segunda-feira, 27 de abril de 2009

A INSPIRAÇÃO BÍBLICA


I - A INSPIRAÇÃO

1. Definição

Entende-se por inspiração a influencia ativa de Deus sobre os autores dos Livros Sagrados, pela qual a verdade salvífica é anunciada e tornada perceptível ao homem.

2. Cânon, canônico, canonicidade
1. Cânon: termo grego kanon significa originariamente uma "vara de medir" e, mais tarde, num sentido derivado, uma "regra" ou "norma". Os Padres usaram a palavra "cânon" com o sentido de regra de fé. A idéia que finalmente prevaleceu foi a de uma determinada coleção de escritos que se constitui uma regra de fé. Por último, o cânon da Escrituras veio a significar aquilo que entendemos por ele hoje: a coleção de livros divinamente inspirados, recebidos pela Igreja e reconhecidos por ela como infalível regra de fé e prática, em virtude de sua origem divina.
Canônico é relativo a Cânon. É chamado canônico o escrito que figura no elenco dos escritos inspirados.
2. Canonicidade: significa que um livro inspirado, destinado à Igreja, foi recebido como tal por ela. Embora todos os livros canônicos sejam inspirados e nenhum livro inspirado exista fora do cânon, contudo, as noções de canonicidade e inspiração não são as mesmas.


3. O Fato da Inspiração
Toda a Tradição judaica fala que os livros sagrados são inspirados por Deus:
No AT, é sinal de fé acreditar que os livros sagrados são de origem divina.
No NT, Jesus fala da proveniência divina das Escrituras. Os Apóstolos nos transmitiram esta verdade, na qual acreditamos, pois é regra de fé para a Igreja.

4. Extensão da Inspiração
Toda a Bíblia é Palavra de Deus. Cada livro canônico é todo ele inspirado*. Não devemos confundir, porém, "Inspiração" com "Revelação".
Com efeito, são inspiradas todas as passagens de um livro canônico, sem distinçãom, quer se trate de fé ou não, pois o conteúdo não é objeto da inspiração, mas o autor humano. A Inspiração, portantom subsiste também quando o autor do livro erra em relação a argumentos científicos ou ostenta suas limitações humanas.
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*Com efeito, a Santa Mãe Igreja, segundo a fé apostólica, considera como santos e canônicos os livros inteiros do Antigo e do Novo Testamento com todas as suas partes, porque, escritos por inspiração do Espírito Santo (cf. Jo 20,31; 2 Tm 3,16; 2 Pd 1,19-21; 3,15-16), têm Deus por autor, e como tais foram confiados à própria Igreja" (DV 11)
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5. Efeito da Inspiração
Em matéria de moral e de fé, tais livros não podem enganar. São veículos de verdade salvífica ou inerrância. Todavia, não podemos atribuir a Deus cada palavra, cada enunciado. O autor humano conserva toda a sua liberdade de expressão, toda a sua mentalidade. Deus não dita ao autor humano (ou hagiógrafo) o que ele deve escrever, mas o inspira e lhe permite expressar, com os recursos literários e conhecimentos gerais que tem, aquilo que Ele inspira*.

6. Veracidade das Escrituras
A autoria divina das Escrituras garante que as verdades ensinadas e as realidades descritas na Bíblia apresentam, sem erro, o caminho certo para a salvação: "Os livros das Escrituras ensinam, firmemente, fielmente e sem erro, a verdade que Deus, para a nossa salvação, desejou ver confiadas às Sagradas Escrituras" (DV 11).

7. Cópias do original, traduções, comentários e citações do autor são inspirados?
Se o copista cometeu erros de cópia e traz um texto diferente do original, a passagem não é mais sujeita a inerrância.
Se o tradutor não é fiel ao original, o livro não é mais sujeito a inerrância.
Os comentários, as interpretações, estão sujeitos a erros. Só apresentam inerrância quando traduzem exatamente o pensamento do pensador inspirado.
Quando as citações não expressão o pensamento do autor inspirado não estão sujeitas a inerrância.

8. Algumas leis da Linguagem ligadas à verdade salvífica
O sentido da palavra é convencional. Existem palavras na Bíblia cujo sentido dado pelo autor é diferente do sentido que nós costumamos dar. Por isto, para interpretar autenticamente a Bíblia deve-se procurar o sentido exato que o autor bíblico deu aos termos.
Expressões idiomáticas existem em todas as línguas - também na Sagrada Escritura. Não se pode, portanto, dar a estas expressões o sentido literal, mas determinar o que realmente significam. Ex: "As narinas de Deus soltavam fumaça", "Deixa que os mortos enterrem os mortos..." etc.
Devemos colher na Bíblia o conceito paulino de Letra e Espírito (2 Cor. 3, 4s). Interpretar a Bíblia sem colocar Jesus ao centro de todo o AT é ficar unicamente na letra e "a letra mata". Interpretá-la colocando Jesus como centro de todas as Escrituras é penetrar no Espírito delas. Então, "o espírito vivifica".
O verdadeiro sentido da Escritura, a Veracidade Salvífica, muitas vezes, deve ser procurado no contexto, no conjunto total, e não isoladamente, em palavras ou expressões.
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* Deus escolheu e serviu-se de homens na posse das suas faculdades e capacidadesm, para que, agindo Ele neles e por eles, possuem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria" (DV 11).
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"O Papa está certo", diz autoridade mundial no combate à AIDS


"Eu sou um liberal nas questões sociais e isso é difícil de admitir, mas o Papa está realmente certo. A maior evidência que mostramos é que camisinhas não funcionam como uma intervenção significativa para reduzir os índices de infecção por HIV na África."

Esta é a afirmação do médico e antropólogo Edward Green, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da AIDS. Ele é diretor do Projeto de Investigação e Prevenção da AIDS (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Uma das instituições educacionais mais prestigiadas do mundo.

Na terça-feira, 17 de março, em entrevista concedida a jornalistas no avião papal rumo à África, Bento XVI afirmou que a AIDS não vai ser controlada somente com a distribuição de preservativos. Para o Pontífice, a solução é "humanizar a sexualidade com novos modos de comportamento". Por estas declarações, o Papa foi alvo de críticas.

Dr. Edward Green, com 30 anos de experiência na luta contra a AIDS, tratou do assunto no site National Review Online (NRO) e foi entrevistado no Ilsuodiario.net.

O estudioso aponta que a contaminação por HIV está em declínio em oito ou nove países africanos. E diz que em todos estes casos, as pessoas estão diminuindo a quantidade de parceiros sexuais. "Abstinência entre jovens é também um fator, obviamente. Se as pessoas começam a fazer sexo na idade adulta, elas terminam por ter menor número de parceiros durante a vida e diminuem as chances de infecção por HIV", explica.

Green também aponta que quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco, como os preservativos, corre mais riscos do que aquele que não a usa. "O que nós vemos, de fato, é uma associação entre o crescimento do uso da camisinha e um aumento dos índices de infecção. Não sabemos todas as razões para isto. Em parte, isso pode acontecer por causa do que chamamos 'risco compensação'".

O médico também afirma que o chamado programa ABC (abstinência, fidelidade e camisinha – somente em último caso), que está em funcionamento em Uganda, mostra-se eficiente para diminuir a contaminação.

O governo de Uganda informa que conseguiu reduzir de 30% para 7% o percentual de contaminação por HIV com uma política de estímulo à abstinência sexual dos solteiros e à fidelidade entre os casados. O uso de camisinhas é defendido somente em último caso. No país, por exemplo, pôsteres incentivam os caminhoneiros - considerado um grupo de risco - a serem fiéis às suas esposas.


Retirado da Página do Dr. Edward Green, no site da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos

Um cristianismo oficializado e beneficiado pelo poder público

A partir de Constantino (306-337 d.C.) a situação dos cristãos no Império Romano muda substancialmente. Seus sucessores desenvolvem uma política de integração da Igreja no sistema imperial. Sob o governo de Teodósio I (379-395) o cristianismo torna-se "religião do Estado". Num Edito de 380 esta religião é imposta a todos os súditos, proibindo-se, na prática, o antigo paganismo.

"Queremos que as diversas nações sujeitas à nossa clemência e moderação continuem professando a religião legada aos romanos pelo apóstolo Pedro, tal como a preservou a tradição fiel como é presentemente observada pelo pontíficie Dâmaso e por Pedro, Bispo de Alexandria e varão de santidade apostólica. De conformidade com a doutrina dos apóstolos e o ensino do Evangelho, creiamos, pois, na única divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo em igual majestade e em Trindade santa. Autorizamos aos seguidores dessa lei a tomarem o título de cristãos católicos. Referente aos outros - que julgamos loucos e cheios de tolices - queremos que sejam qualificados com o nome ignominoso de hereges e que não se atrevam a dar a seus conventículos o nome de Igrejas. Estes sofrerão, em primeiro lugar, o castigo da divina condenação e, em segundo lugar, a punição que nossa autoridade, de acordo com a vontade do céu, decida infligir-lhes" (15).

A religião cristã ocupará doravante o lugar do paganismo na ordenação pública do Império: servir de suporte ideológico aos interesses pólíticos e à autoridade do soberano. Começa a fazer parte do "corpus" estatal, com subvenções, doações e privilégios, mas igualmente sofrendo a constante intervenção do poder civil em sua vida interna.

Em 392 um novo Edito de Teodósio proscreve o paganismo ameaçando seus adeptos com severas sanções. Uma ambígua vitória do cristianismo!

O "Edito de Milão"

Com Constantino, o Cgrande, cessam oficialmente as perseguições dos cristãos. Após a vitória sobre Maxênio, seu adversário, ele declara publicamente a liberdade de religião e de culto para todos os cidadãos do Reino, favorecendo inegavelmente os cristãos.

Eis o teor deste famoso documento que entrou na história com o nome de "Edito de Milão" (313 d.C.):

"Nós, Constantino e Licínio, Imperadores, encontrando-nos em Milão para conferenciar a respeito do bem e da segurança do Império, decidimos que, entre tantas coisas benéficas à comunidade, o culto divino deve ser a nossa primeira e principal preocupação. Pareceu-nos justo que todos, cristãos inclusive, gozem da liberdade de seguir o culto e a religião de sua preferência. Assim Deus que no céu ser-nos-á proprício a nós e a todos nossos súditos. Decretamos, portanto, que, não obstante a existência de anteriores intsruções relativas aos cristãos, os que optarem pela religião de Cristo sejam autorizados a abraçá-la sem estorvo ou empecilho, e que ninguém absolutamente os impeça ou moleste... Observai, outrossim, que também todos os demais terão garantida, livre e irrestrita prática de suas respectivas religiões, pois está de acordo com a estrutura estatal e com a paz vigente que asseguremos a cada cidadão a liberdade de culto, segundo sua consciência de eleição. Não pretendemos negar a consideração que merecem as religiões e seus adeptos. Outrossim, com referência aos cristãos, ampliando normas já estabelecidas sobre os lugares de seus cultos, é-nos grato ordenar, pela presente, que todos que compraram esses locais os restituam aos cristãos sem qualquer pretensão a pagamento... Use-se da máxima diligência no cumprimento das ordenançãs a favor dos cristaos e obedeça-se a esta lei com presteza, para se possibilitar a realização de nosso proprósito de instaurar a tranquilidade pública. Assim continue o favor divino, já experimentado em empreendimentos importantíssimos, outorgando-nos o sucesso, garantia do bem comum" (14).

sábado, 25 de abril de 2009

QUEM DIRIA? JESUS MORREU E FOI PARA O INFERNO!

Sinceramente, tenho medo de morrer. Não pelo que vou encontrar depois, mas por causa doinstante da morte. A morte é a separação entre o corpo e a alma. E isso deve doer! Não me parece que esse medo seja censurável, visto que o próprio Jesus temeu o momento de sua morte (cf. Jo 12, 27).

Mas o medo pode ser uma espécie de fascínio. Quem tem medo, no fundo sente-se atraído pelo objeto temido. No meu caso, trata-se de um desejo de tocar o desconhecido e de compreender aquilo que ainda não sei plenamente.

Aliás, demorei a entender as coisas relativas aos novíssimos. Pensava que "mansão dos mortos" era uma casa mal assombrada. "Juízo final", para mim, eram os instantes últimos de lucudez antes da caducidade. Cheguei a pensar que as pessoas banguelas não iam para o Inferno, pois Jesus insinua que lá "haverá choro e ranger de dentes" (cf. Mt 25, 30b - grifo meu). Espero que não precise de dentistas por lá.

Minhas preocupações escatológicas diminuiram quanedo descobri que o próprio Jesus morreu e foi para o inferno. Quem diria? Mas é isso mesmo! E para comprovar que não estou dizendo nenhuma heresia, vou recorrer ao Catecismo da Igreja Católica: "O Símbolo dos Apóstolos confessa em um mesmo artigo de fé a descida de Cristo aos Infernos e a sua Ressurreição dos mortos no terceiro dia" (n. 631 - grifo meu).

A Escritura denomina Inferno, Sheol ou Hades, a Morada dos Mortos para a qual Cristo morto desceu. Lá se encontravam todos os mortos, maus ou justos. Todos estavam em estado de privação da visão de Deus, o que não significa que a sorte deles fosse idêntica (cf. n. 633). Os justos estavam à espera do Rendentor, pois a salvação ainda nao tinha se realizado.

Jesus desceu aos Infernos não para libertar os condenados, nem para destruir o próprio Inferno. Ele foi libertar os justos que haviam precedido. Esta foi, portando, a fase última da missão messiânica de Jesus (cf. ns. 633-634). No dizer de uma antiga homilia para o Sábado Santo: "Ele vai procurar Adão, nosso primeiro Pai, como uma ovelha perdida. Quer ir visitar todos os que se assentaram nas trevas e à sombra da morte. Vai libertar de suas dores aqueles dos quais é filho e para os quais é Deus" (n. 635).

Portanto, a descida de Jesus aos Infernos é um dogma de fé, que todo católico reza no Credo, quando diz: "Desceu à mansão dos mortos". Sua constatação reforça a fé na misericórdia de Deus. Para salvar, Jesus chegou até o Inferno, "para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos (Fl 2,10).

É no nome de Jesus que se tem a vida em abundância. Nele, a própria morte se transfigura: em vez de instante último, torna-se passagem. Por isso, sou obrigado a concluir que o meu temor diante da morte é infundado. Devo aguardá-la na certeza de que ela me levará à felicidade eterna. Mesmo que doa...


Trecho do Livro: "PERGUNTAS INTRIGANTES, RESPOSTAS INSTIGANTES.

Ronaldo José de Sousa é consagrado na Comunidade Remidos no Senhor. Doutorando em Sociologia pela Universidade Federal de Campina Grande e professor da FACCG. Ecerce o ministério da pregação e do ensino desde 1989. Autor dos livros: Pregador ungido, Ide às encruzilhadas, Eis o homem e Carisma e instituição, da Editora Santuário, entre outros

quinta-feira, 16 de abril de 2009

PAPA BENTO XVI COMPLETA QUATRO ANOS DE PONTIFICADO


O Papa Bento XVI está completando quatro anos de Pontificado; ele é o Representante de Nosso Senhor Jesus Cristo na Terra, o Vigário de Cristo; o Pedro de nossos dias, a quem o Senhor confia o cuidado do seu Rebanho. “Apascenta as minhas ovelhas” (João 21, 17); “Confirma os teus irmãos” (Lucas 22, 32). O Papa, como disse Santa Catarina de Sena, é o “Doce Cristo na Terra”. Ele é a “Pedra” (Kephas) de unidade da Igreja e guardião da doutrina; Pai espiritual de todo católico.


Levar adiante o trabalho de João Paulo II não é tarefa fácil, mas o Papa Bento XVI continua isso muito bem; realiza as importantes viagens pastorais a todo o mundo - apesar de sua idade avançada - o que por si só já é um desafio. Continua a luta em defesa da moral católica no combate ao aborto, à manipulação de embriões, à eutanásia, ao sexo livre e fora do casamento, `a prática homossexual e ao casamento de gays, uso da camisinha, etc. Isto tudo tem sido um grande desafio para o Papa e motivo de muitas críticas.


Além disso, o Papa tem combatido o que chama de “ditadura do relativismo”, segundo o qual não existe uma verdade absoluta e tudo se reduz `a vontade de cada um; dentro da Igreja combate o relativismo moral e doutrinário por parte até de pessoas do clero. Seu principal desafio, penso que seja a luta contra o ateísmo e o laicismo anti-católico que cresce na Europa e especialmente nas universidades e na mídia, e que parece querer banir a Igreja católica da sociedade e fazer calar a sua voz.


Alguns pensavam que o Papa fosse um reacionário ultra conservador, mas ele não precisou reverter esse quadro, porque simplesmente ela nunca foi frio e nem ultra-conservador; essa foi uma visão errada que a mídia passou dele para o público. O então cardeal Ratzinger sempre foi acolhedor, humilde e bondoso; no entanto, sua missão de Prefeito da Congregação da Fé; a mais importante da Santa Sé, guardião da “sã doutrina” (Tito 1,9), exigia dele um trabalho profundo, recolhido, e pronto para corrigir os erros e as heresias que ameaçavam a pureza da fé. Ele foi obrigado a chamar ao Vaticano muitos teólogos que caminhavam em desacordo com a doutrina da Igreja; era sua missão; isso criou uma falsa visão de sua pessoa. Durante 24 anos ele foi o homem de confiança de João Paulo II nesta missão impar; isso gerou, erradamente, uma imagem distorcida do Papa. Foi um preço que ele teve de pagar para servir a Igreja com fidelidade e coragem.


Alguns quiserem denegrir a sua imagem dizendo que ele foi do exército de Hitler, como se tivesse cooperado com a loucura desse ditador. Esse foi outro ponto muito mal interpretado pela mídia e especialmente por quem desejava denegrir a imagem do Papa, como se pudesse caber na cabeça de alguém que um cardeal da Igreja, hoje Papa, pudesse ter sido colaborador de um dos piores carrascos que a humanidade já viu. Somente pessoas com muita má fé ou por ignorância poderiam pensar tal desatino.


No livro “O Sal da Terra”, o então Cardeal Ratzinger deu um longa entrevista ao jornalista Peter Seewald, onde conta toda a sua vida e seu maravilhoso trabalho de muitos anos pela Igreja. Entre outras coisas, Peter pergunta ao Papa: “O senhor pertenceu `a Juventude Hitlerista?; ao que ele respondeu:


“De início não pertencíamos. Contudo, com a introdução, em 1941, da juventude Hitlerista obrigatória, meu irmão tornou-se membro de acordo com essa norma. Eu ainda era muito novo [14 anos ], mas mais tarde fui inscrito na juventude Hitlerista quando estava no seminário. Assim que saí do seminário, nunca mais fui lá. E isso era difícil porque a redução da mensalidade, de que eu realmente precisava, estava ligado à comprovação de frequência à juventude Hitlerista. Mas, graças a Deus, tive um professor de Matemática muito compreensivo.


Ele próprio era nazista, mas um homem consciencioso, que me disse “ Vai lá uma vez para resolvermos isso…” Quando viu que eu realmente não queria ir , disse: “Entendo, eu dou um jeito nisso”, e assim pude ficar de fora” (p. 44). Pouco depois, os dois irmãos Ratzinger seminaristas foram mobilizados compulsoriamente e enviados para diferentes postos militares. O futuro Papa fez serviço militar na guarnição antiaérea de Munique, mas nunca atuou como soldado beligerante. Ele e outros tinham permissão de assistir às aulas no Colégio Maximiliano de Munique. Fora das horas de serviço, podiam fazer o que quisessem, e lá havia um grande grupo de católicos “engajados” que conseguiram organizar até aulas de religião, e de vez em quando podiam ir à igreja. (ver o livro ” A minha vida”, Ed. Paulinas, SP).


Mais tarde, em 20 de setembro de 1944, foi levado para um campo de trabalhos forçados em Burgenland. “Aquelas semanas de trabalho braçal ficaram-me na memória como uma recordação opressiva. Aprendemos a pegar e levar sobre o ombro a enxada com uma cerimoniosa disciplina militar; a limpeza da enxada, na qual não podia ficar a menor partícula de pó, era um dos elementos essenciais dessa pseudo-liturgia… Toda uma liturgia e o mundo que se construía em torno dela apresentavam-se como uma grande mentira” (citado no livro “Joseph Ratzinger, uma biografia”, de Pablo Blanco, Ed. Quadrante 2005, pp. 31 e ss.).


O Papa é conservador no sentido de conservar-se fiel ao Evangelho e ao Magistério da Igreja, e isso é correto; ele tem dito e ensinado as mesmas verdades que os Papas anteriores a ele ensinaram, nada a mais. Acontece que o mundo fica na ilusão de que a Igreja vá mudar a sua moral e a sua doutrina; mas ela não pode fazer isso, pois é um legado perene que Jesus deixou para a salvação da humanidade; e isso não pode ser mudado sob pena de se destruir o cristianismo e por em risco a salvação das pessoas.


Ele foi recentemente atacado na mídia e nas universidades por ter condenado o uso de preservativos; mas sempre a Igreja considerou o seu uso imoral e deprimente, uma vez que incentiva o sexo fora do casamento, e é um mau exemplo para os jovens. Ele nada disso de novo. O preservativo não impede 100% a contaminação pelo HIV, como estamos vendo pelo testemunho de muitos médicos e autoridades. Os paises da África que diminuíram o contágio do HIV o fizeram com a prática da abstinência sexual antes do casamento e a fidelidade conjugal, e não com o uso da camisinha; o Papa tem razão.


Sobre o casamento de gays, a Igreja sempre considerou a prática homossexual, não a tendência, uma grave desordem (cf. Catecismo §2357), algo contra a lei de Deus que criou o homem e a mulher para que o casal humano fosse a base da família e da sociedade. O casamento de gays cria uma família falsa, e isto prejudica a verdadeira, e tem sérias conseqüências.


O Papa tem viajado constantemente – apesar de sua idade, repito – e tem sido acolhido com entusiasmo como vimos na África, nos Estados Unidos, na Jornada Mundial da Juventude na Alemanha, no Brasil, etc.; isso mostra que ele continua a levar a Igreja e o Evangelho ao mundo e este o acolhe. Ele continua o mesmo trabalho de João Paulo II; dá ênfase ao ecumenismo, enaltece o Concilio Vaticano II como a “Primavera da Igreja”, vai às universidades levar a mensagem cristã, fala com a juventude, acolhe as famílias e conversa com os governantes do mundo todo. E já está de viagem marcada para Israel.


Este Papa foi eleito num dos Conclaves mais rápidos da história da Igreja, porque estava claro para os cardeais que ele era o Cardeal mais preparado para substituir João Paulo II, magno. E esses quatro anos mostraram o acerto dessa medida. Ele dá sequência ao trabalho de João Paulo com coragem, lucidez, e, de certa forma, com mais espontaneidade.


Não tem medo de dizer a verdade de Deus onde quer que deva pregar, com humildade e sabedoria. Se o mundo o critica é porque Jesus Cristo sempre foi e sempre será “sinal de contradição” (Lc 2, 34), e o Papa é o seu Representante na terra; então, não podemos esperar outra reação do mundo.

“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1, 4-5). Paulo VI já havia dito que o mundo vai mal porque quer dar soluções fáceis, rápidas, cômodas, e inócuas, para problemas difíceis. E a Igreja não aceita isso, porque não é irresponsável, por isso, será sempre atacada.


Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Como ser um católico bem formado?

Imagem de Destaque
Quanto mais conhecemos a Igreja, mais a amamos

O autor da Carta aos Hebreus escreveu: “Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal” (Hb 5, 13-14). Sem esse “alimento sólido”, que a Igreja chama de “fidei depositum” (o depósito da fé), ninguém poderá ser verdadeiramente católico e autêntico seguidor de Jesus Cristo.

Não há dúvida de que a maior necessidade do povo católico hoje é a formação na doutrina. Por não a conhecer bem, esse mesmo povo, muitas vezes, vive sua espiritualidade, mas acaba procedendo como não católico, aceitando e vivendo, por vezes, de maneira diferente do que a Igreja ensina, especialmente na moral. E o pior de tudo é que se deixa enganar pelas seitas, igrejinhas e superstições.

Em sua recente viagem à África, que começou em 17 de maio de 2009, o Papa Bento XVI deixou claro que a formação é o antídoto para as seitas e para o relativismo religioso e moral. Em Yaoundé, em Camarões, o Sumo Pontífice disse que “a expansão das seitas e a difusão do relativismo – ideologia segundo a qual não há verdades absolutas –, tem um mesmo antídoto, segundo Bento XVI: a formação”. Afirmando que: «O desenvolvimento das seitas e movimentos esotéricos, assim como a crescente influência de uma religiosidade supersticiosa e do relativismo, são um convite importante a dar um renovado impulso à formação de jovens e adultos, especialmente no âmbito universitário e intelectual». E o Santo Padre pediu «encarecidamente» aos bispos que perseverem em seus esforços por oferecer aos leigos «uma sólida formação cristã, que lhes permita desenvolver plenamente seu papel de animação cristã da ordem temporal (política, cultural, econômica, social), que é compromisso característico da vocação secular do laicado».

Desde o começo da Igreja os Apóstolos se esmeraram na formação do povo. São Paulo, ao escrever a S. Tito e a S. Timóteo, os primeiros bispos que sagrou e colocou em Creta e Éfeso, respectivamente, recomendou todo cuidado com a “sã doutrina”. Veja algumas exortações do Apóstolo dos Gentios; a Tito ele recomenda: seja “firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem” (Tt 1, 9). “O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina” (Tt 2,1).

A Timóteo ele recomenda: “Torno a lembrar-te a recomendação que te dei, quando parti para a Macedônia: devias permanecer em Éfeso para impedir que certas pessoas andassem a ensinar doutrinas extravagantes, e a preocupar-se com fábulas e genealogias” (Tm 1, 3-4). E “Recomenda esta doutrina aos irmãos, e serás bom ministro de Jesus Cristo, alimentado com as palavras da fé e da sã doutrina que até agora seguiste com exatidão” (1Tm 4,6). São Paulo ensina que Deus “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2, 4).

Sem a verdade não há salvação. E essa verdade foi confiada à Igreja: “Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15). Jesus garantiu aos Apóstolos na Última Ceia que o Espírito Santo “ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13) e “relembrar-vos-á tudo o que lhe ensinei” (Jo 14, 25). Portanto, se o povo não conhecer esta “verdade que salva”, ensinada pela Igreja, não poderá vivê-la. Mas importa que essa mesma verdade não seja falsificada, que seja ensinada como recomenda o Magistério da Igreja, que recebeu de Cristo a infalibilidade para ensinar as verdades da fé (cf. Catecismo da Igreja Católica § 981).

Já no primeiro século do Cristianismo os Apóstolos tiveram que combater as heresias, de modo especial o gnosticismo dualista; e isso foi feito com muita formação. São Paulo lembra a Timóteo que: “O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores [...]” (1Tm 4,1-2).

A Igreja, em todos os tempos, se preocupou com a formação do povo. Os grandes bispos e padres da Igreja como S. Agostinho, S. Ambrósio, S. Atanásio, S. Irineu, e tantos outros gigantes dos primeiros séculos, eram os catequistas do povo de Deus. Suas cartas, sermões e homilias deixam claro o quanto trabalharam na formação dos fiéis.

Hoje, o melhor roteiro que Deus nos oferece para uma boa formação é o Catecismo da Igreja Católica, aprovado em 1992 pelo saudoso Papa João Paulo II. Em sua apresentação, na Constituição Apostólica “Fidei Depositum”, ele declarou:

“ O Catecismo da Igreja Católica [...] é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. Vejo-o como um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé”. E pede: “Peço, portanto, aos Pastores da Igreja e aos fiéis que acolham este Catecismo em espírito de comunhão e que o usem assiduamente ao cumprirem a sua missão de anunciar a fé e de apelar para a vida evangélica. Este Catecismo lhes é dado a fim de que sirva como texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino da doutrina católica […]. O "Catecismo da Igreja Católica", por fim, é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão da nossa esperança (cf. lPd 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê”.

Essas palavras do Papa João Paulo II mostram a importância do Catecismo para a formação do povo católico. Sem isso, esse povo continuará sendo vítima das seitas, enganado por falsos pastores e por falsas doutrinas.

Mais do que nunca a Igreja confia hoje nos leigos, abre-lhes cada vez mais a porta para evangelizar; então, precisamos fazer isso com seriedade e responsabilidade. Ninguém pode ensinar aquilo que quer, o que “acha certo”; não, somos obrigados a ensinar o que ensina a Igreja, pois só ela recebeu de Deus o carisma da infalibilidade. Ninguém é catequista e missionário por própria conta, mas é um enviado da Igreja. Sem a fidelidade a ela, tudo pode ser perdido. Portanto, é preciso estar preparado, estudar, conhecer a Igreja, a doutrina, a sua História, o Catecismo, os documentos importantes, a liturgia, entre outros. Quanto mais conhecemos a Igreja e todo o tesouro que ela traz em seu coração, tanto mais a amamos.

Foto Felipe Aquino

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Igreja é una, santa, católica e apostólica


Por que a Igreja é una?
A Igreja é una porque tem como origem e modelo a unidade na Trindade das Pessoas de um só Deus: como fundador e chefe, Jesus Cristo, que restabelece a unidade de todos os povos num só corpo; como alma, o Espírito Santo, que une todos os fiéis na comunhão em Cristo. Ela tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade.

Onde subsiste a única Igreja de Cristo?
A única Igreja de Cristo, como sociedade constituída e organizada no mundo subsiste (subsistit in) na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele. Somente por meio dela se pode obter a plenitude dos meios de salvação, pois o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança ao único colégio apostólico, cujo chefe é Pedro.

Como considerar os cristãos não-católicos?
Nas Igrejas e comunidades eclesiais que se separaram da plena comunhão da Igreja católica encontram-se muitos elementos de santificação e de verdade. Todos esses bens provêm de Cristo e impelem à unidade católica. Os membros dessas Igrejas e comunidades são incorporados a Cristo no Batismo: por isso, nós os reconhecemos como irmãos.

Como se empenhar a favor da unidade dos cristãos?
O desejo de restabelecer a união de todos os cristãos é um dom de Cristo e um apelo do Espírito. Diz respeito a toda a Igreja e se realiza com a conversão do coração, a oração, o recíproco conhecimento fraterno e o diálogo teológico.

Em que sentido a Igreja é santa?
A Igreja é santa, porquanto Deus Santíssimo é o seu autor; Cristo entregou-se por ela, para santificá-la e torná-la santificante; o Espírito Santo a vivifica com a caridade. Nela se encontra a plenitude dos meios de salvação. A santidade é a vocação de cada um de seus membros e o fim de toda a sua atividade. A Igreja conta em seu seio com a Virgem Maria e inumeráveis Santos como modelos e intercessores. A santidade da Igreja é a fonte da santificação dos seus filhos, os quais, aqui na terra, se reconhecem todos pecadores, sempre necessitados de conversão e de purificação.

Por que a Igreja é chamada de católica?
A Igreja é católica, ou seja, universal, porque nela está presente Cristo: "Onde está Cristo Jesus, está a Igreja católica" (Santo Inácio de Antioquia). Ela anuncia a totalidade e a integridade da fé; contém e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada em missão a todos os povos, em qualquer tempo e a qualquer que seja a cultura a que pertençam.

É católica a Igreja particular?
É católica toda Igreja particular (ou seja, a diocese e a eparquia) formada pela comunidade dos cristãos que estão em comunhão na fé nos sacramentos com o seu bispo, ordenado na sucessão apostólica, e com a Igreja de Roma, que "preside na caridade" (Santo Inácio de Antioquia).

Quem pertence à Igreja católica?
Todos os homens pertencem ou são ordenados de modos diversos à unidade católica do povo de Deus. Está plenamente incorporado à Igreja católica quem, tendo o Espírito de Cristo, está unido a ela por vínculos da profissão de fé, dos sacramentos, do governo eclesiástico e da comunhão. Os batizados que não realizam plenamente essa unidade católica estão numa certa comunhão, embora imperfeita, com a Igreja católica.

Qual é a relação da Igreja católica com o povo hebreu?
A Igreja católica reconhece a própria relação com o povo hebreu pelo fato de que Deus escolheu esse povo como o primeiro de todos a acolher a sua Palavra. É ao povo hebreu que pertencem "a adoção, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas e também os
patriarcas. Deles é que descende, quanto à carne, o Cristo" (Rm 9,4.5). Diferentemente das outras religiões não-cristãs, a fé hebraica já é resposta à Revelação de Deus na Antiga Aliança.

Que ligação há entre a Igreja católica e as religiões não-cristãs?
Há uma ligação, que provém em primeiro lugar da origem e do fim comuns de todo o gênero humano. A Igreja católica reconhece que tudo o que de bom e de verdade se encontra nas outras religiões vem de Deus, é raio da sua verdade, pode preparar para o acolhimento do Evangelho estimular à unidade da humanidade na Igreja de Cristo.

O que significa a afirmação: "Fora da Igreja não há salvação"?

Significa que toda salvação vem de Cristo Cabeça por meio da Igreja que é seu corpo. Portanto, não podem ser salvos os que, conhecendo a Igreja como fundada por Cristo e necessária à salvação, nela não entrarem e nela não perseverarem. Ao mesmo tempo, graças a Cristo e
à sua Igreja podem conseguir a salvação eterna todos os que, sem culpa, ignoram c Evangelho de Cristo e a sua Igreja, mas procuram sinceramente a Deus, e, sob a influência da graça, se esforçam por cumprir a vontade dele conhecida por meio do ditame da consciência.

Por que a Igreja deve anunciar o Evangelho a todo o mundo?

Porque Cristo ordenou: "Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19) Essa ordem missionária do Senhor tem a sua fonte no amor eterno de Deus que enviou o seu Filho e o seu Espírito porque "quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2,4).

De que modo a Igreja é missionária?

Guiada pelo Espírito Santo, a Igreja continua no decurso da história a missão do próprio Cristo. Os cristãos, portanto, devem anunciar a todos a Boa Nova trazida por Cristo, seguindo o seu caminho, dispostos também ao sacrifício de si até o martírio.

Por que a Igreja é apostólica?

A Igreja é apostólica por sua origem, estando edificada sobre o "alicerce dos Apóstolos" (Ef 2,20); por seu ensinamento, que é o mesmo dos Apóstolos; por sua estrutura, porquanto ensinada, santificada e dirigida, até a volta de Cristo, pelos Apóstolos, graças a seus sucessores, os bispos em comunhão com o sucessor de Pedro.

Em que consiste a missão dos Apóstolos?

A palavra Apóstolo significa enviado. Jesus, o Enviado do Pai, convocou doze dentre os seus discípulos e os constituiu como seus Apóstolos, fazendo deles as testemunhas escolhidas da sua ressurreição e o fundamento da sua Igreja. Deu-lhes o mandato de continuarem sua missão; dizendo: "Como o Pai me enviou, também eu vos envio" (Jo 20,21) e prometeu ficar com eles até o fim do mundo.

O que é a sucessão apostólica?

A sucessão apostólica é a transmissão, mediante o sacramento da Ordem, da missão e do poder dos Apóstolos a seus sucessores, os Bispos. Graças a essa transmissão, a Igreja permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem, enquanto ao longo dos séculos ordena, para a difusão do Reino de Cristo sobre a terra, todo o seu apostolado.