagem é a linguagem que o mundo não conhece ou ignora.

É necessário remar contra a correnteza do amor fácil, do amor que não é amor, mas relacionamento egoísta onde um se torna mero objeto para o outro.

Imagino o amor como uma água límpida da fonte que é capaz de purificar e curar as questões difíceis, de restaurar situações conflituosas, de estabelecer um convívio saudável e feliz.

O amor não se constrói de um dia para o outro, mas se ergue poderosamente numa caminhada onde um e outro se compromete em fazer a sua parte, onde cada um tem, no coração e na mente, a consciência de que construir a própria felicidade depende da construção da felicidade do outro.

Quando se pensa e se favorece o melhor para o outro indiretamente está favorecendo a própria felicidade pessoal.

É importante se divertir e brincar, porém, mais importante ainda é ter os pés no chão, ter consciência de que estamos diante de Deus e que a nossa liberdade é um dom e não podemos confundi-la, portando-nos como se tudo fosse permitido a qualquer hora. "Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu" (Ecl 3, 1).

Quando se precipita ou se age sem responsabilidade ou sem pensar nas conseqüências, o sofrimento é incalculável e as feridas podem demorar muito tempo para cicatrizarem e suas cicatrizes deixarão marcas profundas que poderão destruir o esplendoroso brilho do amor.

É maravilhoso viver o amor, celebrar o amor!

Que o dia dos namorados seja para todos os apaixonados, casados ou ainda não, uma ocasião propícia para refletir e amadurecer no relacionamento a dois.

Que cada um queira e invista na felicidade do outro e assim os dois serão verdadeiramente felizes.



Ir. Maurinéa Aparecida
Pequena Missionária de Maria Imaculada