domingo, 28 de junho de 2009

PIAUÍ PODE SER O PRIMEIRO ESTADO OBRIGADO A TIRAR SANTOS DE REPARTIÇÕES

O Piauí poderá ser o primeiro Estado do Brasil em que os gestores públicos podem ser obrigados a retirar das repartições públicas os símbolos religiosos lá existentes. Tramita nesse sentido uma representação junto ao Ministério Público Estadual, assinada por 14 organizações da sociedade civil, dentre elas, Católicas pelo Direito de Decidir, Matizes, Liga Brasileira de Lésbicas.
O Ministério Público Estadual marcou para a próxima terça-feira (30/06), uma audiência pública, para discutir o assunto. O evento acontecerá a partir das 9h, no Auditório do próprio MPE.

Foram convidados os chefes dos poderes públicos estadual e municipal (de Teresina) e representantes da sociedade civil. Segundo o Promotor de Justiça Edilsom Farias, o objetivo dessa Audiência é sensibilizar os gestores públicos a, espontaneamente, retirarem os símbolos religiosos, templos e capelas hoje existentes em órgãos como o DETRAN, a Assembléia, a PM/PI, a Secretaria da Educação, uma vez que o art. 19, I da Constituição Federal veda expressamente essa prática. Caso os gestores insistam em manter os simbolos, o Ministério Pùblico ajuizará uma ação civil pública, pleiteando que o Judiciário determine a retirada.

Para Lúcia Quitéria (da Ong Católicas pelo Direito de Decidir), a intenção das 14 entidades que protocolaram a representação junto ao MPE é tão somente fazer cumprir o texto da Constituição Federal que abraçou o princípio do Estado Laico. "Nossa luta é em defesa do fortalecimento da democracia, da liberdade de crença. Somos 14 entidades, das quais participam católicos, evangélicos, espíritcas, agnósticos e adeptos de religiões de matriz africana. Eu mesma sou católica, mas não acho correto que os órgãos públicos sejam ocupados por símbolos de minha religião, finaliza.

AVISO DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pelos Promotores de Justiça

infra-firmados, avisa ao público em geral, bem como as entidades representativas da

sociedade civil, instituições públicas e privadas, igrejas e demais pessoas interessadas que no dia 30 do mês de junho de 2009, às 9:00 horas, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, situado na Rua Álvaro Mendes, n. 2294, 3º andar, nesta capital, promoverá audiência pública com a finalidade de colher subsídios para apurar se os órgãos públicos estaduais e municipais da Comarca de Teresina estão respeitando o princípio constitucional do Estado laico, esculpido no art. 19, I, da Constituição Federal, conforme procedimento administrativo instaurado no âmbito deste órgão ministerial, em virtude representação formulada por organização sociais.

Por seu turno, a audiência pública terá, em resumo, o seguinte roteiro e regulamento:

a) a coordenação dos trabalhos caberá aos Promotores de Justiça da 1ª e 2ª Varas da

Fazenda Pública, que ao realizarem a abertura, explicarão a finalidade da audiência;

b) as organizações sociais subscritoras da representação, por meio de um representante,

terão o tempo máximo de 05 minutos para aduzirem os motivos e as razões da

representação;

c) as autoridades públicas estaduais e municipais notificadas terão o tempo máximo de

05 minutos, cada uma, para se posicionarem sobre a representação;

d) os representantes das instituições especialmente convidadas terão o tempo máximo de

05 minutos para se manifestarem sobre a representação;

e) a critério da coordenação, consoante a disponibilidade de tempo, será facultada a

palavra, por prazo máximo de 03 minutos, a membros de entidades representativas,

instituições, igrejas ou personalidades para se manifestar sobre o assunto da audiência

ou fazer pergunta para uma das autoridades notificadas ou convidados especiais. O

pedido de inscrição para fazer uso da palavra deverá ser feito à coordenação antes do

início da audiência;

f) as autoridades e convidados terão o tempo máximo de 02 minutos para suas

considerações finais;

g) os casos omissos serão resolvidos pela coordenação.

Teresina, 15 de junho de 2009.

HUGO DE SOUSA CARDOSO

Promotor de Justiça da 1ª Vara da Fazenda Pública

EDILSOM FARIAS

Promotor de Justiça da 2ª Vara da Fazenda Pública


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Por detrás da aparência do pão

Os católicos dizem que não é pão, mas é o Corpo de Cristo

Os católicos dizem que não é mais pão após a consagração, mas é o Corpo de Cristo. Isso é uma loucura ou uma verdade que supera os critérios científicos?
O homem moderno espera da ciência, muitas vezes, um remédio que possa curar sua insegurança diante dos vários emblemas que o rodeiam, como a morte, a origem das coisas, o sentido da existência, o drama do sofrimento e da insatisfação interior, entre outros. Diante de suas múltiplas interrogações o que não é provado passa a ser tido como não verdadeiro.
A afirmação católica: "Não é pão e sim Corpo de Cristo" passa a ser considerada uma loucura. Nos laboratórios o que se verifica são as matérias de trigo e de vinho. Da mesma maneira, para muitos cristãos, essa mesma afirmação se encerra apenas no âmbito simbólico, ou seja, aponta para uma realidade, porém, não a contém em si mesma em sua inteireza. Portanto, como acreditar em um sinal de contradição até mesmo no meio cristão?
Existem realidades que superam as constatações realizadas em laboratórios, por exemplo: alguém já tocou em sua alma? Alguém já provou cientificamente a composição da alma humana? Como poderíamos negar sua existência, pois uma vez que alguém morre o que se vê é apenas um corpo e não mais um "alguém"? Por essa razão dizemos que está morto. Porque aquele corpo não possui mais alma.
Da mesma forma o Corpo de Cristo não é verificável em laboratório, mas sim, no princípio de causa e efeito. Se é Cristo deve por sua vez possuir um efeito. Como o alimento, alimenta, o Corpo de Cristo "cristifica", ou seja, faz a pessoa se superar, levando-a progressivamente a crescer no amor, a dar sentido a sua existência, a tornar-se mais humana e por sua vez mais divina.
Essa verdade se comprova também por "pesquisa de campo", pois são milhares de pessoas que no decorrer da história têm testemunhado virtudes heroicas e, ao mesmo tempo, que a causa de sua transformação e a base de sua felicidade se encontram no Deus escondido por detrás do pão consagrado.

Fonte: http://curiosidadescatolicas.blogspot.com/

sábado, 20 de junho de 2009

“Anjos e Demônios”.Você já assistiu?!


Apesar de tudo o que já foi publicado, aqui e em toda a mídia católica,ainda existem católicos que não acham problema nenhum em assistir o filme “Anjos e Demônios.”

O artigo abaixo vem reforçar as razões pelas quais não devemos dar nosso apoio a esta obra.Pessoalmente não acho necessário se “experimentar” algo para poder emitir uma opinião, especialmente quando já se sabe com antecedência o conteúdo.

Existem dezenas de coisas que consideramos erradas no mundo que nos cerca e que nunca precisamos experimentar ou participar, para reforçar nossa percepção do erro e confirmação do que o (bom) senso comum afirma e defende.

Talvez até pela busca de formar uma opinião pessoal me permitisse assistir alguma coisa duvidosa, ambígua, sem a opinião pública da Igreja,nem afirmada pela fé católica de forma clara como errada,etc.. Mas, em absoluto é o caso aqui. A opinião da Igreja através de inúmeros Bispos ,Sacerdotes e leigos comprometidos com a verdade em relação a essa obra -que inclui livros,o autor e os filmes que estão gerando milhões de dólares-é clara!

Ela não proíbe,mas sugere.Como sou filho dela,a escuto.

Assisti em casa ao filme “Crepúsculo” para formar opinião e bloguei a respeito, já que como adulto pouco conhecia dessa saga adolescente…Mas “Anjos e Demônios..”é demais para minha fé católica, especialmente no contexto cultural massacrante que nossos valores católicos vivem hoje no Brasil e no mundo. Não quero ser mais um a apoiar a divulgação da difamação e do erro.

Respeito os que pensam diferente.

De qualquer forma, eis as “pérolas” da obra ( filme e livro) e suas idéias aqui refutadas.

* Um sacerdote e uma religiosa se unem para inseminar-se artificialmente: pode-se apreciar a representação de um jovem sacerdote que antes de converter-se em Papa se apaixona por uma religiosa. Ambos desejam um filho, mas também querem permanecer castos, por isso recorrem à inseminação artificial.

* Distorção de fatos concernentes à vida real: O engano de Brown está em que intercala personagens da vida real como Copérnico e Galileu, assim como organizações verdadeiras, como os Illuminati; com assuntos reais como a ciência e a religião; para chegar assim às suas próprias e elaboradas conclusões, que não têm nenhuma raiz histórica nem se apóiam em fatos históricos; e terminam sendo simples e flagrantes mentiras.

* Falso retrato da Igreja Católica: Dan Brown sabe o que a história diz e mesmo assim, deliberadamente a representa mal. Sua distorção de propósito da verdade está pensada para caluniar a Igreja Católica. Brown quer mostrar que a Igreja Católica vê a ciência como um inimigo e que não se deterá ante nada para jogá-la em uma esquina.

* Mentiras sobre a CERN e a anti-matéria: Brown começa com uma página de “fatos” em que menciona a CERN. Ele a descreve como uma entidade a Suíça que criou a anti-matéria, “a mais poderosa fonte de energia conhecida pelo homem”. É tão poderosa que “uma só grama de anti-matéria contém a energia de uma bomba nuclear de 20 kilotons, o tamanho da bomba jogada sobre Hiroshima”. Isto simplesmente não é certo.

* A CERN clarifica o assunto com feitos: A CERN recebeu muitas perguntas sobre o que Brown alega, tanto assim dedicam uma seção especial em sua página Web para respondê-las. Por exemplo, a Web Page precisa que “CERN não é um instituto suíço, a não ser uma organização internacional”; está localizada na Suíça e parcialmente na França. A anti-matéria sim existe, e é criada rotineiramente na CERN, mas “não existe a possibilidade de usar a anti-matéria como uma ‘fonte’ de energia”.
Uma pergunta comum que fazem às autoridades desta organização é: “Fazem a anti-matéria como se descreve no livro?” A resposta é clara: “Não”. Todo mundo quer saber que tão perigosa é a anti-matéria em realidade. A CERN precisa que esta é “totalmente segura, dadas às diminutas quantidades nas que a fazemos. Seria muito perigoso se fizéssemos alguns gramas, mas isto tomaria milhões de anos”.

* A Igreja Católica usa qualquer meio para liderar a vingança: Mais importante ainda, Brown diz na seguinte página que “a Irmandade dos Illuminati é um fato”. E o que procuram os Illuminati? No livro se diz que “os Illuminati foram caçados sem piedade pela Igreja Católica”. No trailer do filme, Tom Hanks, que faz o papel de Langdon, diz sobre a sociedade secreta que “a Igreja Católica ordenou um massacre brutal para silenciá-los para sempre. Eles voltaram para a revanche”. Nas páginas 39-40 do livro, diz-se que os Illuminati foram fundados no século XVI, o filme afirma o mesmo. Na página 223 se diz que “a palavra da Irmandade de Galileu começou a difundir-se na década de 1630 e que os cientistas de todo o mundo faziam uma peregrinação secreta a Roma esperando poder unir-se aos Illuminati….”.

O diretor do filme, Ron Howard, concorda: “Os Illuminati se formaram no século XVII. Eram artistas e cientistas como Galileu e Bernini, cujas idéias progressivamente foram ameaçando o Vaticano”. Brown, em seu sítio Web, reafirma esta idéia central: “é um fato histórico que os Illuminati queriam vingar-se do Vaticano no século XVII. Os primeiros Illuminati -os da época do Galileu- foram expulsos de Roma pelo Vaticano e caçados sem misericórdia”.

* Mentiras sobre os Illuminati: A verdade é que nenhum membro dos Illuminati foi caçado e muito menos assassinado por parte da Igreja Católica. Saber exatamente quais foram os Illuminati demonstra quão falsas são as afirmações do Brown. Os Illuminati foram fundados por um professor de leis chamado Adam Weishaupt, na Baviera, Alemanha, em 1 de maio de 1776. Não duraram muito: paralisou totalmente em 1787. Este não é um assunto em disputa, assim arrastar Galileu a esta fábula é bastante desonesto. Ele morreu em 1642, quase 150 anos antes que os Illuminati fossem fundados. Brown tem que saber tudo isto porque em seu próprio sítio Web há uma seção sobre os Illuminati que corretamente precisa sua fundação em 1776!

* Canonização e a Santa Comunhão “emprestadas” do paganismo: Anjos e Demônios afirma que a tradição da Igreja da canonização está tirada de um antigo rito “para fazer-se deus”. Mas os Santos não são pessoas feitas deuses, e em nenhum caso as origens pagãs da canonização poderiam haver-se explicado com precisão porque não são tais. Não existe, além disso, absolutamente nenhuma evidencia para a afirmação do Brown sobre o fato que morrer pelos pecados dos outros seja uma idéia cristã roubada ao legendário rei asteca Quetzalcoatl. A Santa Comunhão, segundo Brown, é um conceito que foi tirado dos astecas. Mas o fato concreto é que a Cristandade precede à civilização asteca por mais de 1000 anos.

* Mais mentiras históricas sobre personagens reais: O livro considera que a CERN inventou a Internet, o que é claramente falso. Ela lhe dá crédito a dois repórteres da BBC (da Inglaterra) que ganharam o Prêmio Pulitzer, em que pese a que este prêmio só se entrega a americanos. Afirma além que Winston Churchill foi um “católico incondicional”, quando a verdade é que nunca foi católico. Apresenta a idéia de que a Igreja Católica é muito rica, quando em realidade seu orçamento anual de operação se poderia comparar ao de um quinto da Universidade de Harvard (EUA). O livro diz que Copérnico foi assassinado, quando a história precisa que morreu de um ataque. O texto assinala além que Galileu foi um pacifista, embora não há evidências de que o fora. Brown toma uma crença: que os cientistas cristãos consideram inadequado o tratamento médico para uma pessoa jovem e o atribui falsamente ao catolicismo. Pinta além disso, falsamente, aos católicos como opostos ao ensino da evolução e identifica a uma organização protestante, a Christian Coalition (Coalizão Cristã) como uma entidade católica, quando não o é.

*O Papa Pio IX retratado como um desviado sexual: Brown quer promover todo tipo de estereótipo negativo sobre a Igreja Católica. Um dos favoritos de todos os tempos é a alegada fobia da Igreja ante a sexualidade. Por isso não deve surpreender que Brown presente o Papa Pio IX como um “maníaco eliminador de pênis” que destruiu grandes obras de arte. “Em 1857 -diz Brown na página 159- o Papa Pio IX decidiu que a representação masculina completa poderia incitar à luxúria dentro do Vaticano. Assim tomou um cinzel e um martelo e destruiu todas as genitálias de todas as estátuas masculinas dentro da Cidade do Vaticano”.
Pio IX, em vez de ir caminhando pelo Vaticano com seu martelo em mão, golpeando as estátuas masculinas entre as pernas, em realidade apoiou prodigamente as artes e premiou aos artistas por suas contribuições. É também conhecido por ter restaurado as pinturas no Vaticano.

*O Papa Urbano VIII rejeita ao escultor Bernini e a escultura de Santa Teresa (de Ávila): Brown guarda suas melhores armas para a suposta má reação do Papa ante a obra mestra de escultura de (Gian Lorenzo) Bernini, “O êxtase da Santa Teresa”. Segundo Brown, “o Papa Urbana VIII tinha rechaçado ‘O êxtase da Santa Teresa’ por ser uma obra sexualmente explícita para o Vaticano. Assim que a desterrou a alguma escura capela no outro lado da cidade”. Na mesma página, a 442, lê-se que “a escultura, como qualquer pessoa que a viu pode testemunhar, era algo menos algo cientista-pornográfico, mas certamente não científico”. Na seguinte página escreve que “a estátua representava a Santa Teresa sobre suas costas na agonia de um intenso orgasmo”.
Novamente, Brown simplesmente cria “fatos” que calcem em sua agenda. Para os principiantes na escultura, Teresa não está sobre suas costas, mas sim sentada. Quanto a Urbano VIII, não foi um adversário de Bernini, mas sim foi seu amigo e patrono. Em uma biografia de Arthur Lubow sobre este grande artista, se precisa que durante os 20 anos de pontificado de Urbano VIII, Bernini foi tratado como se fora da realeza pelo Papa. De fato, Bernini foi o favorito de todos os Papas enquanto viveu, e foi condecorado com a Cruz da Ordem de Cristo.

* Brown eleva à ciência ao lugar de Deus: Na página 31, um dos personagens do Brown se regozija ao dizer que “logo se provará que todos os deuses são falsos. A ciência dará a resposta a quase todas as perguntas que o homem possa fazer”. Assim, que coisa resta? “Só restam algumas perguntas”, escreve Brown, “e essas são as perguntas esotéricas”. Como por exemplo o verdadeiro sentido da existência! Na página 218, Brown se emociona tanto com a promessa da ciência que para expressá-lo usa itálicos e exclama: “A Ciência é Deus!”. Na página 474, fica totalmente claro: “A medicina, as comunicações eletrônicas, as viagens espaciais, a manipulação genética são os milagres sobre os que falamos com nossos filhos. Estes são os milagres que levamos como prova de que a ciência nos dará todas as respostas”. E logo se lança pelo ouro: “As antigas histórias sobre imaculadas concepções, sarças ardentes e mares abertos já não são relevantes. Deus se tornou obsoleto. A ciência ganhou a batalha”.

Nesta perspectiva, há algo que a ciência não possa fazer? Evidentemente não. Aqui Brown apresenta sua postura mais extrema (página 658): “A ciência veio para nos salvar da enfermidade, da fome e da dor! Hei aqui a ciência, o novo Deus dos milagres infinitos, onipotente e benevolente! Ignorem as armas e o caos”. A ciência deu um elixir para os problemas pessoais: “Esqueçam a solidão fraturada e o perigo interminável. A Ciência está aqui!”.

* O fato é que o catolicismo promoveu a ciência e a astronomia: a Ciência não teria progredido se não tivesse sido assim. “Nos últimos 50 anos”, afirma o professor Thomas E. Woods, Jr., “virtualmente todos os historiadores da ciência… chegaram à conclusão de que a Revolução Científica se deveu à Igreja”. Para o sociólogo Rodney Stark a razão pela que a ciência emergiu na Europa e não em nenhum outro lugar, foi o catolicismo. “sabe-se que na China, no Islã, na Índia, na Grécia antiga e em Roma, todos tiveram uma muito desenvolvida alquimia. Mas somente na Europa esta alquimia se transformou em química. Por essa razão, muitas sociedades desenvolveram elaborados sistemas de astrologia, mas solo nisto Europa levou a astronomia”.

O rol pioneiro dos católicos na astronomia está fora de discussão. J.L. Heilborn da Universidade de Califórnia em Berkeley escreve que “A Igreja Católica ajudou mais que ninguém financeira e socialmente ao estudo da astronomia por mais de seis séculos, da recuperação dos estudos antigos durante a última etapa da Idade Média até a Ilustração”. Somente os alcances científicos dos jesuítas alcançaram todos os cantos da terra.

O que fez ao catolicismo tão amigo da ciência e por que a ciência se originou na Europa e não em outra parte? Stark sabe o porquê: “Porque o Cristianismo representava a Deus como um ser racional, sensível, confiável e onipotente, e o universo como sua própria criação pessoal. entendia-se então que o mundo natural tem uma estrutura estável, racional, legal, que espera (em realidade que convida) à compreensão humana”.

* A Igreja e Galileu, muitas falsidades: Os mitos sobre Galileu são tantos que somente uns poucos se dão o trabalho de consultar os fatos históricos para saber o que em realidade aconteceu. Brown explora esta ignorância ao máximo. Quando afirma na página 41 que os “dados do Galileu estavam fora de discussão”, não chega nem perto da verdade. Por exemplo, sabemos que as marés se explicam pelas forças gravitacionais da lua. Mas a fixação de Galileu sobre a terra girando ao redor do sol não lhe permitiu compreender isto, ele pensava que as marés deviam compreender-se a partir do fato de que a terra girava ao redor do sol. E o que é mais importante, o que colocou a Galileu em problemas não foram suas idéias mas a sua arrogância: fez afirmações que não podia sustentar cientificamente.

Se Galileu foi castigado por sustentar que a terra gira ao redor do sol, então por que Copérnico não foi castigado? Afinal de contas, Copérnico teve esta idéia antes mesmo que Galileu chegasse a ela, e assim como Galileu, Copérnico era católico. A diferença está em que Copérnico foi um cientista honesto: estava contente afirmando suas idéias a modo de hipótese. Galileu repudiou fazer o mesmo, inclusive quando não podia as provar.

Se a Igreja Católica quis tirar o Galileu do mapa, então como se explica que fora gabado por seu trabalho em Roma em 1611? Por que o Papa Paulo V o acolheu? Por que se fez amigo do futuro Papa, Urbano VIII? Francamente, Galileu nunca se meteu em problemas antes de começar a insistir em que o sistema copernicano era positivamente certo. Quando esteve de acordo tratando isto como uma hipótese ou como uma proposição matemática, não sofreu nenhuma sanção.

Em 1624, o Papa Urbano VIII deu a Galileu medalhas e outros presentes, e lhe rogou que seguisse realizando seu trabalho. De acordo com Woods, “Urbano VIII lhe disse ao astrônomo que a Igreja nunca tinha declarado que o sistema do Copérnico era herético, e que a Igreja nunca faria isso”. Isto, é obvio, não é o que Brown quer que acreditemos. Oito anos depois, Galileu escreveu em seu “Dialogo sobre os principais sistemas do mundo”, e o fez a pedido do Papa. Mas esta vez Galileu assinalou que a teoria copernicana era empiricamente certa. Além disso, apresentou-se como teólogo, não somente como matemático, e esteve de acordo em fazê-lo. A Igreja não estava contente, e se sentiu marcada por ele. De igual modo, a comunidade científica não estava impressionada. Sua arrogância era terrível para muitos fora da Igreja assim como dentro dela.

É fácil para nós dizer que a Igreja reagiu exageradamente com Galileu. Isto é certo. Mas é também importante notar que ele nunca foi torturado e não passou um só dia na prisão. Foi confinado ao arresto domiciliário em uma modesta casa durante 9 anos. Inclusive passou um tempo na casa do Arcebispo de Siena. Não é exatamente a experiência tipo gulag (campos de trabalhos forçosos russos no tempo do Stalin aonde morreram milhões de pessoas) que nos têm feito acreditar. Seria interessante saber como Brown explicaria o fato que o primeiro líder da Pontifícia Academia para as Ciências não foi outro que seu “mártir” favorito Galileu Galilei!

Se a Igreja Católica era tão anti-ciência, por que o Papa Bento XIV outorgou o imprimatur (permissão eclesiástica oficial para a impressão de uma obra católica) à primeira edição dos trabalhos completos do Galileu? Assim o fez em 1741. E se necessitamos melhores provas para demonstrar que o abrasivo do Galileu teve algo que ver com a resposta da Igreja, deve considerar-se que cientistas como o P. Roger Boscovich seguiram explorando as idéias copernicanas enquanto Galileu foi encontrado “veementemente suspeito de heresia”. Também deve notar-se que aos católicos nunca lhes proibiu ler a Galileu, inclusive os livros científicos de todo tipo circularam livremente durante e depois da censura ao Galileu.

Segundo Bill Donahue da Liga Católica dos Estados Unidos, “dentro de pouco, a equipe formada por Dan Brown e Ron Howard terão gerado na audiência a crença de que Galileu era membro de uma sociedade secreta, os Illuminati, e que esse grupo procura vingar do Vaticano pela história anti-ciência da Igreja Católica. O fato é que Galileu morreu quase 150 anos antes que os Illuminati fossem fundados em 1 de maio de 1776. Por que mentir então? Porque sua meta é mostrar à Igreja Católica como uma inimizade da ciência, e qual outra melhor forma que usar para isto o seu mártir favorito, Galileu? A vítima perfeita, mencionada perseguição do Galileu, é citada assim como prova da guerra da Igreja contra a razão”.

“Galileu nunca foi aprisionado ou torturado. Seu confinamento foi uma detenção domiciliária, embora não garantido, e estava mais em função de sua arrogância que das suas idéias: persistiu em apresentar idéias (tiradas de Copérnico, um cientista católico que nunca foi castigado) como cientificamente precisas, algo do que inclusive cientistas de seu tempo duvidavam”.

* Testemunhos em contra da Igreja de parte do pessoal que produziu o filme: O Padre Bernard O’Connor, um sacerdote canadense e oficial da Congregação para as Igrejas Orientais da Santa Sé, estava em Roma o ano passado enquanto o diretor Ron Howard filmava a obra. O’Connor se encontrou duas vezes com o pessoal da mesma e conversou de maneira informal com 20 deles. Estava vestido casualmente de modo que ninguém se deu conta de que era um sacerdote. Falaram abertamente, pensando que era somente “um turista amistoso”. O Padre escreveu um artigo sobre sua experiência na revista mensal, Inside the Vatican (Dentro do Vaticano). Um dos trabalhadores que disse ser um dos “encarregados” opinou assim: “a Igreja miserável está contra nós outra vez e nos está causando problemas”. Logo, falando de seu amigo Dan Brown, acrescentou “como muitos de nós, ele com freqüência diz que faria algo para demolir esta detestável instituição, a Igreja Católica. E triunfaremos. Já verão”. Quando o Padre O’Connor lhe pediu que precisasse suas afirmações, o oficial de produção disse “ao final desta geração não existirá mais a Igreja Católica, ao menos não na Europa ocidental. E em realidade os meios merecem muito crédito por seu desaparecimento”.

“Finalmente o público está entendendo nossa mensagem”, disse logo. A mensagem está claramente definida: “a Igreja Católica tem que ser debilitada e eventualmente desaparecer da face da terra. É a primeira inimizade da humanidade. Sempre o foi”. Este mesmo senhor lhe dá o crédito disto à “televisão, Hollywood, as indústrias da música e de vídeo, junto com cada um dos jornais que existem, pois todos dizem o mesmo”. Este sujeito também mencionou o papel que algumas universidades jogaram para minar o catolicismo.

Joseph Dias é o Secretário Geral do Foro Secular Católico (CSF). Com comentários de Bill Donahue, Liga Católica (Catholic League - o EUA)

A MEDIAÇÃO DE MARIA

A mediação de Nossa Senhora, bem como a dos anjos e santos, não é uma mediação substitutiva a de Jesus, mas, ao contrário, com base nela, por dentro dela. Sem a Mediação única e essencial de Cristo, homem e Deus, Sumo Pontífice (ponte) entre Deus e os homens, todas as outras mediações não teriam eficácia; portanto, a mediação de Maria não é uma mediação paralela a de Jesus, mas subordinada, cooperadora, por vontade de Deus.

Jesus não quis salvar o mundo sozinho; Ele quis e quer a nossa ajuda e cooperação, tanto em termos de trabalho como de oração.

O Concílio Vaticano II, na Lúmen Gentium, explica-nos bem como é a mediação de Nossa Senhora diante de Deus. Vejamos:


“A maternidade de Maria na dispensação da graça perdura ininterruptamente a partir do consentimento que ela fielmente prestou na Anun­ciação, que sob a Cruz ela resolutamente manteve e manterá até a perpé­tua consumação de todos os eleitos. Assumida aos céus, não abandonou esta salvífica função, mas por sua multíplice intercessão continua a gran­jear-nos os dons da salvação eterna. Por seu maternal amor cuida dos irmãos do seu Filho que ainda peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria”.


“Por isto e Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Protetora, Medianeira. Isto, porém, se entende de tal modo que nada derrogue, nada acrescente à dignidade e eficácia de Cristo, o único Mediador”.


“Com efeito; nenhuma criatura jamais pode ser colocada no mesmo plano com o Verbo Encarnado e Redentor. Mas, como o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e como a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de maneiras diversas, assim também a única mediação do Redentor não exclui, mas suscita nas criaturas uma variegada cooperação, que participa de uma única fonte”.


“A Igreja não hesita em proclamar essa função subordinada de Maria. Pois sempre de novo experimenta e recomenda-se ao coração dos fiéis para que, encorajados por esta maternal proteção, mais intimamente dêem sua adesão ao Mediador e Salvador” (LG, nº 62), O Papa Paulo VI em sua Exortação Apostólica Signum Magnum nº 1, escreveu:


“A Virgem continua agora no céu a exercer a sua função materna, cooperando para o nascimento e o desenvolvimento da vida divina em cada uma das almas dos homens redimidos. É esta uma verdade muito reconfortante, que, por livre disposição de Deus sapientíssimo, faz parte do mistério da salvação dos homens; por conseguinte, deve ser objeto da fé de todos os cristãos”.

O Papa João Paulo II assim se expressou:


“Os cristãos invocam Maria como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que vê as necessidades dos seus filhos e está pronto a intervir em ajuda deles, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Maria está próxima de quantos sofrem ou se encontram em situações de grave perigo, sugeriu aos fiéis invocá-la como “Socorro”. A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, com as palavras: “sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano).


Como Medianeira materna, Maria apresenta a Cristo os nossos desejos, as nossas súplicas e transmite-nos os dons divinos, intercedendo continuamente em nosso favor. (L’Osservatore Romano, ed. port. n.39, 27/09/1997, pag. 12(448)).


Disse ainda o Papa: “Como recordo na Encíclica Redemptoris mater, “a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade e possui um caráter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas” (n. 38). Deste ponto de vista, Ela é única no seu gênero e singularmente eficaz… o mesmo Concílio cuidou de responder, afirmando que Maria é “para nós a Mãe na ordem da graça” (LG, 61). Recordamos que a mediação de Maria se qualifica fundamentalmente pela sua maternidade divina.


O reconhecimento do papel de Medianeira está, além disso, implícito na expressão “nossa Mãe”, que propõe a doutrina da mediação Mariana, pondo em evidência a maternidade. Por fim, o título “Mãe na ordem da graça” esclarece que a Virgem coopera com Cristo no renascimento espiritual da humanidade.

“O Concílio afirma, além disso, que “a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia” (LG, 60).


“Longe, portanto, de ser um obstáculo ao exercício da única mediação de Cristo, Maria põe antes em evidência a sua fecundidade e a sua eficácia. “Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia” (LG, 60).


“De Cristo deriva o valor da mediação de Maria e, portanto, o influxo salvador da Bem-aventurada Virgem “de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece” (ibid.).


“Ao proclamar Cristo como único Mediador (cf. 1 Tm 2, 5-6), o texto da Carta de São Paulo a Timóteo exclui qualquer outra mediação paralela, mas não uma mediação subordinada. Com efeito, antes de ressaltar a única e exclusiva mediação de Cristo, o autor recomenda “que se façam súplicas, orações, petições e ações de graças por todos os homens…” (2,1).


Não são porventura as orações uma forma de mediação? Antes, segundo São Paulo, a única mediação de Cristo é destinada a promover outras mediações dependentes e ministeriais. Proclamando a unicidade da mediação de Cristo, o Apóstolo só tende a excluir toda a mediação autônoma ou concorrente, mas não outras formas compatíveis com o valor infinito da obra do Salvador.


“Nesta vontade de suscitar participações na única mediação de Cristo, manifesta-se o amor gratuito de Deus que quer compartilhar aquilo que possui. Na verdade, o que é a mediação materna de Maria senão um dom do Pai à humanidade? Eis por que o Concílio conclui: “Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a nos fiéis…” (ibid.).


“Maria desempenha a sua ação materna em contínua dependência da mediação de Cristo e d’Ele recebe tudo o que o seu coração desejar transmitir aos homens. Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta “continuamente” a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”. (L’Osservatore Romano, ed. port. n.40, 04/10/1997, pag. 12(460)).

"Eis o tempo! Vamos semear a graça de Pentecostes"


"Profetiza ao Espírito, disse-me o Senhor, profetiza filho do homem e dirige-te ao Espírito: eis o que diz o Senhor Javé: Vem Espírito, dos quatro cantos do céu, sopra sobre esses mortos para que revivam" (Ez 37,9).

O Espírito Santo nos foi prometido e concedido pelo próprio Jesus:"Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à verdade plena". (Jo 16,13). Mas foi no dia de Pentecostes que o Espírito foi derramado sobre os Apóstolos e sobre toda a comunidade (cf. At 2,1-13).

O mesmo vem acontecendo nos dias de hoje, o Espírito do Senhor está sendo derramado em abundância sobre todos nós. Precisamos estar abertos ao Espírito para recebermos as graças de Deus. Ele tem muito a fazer em nossas vidas, mas depende de nós abrirmo-nos ao Espírito, para que sejamos curados, restaurados e voltarmos à vida. Todo momento, Ele nos oferece a chance de estarmos com Ele, de nos aproximarmos da graça, de vermos e sentirmos os milagres por Ele realizados. Devemos buscá-Lo a todo instante.

A oração pessoal é muito importante e indispensável na vida do cristão, mas devemos e precisamos estar unidos com os irmãos na oração comunitária. E uma grande oportunidade de estarmos unidos e orando com todo fervor se aproxima, é o nosso Congresso Nacional que se realizará nos dias 07 a 11 de julho na sede Canção Nova em Cachoeira Paulista.

Durante toda minha caminhada de servo, há mais de 20 anos, tenho a graça de participar do Congresso Nacional da RCC e presenciar os milagres do Senhor na vida de muitos irmãos e irmãs. Por isso, eu convido: venha você também sentir e testemunhar as maravilhas do Senhor.
Não perca a graça de participar do Congresso Nacional da RCC, será um momento de grande louvor e entrega a Deus. Junte-se a nós e venha Celebrar Pentecostes com todo fervor e ardor de apóstolos e apóstolas da efusão do Espírito.

O Senhor nos dá a promessa: "Se dois se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está no céu. Porque onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles". (Mt 18,19-20).

Ele estará presente e nos concederá tudo o que pedirmos. Essa promessa vai se cumprir novamente: a Família Carismática estará reunida para juntos proclamarmos que JESUS CRISTO É O SENHOR. Serão milhares de irmãos e irmãs, de todo o Brasil! Deus vai se manifestar em sua vida, você não pode ficar de fora desta graça. Até o Congresso.

Por Ironi Spuldaro
Membro do Conselho Nacional