quinta-feira, 25 de novembro de 2010

AMOR VERDADEIRO


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Jesus Cristo é o caminho, a minha luz e salvação.

Senhor, eu te agradeço. O teu olhar me alcançou. Mesmo com minha pequinês, sempre manifesto o teu amor. Muitas vezes me sinto fraca no meu momento de aflição, mas o gesto mais bonito é quando me estende a tua mão.

Nesse dia de hoje, o senhor veio me exortar. Aquele que não junta está ajudando a espalhar. Disse-me pra que eu tenha mais amor, que não machuque as pessoas com minha falta de humor. Sem poder escondê-lo, Deus sentiu minha inquietação, percebeu minha ansiedade e acalmou meu coração.

Ele me revelou uma verdade, mesmo sabendo que eu ia chorar. Mas depois de tanto choro, conseguiu me consolar. Tomamos muitas vezes, decisões precipitadas, sem saber que é Deus que dá sempre a última palavra. Uma coisa eu aprendi com essa lição: que diante de qualquer dificuldade, eu sempre tenho que pedir sua proteção. Por isso Camila, ponha tua vida nas mãos do teu senhor, pois foi para isso que Ele te resgatou, como prova do seu grande amor.

Hoje, meu senhor, eu te peço teu perdão. Por ter magoado o meu amigo, aquele que me estendeu a mão. Fui tão bem recebida na sua querida casa, me deixou tudo pra eu poder ser formada.

Será senhor que ele vai me perdoar, ou ele pensa que sou louca e vai querer se afastar. Se bem Senhor, que eu não tiro sua razão, às vezes eu me comporto como uma pessoa que não tem vida de oração. Mas a partir de agora, eu vou fazer de tudo para lhe agradar, antes de qualquer decisão, vou me impor a rezar.

Olha, foi ele que me incentivou. Disse que eu sou a grande poeta do meu Senhor. Mas na verdade, eu não acho não. Só tento dizer o que sai do meu coração. Se o senhor gostar, vai me fazer muito feliz, me faz relembrar a primeira poesia que te fiz.

Todos os dias, senhor, eu peço a tua cura, das minhas fragilidades, e da minha mania de me achar tão insegura. De uma coisa estou ciente de que é verdade. Todo sentimento que é de Deus, te traz paz e tranqüilidade.

Por isso terminando, vou deixando minha declaração: Jesus Cristo é o caminho, a minha luz e salvação.

Édyla Camila

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Quem é essa temível como um Exército em Ordem de Batalha?

Por Marcos Paulo Teixeira

“Há sessenta rainhas‚ oitenta concubinas‚ e inumeráveis jovens mulheres; uma porém‚ é a minha pomba‚ uma só a minha perfeita; ela é a única de sua mãe‚ a predileta daquela que a deu à luz. Ao vê-la‚ as donzelas proclmam-na bem aventurada‚ rainhas e concubinas a louvam. Quem é essa que surge como a aurora‚ bela como a lua‚ brilhante como o sol‚ temível como um exército em ordem de batalha?” (Cant 6‚ 8-10)

Quem será esta mulher escolhida entre as prediletas? Quem será essa mulher que é a perfeita e proclamada bem aventurada entre as concubinas e rainhas? Quem é essa mulher que é mais bela que o luzeiro da noite e que brilha comparada ao sol?

Quem é essa mulher que‚ além de bela como a lua‚ é temível como um exército preparado para um ataque?

Logo após o pecado dos primeiros pais‚ Deus se dirigiu à serpente e disse: “Porei ódio entre ti e a mulher‚ entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça‚ e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3‚ 15).

Inicialmente‚ o ódia está entre a serpente e a mulher. Se com EVA a serpente saiu vitoriosa‚ por outra mulher‚ AVE (cf Lc 1‚28)‚ a serpente sairá ferida. O ódio também será derramado sobre a descendência dessa mulher‚ mas a mulher e sua descendência conseguirá ferir a cabeça da serpente‚ em troca apenas de uma ferida no calcanhar. Cristo é o principal personagem dessa descendência‚ logo essa mulher só pode ser Maria. A descendência dessa mulher são aqueles que nasceram pelo sangue do cordeiro‚ ou seja‚ o Batismo. Logo‚ a descendència dessa mulher é a Igreja Católica. A serpente ganha dois principais oponentes‚ a Igreja e sua mãe‚ Maria. É uma batalha que começou no gêneses e vai até o apocalipse.

Vejamos:

“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida de sol‚ a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.” (Ap 12‚ 1)

Neste momento aparece a mulher para enfrentar o dragão. Dessa vez não está apenas a brilhar como o sol‚ mas revestida dele. A lua agora não é comparada a sua beleza‚ mas agora está debaixo dos seus pés e trazendo na sua cabeça uma coroa de doze estrelas. Essa coroa com doze estrelas são os doze apóstolos. Numa única figura‚ São João mostra que quem está chegando é a MULHER e sua descendência: Maria e a Igreja Católica. Ela não é inseparável de sua descendência. É uma mãe que anda sempre ao lado de seus filhos.

“Estava grávida e gritava de dores‚ sentido as angústias de dar à luz. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho‚ com sete cabeças e dez chifres‚ e nas cabeças sete coroas. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu‚ e as atirou à terra. Esse dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz‚ a fim de que‚ quando ela desse à luz‚ lhe devorasse o filho.” (Ap 12‚ 3-4).

O dragão estava a enfrentar uma mulher grávida prestes a dar a luz. Diante da fúria do dragão que conseguia varrer uma parte das estrelas do ceu‚ se deteve diante da mulher. O dragão não prosseguia com a sua destruição diante da mulher que estava para dar a luz a um filho. O dragão esperava devorar-lhe. Maria é a Mulher que estava com Jesus em seu ventre e a Igreja gritava de dores de parto pelo nascimento de novos cristãos. Entende-se aqui o interesse do dragão de devorar os filhos da Igreja. Entende-se aqui a busca desenfreada do dragão de devorar os padres‚ os bispos e o Papa. O dragão que varrias as estrelas do céu‚ descidiu esperar para devorar a descendência da mulher‚ a Igreja.

“Ela deu à luz um Filho‚ um menino‚ aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. A Mulher fugiu então para o deserto‚ onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias. (Ap 12‚ 5-6)

O menino foi levado para Deus. Depois da Ressurreição‚ Jesus subiu ao Pai. A Mulher figiu para o deserto preparado por Deus. Esse deserto é a história da Igreja‚ que vive separada do mundo‚ mas manifestando o seu testemunho nesse mesmo mundo.

“Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travavam combate‚ mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi então precipitado o grande Dragão‚ a primitiva Serpente‚ chamado Demônio e Satanás‚ o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra‚ e com ele os seus anjos. (Ap 12‚ 7-9). Agora o inimigo da Mulher foi despejado para a Terra. E é nela que continuará a grande batalha.

Veja essa advertência: “Por isso alegrai-vos‚ ó céus‚ e todos que aí habitais. Mas‚ ó terra e mar‚ cuidado! Porque o Demônio desceu para vós‚ cheio de grande ira‚ sabendo que pouco tempo lhe resta.”(Ap 12‚ 12). A serpente vem com grande ira‚ mas encontrará aqui a Mulher‚ pronta para a guerra.

“O Dragão‚ vendo que fora precipitado na terra‚ perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. Mas à Mulher foram dadas duas asas de grande águia‚ a fim de voar para o deserto‚ para o lugar de seu retiro‚ onde é alimentada por um tempo‚ onde é alimentada por um tempo‚ dois tempos e a metade de um tempo‚ fora do alcance da cabeça da Serpente.” (Ap 12‚ 13-14). Vejam que onde está a Mulher‚ a cabeça da serpente não consegue chegar. Aqueles que estão perto da Mulher estão fora do alcance do demônio. Aqueles que se aproximam de Maria‚ a serpente não o alcança. Aqueles que estão longe de Maria torna-se uma presa fácil para a serpente.

Sabendo que não tinha como chegar a Mulher a serpente procurou outros métodos: “A Serpente vomitou contra a Mulher um rio de água‚ para fazê-la submergir. A terra‚ porém‚ acudiu a Mulher‚ abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara. Este‚ então‚ se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência‚ aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. E ele se estabeleceu na praia. (Ap 12‚ 15-18)

Como a serpente não tinha condições de destruir a mulher‚ vomitou um rio de água para fazê-la submergir. Entende-se todas as calúnias contra Nossa Senhora‚ todos os livros‚ todas as doutrinas possíveis e imaginárias criadas para fazer‚ de alguma forma‚ a Mulher submergir. A serperte vendo que a Mulher não era afetada pelas suas tentativas resolveu fazer guerra ao resto de sua descendência‚ a Igreja Católica. Entende-se aqui ódio que a Igreja Católica causa nos mais variados setores da sociedade. Veja que essa visão de São João‚ termina dizendo que a serpente se estabeleceu na praia‚ esperando que alguém saia de perto da Mulher‚ para poder devorá-lo.

Agora se torna compreensível o porquê de Jesus se referir a Maria como “MULHER” em algumas situações‚ era para mostrar que a Mulher que vence a serpente é a sua mãe.

Aqueles que a Mulher revestida de sol estiver guardando‚ jamais a serpente conseguirá se aproximar.

Quem é essa que surge como a aurora‚ bela como a lua‚ brilhante como o sol‚ temível como um exército em ordem de batalha?” (Cant 6‚ 8-10)

É MARIA, A RAINHA DOS CÉUS!

Fica sempre conosco‚ Maria!

http://marcospauloteixeira.wordpress.com/

NÃO EXISTE CRISTÃO SEM A IGREJA

Por Marcos Paulo Teixeira

Cristo é o centro da história da Salvação. É ele que salva o homem‚ mas Jesus sempre usou uma pedagogia‚ nem sempre a primeira vista compreensível‚ para se relacionar com o homem e o ensinar. Como explicar a discrepância entre entre os 30 anos que Jesus levou do lado de Maria e José e os‚ apenas‚ 3 anos que para iniciar a sua vida pública e implementar sua obra salvífica?

Veja que‚ de fato‚ os nosso pensamentos não como os pensamentos dEle. Sobre a questão de ser cristão‚ seria muito mais fácil pensar que a minha conversão pessoal e a vida de Oração seriam suficientes para que eu recebesse o título de “cristão”. Mas‚ as coisas não funcionam nessa simplicidade toda!

Tomemos a história da conversão de Paulo. Como todos sabem‚ Paulo sempre foi um ferrenho perseguidor dos seguidores de Cristo. Foi Paulo que havia aprovado a morte de Estêvão (cf At‚ 8‚1). Foi Paulo que pediu cartas para as sinagogas com a finalidade de prender qualquer pessoa que seguisse a nova doutrina (cf At 9‚ 2)‚ ou seja‚ Paulo realmente respirava ódio aos Cristãos: “Enquanto isso‚ Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor.”(At 9‚1).

No momento em que Paulo se dirigia à Damasco para continuar as perseguições‚ eis que teve um encontro pessoal com Cristo: Durante a viagem‚ estando já perto de Damasco‚ subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra‚ ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo‚ Saulo‚ por que me persegues?” Saulo disse: “Quem és‚ Senhor?” Respondeu ele: “Eu sou Jesus‚ a quem tu persegues...” (At 9‚ 3-5).

Dois fatos são importantes nesse texto. O primeiro é a experiência sobrenatural e escandalosa que Paulo teve com Cristo. Sobrenatural porque a experiência da luz o iluminou e o fez enxergar o que estava fazendo de errado‚ e a voz porque agora não era mais os seus pensamentos que o guiavam‚ mas sim‚ a vontade daquele que falava com ele: “Então‚ trêmulo e atônito‚ disse ele: “Senhor‚ que queres que eu faça?””(At 9‚ 6). Essa experiência também é escandalosa porque‚ na cabeça de Paulo‚ a pergunta era evidente: Como é que uma pessoa que morreu numa cruz aparece a mim e me toca? Isso é tão verdade que na carta aos coríntios aparece claro essa idéia de uma experiência escandalosa: “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem‚ mas‚ para os que foram salvos‚ para nós‚ é uma força divina” (I Cor 1‚ 18). “Os judeus pedem milagres‚ os gregos reclamam a sabedoria; mas nós pregamos Cristo crucificado‚ escâdalo para os judeus e loucura para os pagãos.” (I Cor 1‚ 22-23).

Aqueles que usam teorias materialistas (teologia da Libertação) para explicar a fé‚ se perdem com a experiência mística de São Paulo com Cristo. Esta é necessária e eficaz! Veja que interessante‚ Paulo teve uma experiência com Cristo Ressucitado‚ mas nas suas cartas é a cruz que predomina. É a experiência da cruz que ele se gloria. Por isso que a Igreja Católica canta que é a cruz que nos salvará.

O segundo fato é que São Paulo não perseguia Jesus‚ mas sim seus seguidores. Porém a voz dizia: “Saulo‚ Saulo‚ por que me persegues?”. Paulo teve um choque muito grande‚ pois esse Jesus se fazia presente no meio dos cristão como se fosse um com eles. Essa experiência foi tão forte que Paulo escreveu inúmeras vezes que a Igreja era sim o corpo de Cristo‚ da qual Ele (Jesus) é a cabeça. Veja: “Ele é a cabeça do corpo‚ da Igreja” (Cl 1‚ 18). “ Porque‚ como o corpo é um todo tendo muitos membros‚ e todos os membros do corpo‚ embora muitos‚ formam um só corpo‚ assim também é Cristo.” (1 Cor 12‚12).

A experiência que Paulo teve com Cristo‚ foi perseguindo os cristãos‚ ou melhor‚ a experiência de Paulo com cristo foi perseguindo a Igreja que Ele criou (cf Mt‚ 16-18). Não há como ser cristão sozinho‚ não há como ser cristão na minha casa apenas com a minha Bíblia ou na minha igrejinha particular que eu criei. Eu não posso ser cristão se não estiver no corpo de Cristo. Não há experiência verdadeira com Cristo sem Igreja‚ sem o seu povo escolhido.

No Brasil‚ apesar dos protestantes enaltecer tanto a Lutero‚ é o pensamento de João Calvino que predomina. Calvino pregava que o homem não precisava do clero‚ dos santos e da doutrina para se chegar a Cristo‚ pelo contráio‚ pregava que tudo isso era um barreira entre Deus e os cristãos. Somando-se a isso o relativismo religioso contemporâneo, a ideia de que a Igreja não é necessária para a salvação‚ vai dividindo mais e mais o cristianismo. Esse pensamento justifica o que acontece contidianamente nas igrejas protestantes: pastores que fundam outras denominações por incompatibilidade de pensamentos com ou outros pastores.

Continuam alegando o cristianismo individualista‚ ou seja‚ o que interessa é ser cristão e não pertencer a nenhuma igreja‚ pois todas as igreja são frutos das mãos humanas.

Então como entender Jesus criando‚ fundando e edificando a sua própria Igreja? “E eu te declaro: tu és Pedro‚ e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16‚18).

Então como entender o pensamento de Paulo? “Há um só Senhor‚ uma só fé‚ um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos‚ que atua acima de todos‚ por todos e em todos.” (Ef 4‚ 5 -6). Como eu posso aceitar a tese protestante de que a Igreja não importa se só pode existir uma só fé. Como eu posso aceitar essas milhares de igrejas que falam e pregam em nome de Cristo se vivem completamente diferente do que vivia e pensava a Igreja primitiva? Como eu posso dizer que a Igreja não importa se Paulo‚ continuamente em suas cartas‚ pede para que se conserve a doutrina recebida seja por palavra ou seja por carta?

Alguém neste mundo tem autoridade para dividir o cristianismo? Alguém tem o direito de criar uma igreja e dar o nome que quiser em nome de Deus? Claro que não!

Veja um exemplo de fidelidade à Igreja por parte do Apóstolo Tiago. Para compreender melhor leia Atos 15‚ 1 – 21.

Havia uma controvérsia entre os cristão do primeiro século. Os cristão da Judéia‚ que já eram circuncidados‚ começaram a ensinar que só poderia chegar a salvação se seguisse o rito de Moisés‚ aderindo a circuncisão. Paulo e Barnabé entraram na discussão dizendo o contrário‚ ou seja‚ que não era preciso mais a circuncisão. Tamanha foi a discussão que resolveram levar a questão para que os Apóstolos e os anciãos em Jerusalém resolvessem o caso. Depois de muita discussão Pedro tomou a palavra e todos silenciaram e disse que não era mais necessário tal jugo. Depois da fala de Pedro‚ Tiago‚ que até então defendia os cristão judeus‚ disse: “Por isso‚ julgo que não se devem inquietar os que dentre os gentios se convertam a Deus.” (At 15‚ 19).

Veja que exemplo de fidelidade ao corpo de Cristo. Vejam que exemplo de humildade e amor a Igreja.

Porém‚ Tiago propôs outras normas disciplinares e não doutrinárias: “Mas que se lhes escreva somente que se abstenham das carnes oferecidas aos ídolos‚ da impureza‚ das carnes sufocadas e do sangue.”(At 15‚ 19). Naquela época isso foi aceito unanemente. Então por que atualmenta nós católicos não seguimos tais regras? Ora‚ a mesma Igreja que aprovou essas regras disciplinares e não doutrinarias‚ é a mesma Igreja que depois as revogou. Como uma mãe que penaliza os seus filhos e depois revoga o castigo. Mas permanecemos unidos à Pedro.

Agora pergunto: Por que os protestantes não seguem as normas de At 15‚19‚ se eles dizem que seguem a Bíblia ao pé da letra?

Voltando ao assunto. S. Tiago era Apóstolo‚ primo de Jesus Cristo e bispo da Igreja de Jerusalém. Se São Tiago fosse Calvinista ele não teria aceitado a posição de Pedro‚ pois era ali uma ocasião de ruptura e motivo para se criar outra igreja. Mas graças à Deus‚ a Igreja primitiva era Católica‚ e fazia questão de estar em unidada à Pedro.

Por isso que na doutrina Católica‚ a Igreja não apenas um sujeito de fé‚ mas sim um objeto de fé. No credo nós rezamos: “Creio na Igreja Una‚ Santa‚ Católica e apostólica.”

UNA porque é essência do Cristianismo a unicidade: “Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Sede um só corpo corpo e um só espírito‚ assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor‚ uma só fé‚ um só batismo.”(Ef, 4‚ 3-5).

SANTA porque seu fundador é Santo e seu Espírito santifica a Igreja: “Maridos‚ amai as vossas mulheres‚ como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela‚ para santificá-la‚ purificando-a pela água do batismo com a palavra‚ para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa‚ sem mácula‚ sem ruga‚ sem qualquer outro defeito semelhante‚ mas santa e irrepreensível.” (Ef‚ 5‚25-27)

CATÓLICA porque é universal‚ porque não existe mais nação e nem língua que nos separe. Porque a verdade não é relativa‚ mas sim depositava sobre os fundamentos apostólicos. Porque a verdade é universal.

APOSTÓLICA porque o próprio Cristo chamou pessoalmente os doze e confiou aos apóstolos a missão de pregar a salvação por todo o mundo. A Igreja é apostólica pois nela se conserva‚ pela sucessão apostólica‚ a tradição‚ as sagradas escrituras e o sagrado Magisterio.

Não existe cristão sem a Igreja! Foi Cristo que quis assim!

http://marcospauloteixeira.wordpress.com

MENSAGEM AO POVO DE DEUS SOBRE AS CEBs

Por Marcos Paulo Teixeira

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No site da CNBB‚ encontra-se um um texto de Dom Dimas L. Barbosa‚ Secretário Geral da CNBB‚ entitulado “Mensagem ao povo de Deus sobre as comunidades eclesiais de base”. Disponível em http://www.cnbb.org.br/site/publicacoes/edicoes-cnbb/4076-doc-92-mensagem-ao-povo-de-deus-sobre-as-comunidades-eclesiais-de-base.

Pois bem‚ ao falar das primeiras comunidade cristãs e citar referências bíblicas‚ o senhor Bispo fala da experiência das comunidade paulinas de reunir-se nas casas e da partilha da vida. Até ai tudo bem!

O problema é que depois D. Dimas escreve: “As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) representam, hoje, a continuidade deste mesmo fenômeno, no seio da Igreja. Elas representam uma maneira de ser Igreja, de ser comunidade, de fraternidade, inspirada na mais legítima e antiga tradição eclesial. Teologicamente são, hoje, uma experiência eclesial amadurecida, uma ação do Espírito no horizonte das urgências de nosso tempo.

Bom‚ todos sabemos que as CEBs representam o mais puro reduto da Teologia da Libertação‚ que pela tradição Católica Romana‚ é um erro a ser combatido.

Mas em que a Teologia da Libertação‚ defendida e vivida pelas CEBs‚ contraria a tradição cristã católica?

Citarei algumas:

1 – A separação entre o Cristo histórico e o Cristo da fé. O cristo histórico é classificado como um agitador político em favor das classes menos desfavorecida‚ ou seja‚ um comunista‚ mais comprometido com Marx do que com a vontade de Deus Pai.

2 – Análise simbólica dos milagres de Jesus. Por exemplo a multiplicação dos pães‚ como um sinal de partilha dos bens e não como algo sobrenatural. Isso é estendido para a Eucaristia‚ a ressureição etc.

3 – Contestação das autoridades eclesiásticas em várias questões‚ inclusive dogmática. O relativismo da TL contesta os dogmas da Igreja‚ inclusive o da infalibilidade papal. A única coisa que não é contesta são as autoridades comunistas.

4 – Conciliação entre Marxismo e Cristianismo‚ visto ser impossível essa mistura‚ pois o socialismo prega uma sociedade sem hierarquia‚ sem valores morais‚ sem o direito à propriedade privada e sem Deus.

5 – O fim da dimensão vertical com Deus‚ ou seja‚ a vida espiritual é colocada de lado em detrimento de uma vida social.

6 – Falso ecumenismo onde todas as religiões são consideradas importantes para a salvação das almas‚ em especial‚ a religião afro.

7 – Apoio as violentas invasões de terra realizadas pelo MST.

8 – Criação de ensino religioso relativista e indiferente a fé tradicional da Igreja.

9 – Apoio a algumas entidades abortistas. O exemplo foi a CF 2008‚ onde tal entidade foi convidada para a confecção do material da campanha.

Esse escurecimento espiritual facilitou a evasão de milhares de católicos para seitas pentecostais.

Para quem quiser aprofundar-se no assunto‚ procure na net os seguintes tópicos:

  • Audiência Geral do Papa João Paulo II (21.02.1979).
  • Discurso do Cardeal Joseph Ratzinger (18.03.1984), intitulado "Eu vos explico a Teologia da Libertação"
  • Instrução Libertatis Nuntius, sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação (06.08.1984)
  • Discurso do Papa João Paulo II a um grupo de prelados da Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil (13.03.1986).
  • Instrução Libertatis Conscientia, sobre a liberdade cristã e a libertação (22.03.1986)
  • Instrução Donum Veritatis, sobre a vocação eclesial do teólogo (24.05.1990).
  • Discurso do Papa João Paulo II aos bispos do Brasil por ocasião do Encontro no Centro de Convenções de Natal (13.10.1991).
  • Nota Doutrinal sobre alguns aspectos da Evangelização (03.12.2007).

O comunismo nunca foi amigo da Igreja e todos os Papas que vieram depois do comunismo‚ o condenaram.

PAPA PIO IX:

“E, apoiando-se nos funestíssimos erros do comunismo e do socialismo, asseguram que a “sociedade doméstica tem sua razão de ser somente no direito civil” (Quanta Cura, 5).

PAPA LEÃO XIII:

“Não ajudar o socialismo – 34. Tomai ademais sumo cuidado para que os filhos da Igreja Católica não dêem seu nome nem façam favor nenhum a essa detestável seita” (Quod Apostolici Muneris, no. 34).

“Porque enquanto os socialistas, apresentando o direito de propriedade como invenção humana contrária a igualdade natural entre os homens; enquanto, proclamando a comunidade de bens, declaram que não pode tratar-se com paciência a pobreza e que impunemente se pode violar a propriedade e os direitos dos ricos, a Igreja reconhece muito mais sabia e utilmente que a desigualdade existe entre os homens, naturalmente dissemelhantes pelas forças do corpo e do espírito, e que essa desigualdade existe até na posse dos bens. 29. Ordena, ademais, que o direito de propriedade e de domínio, procedente da própria natureza, se mantenha intacto e inviolado nas mãos de quem o possui, porque sabe que o roubo e a rapina foram condenados pela lei natural de Deus” (Quod Apostolici Muneris, – Encíclica contra as seitas socialistas, no. 28/29).

“Entretanto, embora os socialistas, abusando do próprio Evangelho para enganar mais facilmente os incautos, costumem torcer seu ditame, contudo, há tão grande diferença entre seus perversos dogmas e a puríssima doutrina de Cristo, que não poderia ser maior” (Quod Apostolici Muneris, 14).

“25. Daquela heresia (protestantismo) nasceu no século passado o filosofismo, o chamado direito novo, a soberania popular, e recentemente uma licença, incipiente e ignara, que muitos qualificam apenas de liberdade; tudo isso trouxe essas pragas que não longe exercem seus estragos, que se chamam comunismo, socialismo e nihilismo, tremendos monstros da sociedade civil” (Diuturnum, Encíclica sobre a origem do poder- n° 25).

PAPA PIO X:

“Se [Cristo] chamou junto de si, para os consolar, os aflitos e os sofredores, não foi para lhes pregar o anseio de uma igualdade quimérica” (Notre Charge Apostolique n. 38).

PAPA PIO XI:

Não é verdade que na sociedade civil todos temos direitos iguais, e que não exista hierarquia legítima (Divini Redemptoris n° 33).

“A fim de pôr termo às controvérsias que acerca do domínio e deveres a ele inerentes começam a agitar-se, note-se em primeiro lugar o fundamento assente por Leão XIII, de que o direito de propriedade é distinto do seu uso (Encíclica Rerum Novarum, n°35). Com efeito, a chamada justiça comutativa obriga a conservar inviolável a divisão dos bens e a não invadir o direito alheio, excedendo os limites do próprio domínio; mas que os proprietários não usem do que é seu, senão honestamente, é da alçada não da justiça, mas de outras virtudes, cujo cumprimento não pode urgir-se por vias jurídicas (cfr. Rerum Novarum, n° 36)” – Encíclica Quadragesimo Anno.

“E se o socialismo estiver tão moderado no tocante a luta de classes e a propriedade particular, que já não mereça nisto a mínima censura? Terá renunciado por isso a sua natureza essencialmente anticristã? (…)Para lhes respondermos, como pede a Nossa paterna solicitude, declaramos: o socialismo, quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como “ação”, se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois concebe a sociedade de modo completamente avesso a verdade cristã. (…) ” (Quadragesimo Anno, nos. 117 e 120)

“Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios: ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e socialista verdadeiro” (Quadragesimo Anno, no. 119)

PIO XII:

“Pois bem, os irmãos não nascem nem permanecem todos iguais: uns são fortes, outros débeis; uns inteligentes, outros incapazes; talvez algum seja anormal, e também pode acontecer que se torne indigno. É pois inevitável uma certa desigualdade material, intelectual, moral, numa mesma família (…) Pretender a igualdade absoluta de todos seria o mesmo que pretender idênticas funções a membros diversos do mesmo organismo” (Discurso de 4/4/1953 a católicos de paróquias de S. Marciano)

JOÃO XXIII:

“Da natureza humana origina-se ainda o direito à propriedade privada, mesmo sobre os bens de produção” (Pacem in Terris, n°. 21).

PAULO VI:

Em 1965 durante o Concílio Vaticano II, Paulo VI recebeu o Conselho Episcopal Latino-Americano e na sua alocução ele atenta para o “Ateísmo marxista”. Ele o apresenta como uma força perigosa, largamente difundido e extremamente nociva, que se infiltra na vida econômica e social da América Latina e pregando a “Revolução violenta como único meio de resolver os problemas” (Extraído do livro “Le Rhin se jette dans le tibre”, pág 273. Ralph Wiltgen. Ed Editions du Cédre 1974, 5a tiragem)

JOÃO PAULO II:

“Nesta luta contra um tal sistema (o capitalismo selvagem) não se veja, como modelo alternativo, o sistema socialista, que, de fato, não passa de um capitalismo de estado, mas uma sociedade do trabalho livre, da empresa e da participação” (no. 35) “A Igreja reconhece a justa função do lucro, como indicador do bom funcionamento da empresa” (no. 35) “Aquele Pontífice (Leão XIII), com efeito, previa as conseqüências negativas, sob todos os aspectos – político, social e econômico – de uma organização da sociedade, tal como a propunha o “socialismo”, e que então estava ainda no estado de filosofia social e de movimento mais ou menos estruturado. Alguém poderia admirar-se do fato de que o Papa começasse pelo “socialismo” a crítica das soluções que se davam à “questão operária”, quando ele ainda não se apresentava – como depois aconteceu – sob a forma de um Estado forte e poderoso, com todos os recursos à disposição. Todavia Leão XIII mediu bem o perigo que representava, para as massas, a apresentação atraente de uma solução tão simples quão radical da “questão operária”. (n°. 12).

” Aprofundando agora a reflexão delineada (…) é preciso acrescentar que o erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem e do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção da pessoa deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada”. (no. 13).

“Na Rerum Novarum, Leão XIII com diversos argumentos, insistia fortemente, contra o socialismo de seu tempo, no caráter natural do direito de propriedade privada. Este direito, fundamental para a autonomia e desenvolvimento da pessoa, foi sempre defendido pela Igreja ate nossos dias” (Enc. Centesimus Annus, tópico 30 da ed. Paulinas)

BENTO XVI

Conceitos Fundamentais da Teologia da Libertação
Com isto, chegamos aos conceitos fundamentais do conteúdo da nova interpretação do Cristianismo. Uma vez que os contextos nos quais aparecem os diversos conceitos são diferentes, gostaria de citar alguns deles, sem a pretensão de esquematiza-los.
Comecemos pela nova interpretação da fé, da esperança e da caridade. Com relação a fé, por exemplo, J. Sobrinho afirma: a experiência que Jesus tem de Deus é radicalmente histórica. “A sua fé converte-se em fidelidade”. Por isso Sobrinho substitui fundamentalmente a fé pela “fidelidade à história” (fidelidad a la historia, 143-144). Jesus é fiel à profunda convicção de que o mistério da vida do homem … é realmente o último … (144). Aqui produz-se aquela fusão entre Deus e história que dá a Sobrinho a possibilidade de conservar para Jesus a fórmula de Calcedônia, ainda que com um sentido completamente mudado; pode-se ver como os critérios clássicos da ortodoxia não são aplicáveis à análise dessa teologia, Ignacio Ellacuria, na capa do livro sobre este assunto, afirma: Sobrinho “diz de novo … que Jesus é Deus, acrescentando, porém, imediatamente, que o Deus verdadeiro é somente aquele que se revela historicamente em Jesus e nos pobres, que continuam a sua presença. Somente quem mantém unidas essas duas afirmações, é ortodoxo …“.
A esperança é interpretada como “confiança no futuro” e como trabalho pelo futuro; com isso ela é subordinada novamente ao predomínio da história das classes.
“Amor” consiste na “opção pelos pobres”, isto é, coincide com a opção pela luta de classes.
Os teólogos da libertação sublinham com força, diante do “falso universalismo”, a parcialidade e o caráter partidário da opção cristã; tomar partido é, segundo eles, requisito fundamental de uma correta hermenêutica dos testemunhos bíblicos. Na minha opinião, aqui se pode reconhecer muito claramente a mistura entre uma verdade fundamental do Cristianismo e uma opção fundamental não cristã, que torna o conjunto tão sedutor: o sermão da montanha é, na verdade, a escolha por parte de Deus a favor dos pobres. Mas a interpretação dos pobres no sentido da dialética marxista da história e a interpretação da escolha partidária no sentido da luta de classes é um salto “eis allo genos” (grego: para outro gênero), no qual as coisas contrarias se apresentam como idênticas.
O conceito fundamental da pregação de Jesus é o de “reino de Deus”. Este conceito encontra-se também no centro das teologia da libertação, lido porém no contexto da hermenêutica marxista.
Discurso do Cardeal Joseph Ratzinger (18.03.1984), intitulado "Eu vos explico a Teologia da Libertação"

Voltando a frase de D. Dima: : “As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) representam, hoje, a continuidade deste mesmo fenômeno, no seio da Igreja. Elas representam uma maneira de ser Igreja, de ser comunidade, de fraternidade, inspirada na mais legítima e antiga tradição eclesial. Teologicamente são, hoje, uma experiência eclesial amadurecida, uma ação do Espírito no horizonte das urgências de nosso tempo.

Conclui-se que‚ pela tradição da Igreja‚ as CEBs não só representa esse fenõmeno das primeiras comunidades hoje‚ como carrega essa perigosa heresia‚ afastando os fiéis da verdade cristã. Ela não é inspirada na legítima tradição eclesial. Pelo contrário‚ ela interpreta o cristianismo de um modo marxista e arbitrário sendo‚ portanto‚ uma estrutura cismática..

Comentários sobre a REENCARNAÇÃO

Por Marcos Paulo Teixeira

Agora é moda a mídia colocar a doutrina da reencarnação como uma evolução do pensamento religioso e científico. Não é raro ligarmos a televisão e vermos alguns artistas globais se declararem espíritas. Mas na verdade‚ a maioria não sabem nem do que se trata.

Reencarnação significa a volta da mesma alma humana (espírito) a este mundo‚ e assim esta vai assumindo corpos sucessivos até chegar à “perfeição”. Poderia já agora perguntar: o que é perfeição? Será que isso parece com uma busca de criança que assite Peter Pan em busca da terra do nunca? Mas não vou levar esse texto por esse lado! Vou analisar algumas fundamentações dos espíritas em favor da reencarnação.

A – As desigualdades: os espíritas dizem que o fato de uns nascerem fisicamente perfeitos e ricos‚ ao passo que outros nascerem pobres e/ou fisicamente doentes‚ só poderia ser explicado pelo fato de que vidas anteriores deixassem dívidas para serem pagas nesta vida presente‚ nas quais são baseadas na lei do Karma.

Respondo: Deus é livre pra criar quem Ele queira. O mundo diversificado e cheios de criaturas diferentes é que faz a beleza do universo. Não existe ninguém igual. Um mundo onde todos fossem iguais seria um tédio. Outra coisa‚ quem foi que disse que se precisa de dois braços para ser feliz? Quem foi que disse que só os ricos são felizes? Será que não ter é mais importante que do não ser? Essa teoria esquece que o sofrimento‚ que cada um carrega‚ nos ensina a viver e nos amadurece. Uns mais e outros menos‚ mas as desigualdades sociais catastróficas tem‚ na verdade‚ outra explicação: o egoísmo humano. Certa vez perguntaram para Madre Teresa: “Por que Deus permite que os pobres da África passem fome?”. Ela respondeu: “Por que é que nós permitimos que os pobres da África passem fome‚ já que temos comida suficiente?”. Veja só que bela resposta! O problema da fome e do sofrimento não está ligado à vidas passadas‚ mas sim às decisões que tomamos no presente. A lei do Karma reduz o conceito de Deus ao de um tirano que paga os nossos pecados com a mesma moeda. Como pode alguém dizer que o espiritismo é cristão? No cristianismo‚ Deus é aquele pai que perdoa imediatamente o filho pródigo que volta a casa do Pai. “vou me levantar e irei a meu pai‚ e lhe direi: Meu pai‚ pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados. Levantou-se‚ pois‚ e foi ter com seu pai. Estava ainda longe‚ quando seu pai o viu e‚ movido de compaixão‚ correu-lhe ao encontro‚ o abraçou e o beijou.” (Lc 15‚ 18-20). Deus não é Hamurabi‚ Ele não nos trata olho-por-olho e dente-por-dente. Pegunto: se o comunismo funcionasse como ficaria as reencarnações?

Outra coisa‚ a justiça só é feita quando o réu sabe o motivo pelo qual está sendo penalizado. Ora‚ ninguém saberia dizer por que hoje está “reencarnado”.

B – As vidas pregressas: Os espíritas alegam que durante um transe hipnótica podemos recordar vidas anteriores.

Respondo: Muitas pessoas‚ em transe hipnótico‚ relatam cenas de vidas anteriores. Ok. Agora vale lembrar que tudo isso são apenas relatos do próprio narrador na vida presente. Ora‚ nós usamos apenas cerca de 12% da nossa consciência psicológica e o restante ficam no nosso inconsciente. Isso sim é fato! Se temos 88% ainda não explorados‚ como saber se‚ durante um transe hipnótico‚ as cenas e imagens que criamos não seriam frutos desse imenso universo que é o inconsciente? Será que é mais lógico dizer que alguém foi rei da Inglaterra no século V do que dizer que pode se tratar de confabulações em estado de transe?

C – Os gênios: Os espíritas alegam que os gênios são espíritos que já se aperfeiçoaram em vidas anteriores.

Respondo: Mais uma afirmação vaga! Quem observa os gênios‚ verifica que eles não nasceram sabendo‚ mas que tiveram sim uma grande facilidade de concentração e apredizagem. Associada a isso acrescento a vontade de aprender. Não seria mais fácil chamar alguém‚ que use 1% a mais do cérebro‚ de gênio‚ do que alegar que são espíritos evoluídos? Se você já assistiu o filme “Mãos talentosas” que conta a história de Ben Carson‚ o mais famoso neurocirurgião pediátrico do mundo‚ vai constatar que ele era um péssimo aluno na escola‚ até um dia resolver dar a volta por cima. Eu duvido que algum espírito tenha dito pra Bem Carson‚ ainda criança: você é um espírito evoluído!

D – A paramnésia (dejavú) – Já aconteceu com você‚ ao passar por um determinado lugar jamais visitado‚ ter a impressão de já ter estado aí? Pois é‚ como já! Os espíritas alegam que isso só pode ser explicado por vidas anteriores. Ou seja‚ na vida anterior‚ você já teria passado por aquele lugar.

Respondo – Há muitas situações que podem provocar tal fenômeno.

1) As vezes a pessoa não esteve conscientemente naquele lugar‚ mas esteve inconscientemente. O inconsciente‚ mesmo de um bebê de colo‚ quarda todas as informações externas dos ambientes que por onde passou. Digo‚ imagine uma criança que foi levada para passear num parque‚ depois de 30 anos‚ ela volta nesse mesmo lugar e certas cenas fogem do inconsciente para o consciente‚ e a pessoa tem a impressão que já esteve ali.

2) As vezes acontece isso quando viajamos para outros países. E agora‚ se eu nunca visitei tal país antes? Existe no cérebro dois tipos de memória‚ uma recente e a outra antiga. Quando você pergunta o telefone de um cliente‚ depois de alguns segundos‚ se você não o anotar‚ já o esquecerá. Porém você não consegue esquecer aquela festa de 15 anos com todos os seus parentes e amigos. Pois bem‚ a primeira chama-se memória curta‚ rápida ou recente e a outra chama-se memória remota ou antiga. A memória recente está a todo instante se refazendo‚ já que muitas informações não precisam ficar quardadas. Quando fatos da memória antiga são perdidos‚ o cérebro procura encontrar uma maneira para preencher o espaço que ficou vazio‚ preenchendo a memória antiga com a recente. Pra ficar mais claro vou dar um exemplo: Imagine você passeando pela primeira vez em Paris, quando você tem a impressão que já passou por aquela rua. O que aconteceu? Aconteceu que algo antigo‚ já guardado na sua memória foi esquecido‚ e imediatamente o cérebro preencheu essa lacuna com a memória recente‚ ou seja‚ a visão da rua naquele momento estava sendo guardado na memória antiga. Daí vem a sensação de dejavú.

3) Pode acontecer de alguém ver fotografias e filmes de determinados lugares e ter a impressão que já passou por ali.

4) Existe também a explicação pela hiperestesia. Há pessoas cujo o inconsciente é capaz de ler o inconsciente de outras pessoas. Ora‚ se eu nunca estive em Paris‚ eu posso ter estado do lado de alguém que já esteve em Paris.

5) Há também a explicação pelas semelhanças. Alguns lugares e objetos são tão semelhantes com outros com que tivemos contato e não prestamos atenção que nos dão a impressão de dejavú.

Enfim‚ existem muitas explicações de cunho cientifico que explique esse fenômeno. A única explicação sem embasamento científica é a reencarnação.

É como diz o ditado: “Se quiseres‚ confia na pata do coelho; mas lembra-te de que ela não deu sorte nem sequer ao coelho.”

Sugiro as seguintes leituras:

Orígenes e a reencarnação: http://marcospauloteixeira.wordpress.com/2008/12/13/origem-e-reencarnacao/

Consulta aos mortos e a psicografia: http://marcospauloteixeira.wordpress.com/2010/04/08/sobre-a-psicografia/

FALTA DE RESPEITO AO CENTRO DA VIDA DOS CATÓLICOS: A MISSA


Por Marcos Paulo Teixeira

A Constituição Federal nos garante o direito a liberdade de religião. A essa liberdade é também assegurada o respeito à qualquer religião professada. O Brasil é um estado laico, não ateu, pois a grande maioria dos brasileiras acredita em Deus. Com essa afirmação quero dizer que, consoante a vigente Constituição Federal, o Estado deve se preocupar em proporcionar a seus cidadãos um clima de perfeita compreensão religiosa, proscrevendo a intolerância e o fanatismo.

A maioria do povo brasileiro professa o catolicismo e tem como momento ápice da sua fé a celebração da Santa Missa. Porém não podemos deixar de nos indignar com a ridicularização promovida pelos organizadores e freqüentadores da M.I.S.S.A.(Movimento dos Interessados em Sacudir sua Alma).

O que é o M.I.S.S.A.?

É uma balada que em nada tem com a Igreja Católica. Com frases tipo “é um pecado deixar de ir”, “reze para chegar logo”, “quem disse que ninguém te chama?” e “sábado é dia de missa” ou ainda “cansei da night, agora só vou pra missa”, os organizadores do evento ultrapassa a linha do respeito à maior religião do País.

Veja mais: “O evento é uma balada, por sinal visitada por muitas celebridades, que é um dos aspectos que tem chamado a atenção e tem causado o grande frisson e repercussão do mesmo. Tocam várias bandas regadas por arranjos eletrônicos. O ridículo é que: após as bandas, inicia-se um espetáculo de cores e som eletrônico com o DJ Residente da MISSA (O Papa), Dj Tartaruga, tocando seu set MIXTURADO, bem democrático, sem preconceito de estilos musicais, emocionando o público de várias gerações e sacudindo a alma de todos. O evento ainda conta com mulheres vestidas de freiras recepcionando os convidados e entregando brindes, os famosos anões de anjinho, diabinho e outros personagens surpresa.
Entre todas as ridicularidades, as edições desta balada conta com o PAPArazzo, um fotógrafo vestido de Papa que tira fotos não pousadas, bem ao estilo paparazzo, dos convidados em várias situações e depois as fotos ficam expostas num mural para as pessoas levarem para casa como recordação da MISSA.”

Esse desrespeito ainda não chegou aqui em Teresina, mas se já chegou na sua cidade não deixe de protestar contra essa violação daquilo que, para nós, é o maior e mais importante culto à Nosso Senhor, a Santa Missa.

Pedro, o 1º PAPA

Por Marcos Paulo Teixeira

Os protestantes afirmam que Pedro não poderia ser PAPA porque todos os 12 apóstolos teriam autonomia perante a Igreja e que a obediência era exclusiva à Jesus. Então proponho-me fazer uma viagem bíblica para mostrar o papel de Pedro na liderança dos demais apóstolos.

Que Pedro foi chamado por Jesus para ser um dos doze ninguém pode negar. Ninguém também pode negar que Jesus previu uma longa duração de sua obra. Basta lembrar das paróbolas do joio e do trigo (Mt 13,24-30), dos peixes bons e maus (Mt 13,49), do grão de mostarda (Mt 13,31s) etc. Cristo sabia que iria ser crucificado, morrer e ressuscitar e depois partir para o Pai. Logo, escolheu alguém para dirigir a sua obra em seu nome e com o auxílio do Espírito Santo. Nesse contexto entra a figura de Pedro, o primeiro pai da Igreja.

É fato que no Novo Testamento nenhum apóstolo é citado mais que Pedro. Ele é citado 171 vezes, enquanto o segundo mais citado, João, aparece 46 vezes.

Pedro em diversas ocasiões aparece como uma figura de relevo, sendo aquele que fala pelos apóstolos. Vejamos: “Jesus saiu com os seus discípulos para as aldeias de Cesaréia de Filipe, e pelo caminho perguntou-lhes: “Quem dizem os homens que eu sou?” Responderam-lhe os discípulos: “João Batista; outros, Elias; outros, um dos profetas.” Então perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondeu Pedro: “Tu és o Cristo”. (Mc 8,27-29) Veja que Jesus pergunta para todos, mas só Pedro responde. Isso acontece inúmeras vezes na bíblia, Pedro é sempre o porta-voz dos apóstolos, aquele que carrega a posição oficial dos doze. Pedro também é aquele que se aproxima de Jesus para tirar as dúvidas, não só as suas, mas dos doze. “Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim?” (Mt 18,21) Veja também é Lc 12,41: “Disse-lhe Pedro: Senhor, propõe esta parábola só a nós, ou também a todos?

Em um dos momentos, que considero, mais marcantes da vida pública de Jesus é o seu discurso sobre o Pão da vida. Faço aqui uma observação importante. Sempre que um judeu prega ou ensina, no final ele diz amém amém, e o povo que escutou se concordar com o que foi dito também diz amém. O fato curioso é que Jesus ao falar do seu corpo já começa dizendo amém amém, ou seja, em verdade em verdade vos digo. Isso é uma maneira de Jesus mostrar que não está contando uma parábola, mas sim falando diretamente. Esse foi o ensinamento de Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Jo 6,67).

Ora, era lógico que as pessoas iriam ficar confusas. Como pode alguém comer a carne e beber o sangue de Jesus? Por isso que muitos dos discípulos de Jesus o abandonaram já aí nesse momento. Confira: “Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: Isto é muito duro! Quem o pode admitir? Sabendo Jesus que os discípulos murmuravam por isso, perguntou-lhes: Isso vos escandaliza?” (Jo 6 30-61) “Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele” (Jo 6, 66).

Com certeza os apóstolos também não estavam entendendo o que Jesus estava falando e, lógico, guardavam muitas dúvidas em seus corações. Porém, Jesus pergunta para os doze se eles também irão embora: “Então Jesus perguntou aos Doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.”(Jo 6,67-68)

Pedro mais uma vez responde pelos doze. Ninguém porém vai embora, todos ficaram com a resposta de Pedro. Vai ficando claro que Pedro é quem toma as decisões, mesmo em situações de grande dúvida como nesse episódio.

Um outro fato importante é que quando os evangelistas citam o catálogo dos apóstolos, o nome de Pedro sempre vem em primeiro lugar. “Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele. Designou doze entre eles para ficar em sua companhia. Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios. Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nme de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomou, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador; e Judas Iscariotes, que o entregou.” (Mc 3, 13-19)

Você pode conferir em outras passagens como Mt 10, 1-4; Lc 6,12-16 e At 1,13.

Pedro já estava tão consolidado como o chefe dos apóstolos que Lucas e Marcos usavam termos como “Pedro e os seus”. Veja: “Entretanto, Pedro e seus companheiros tinham deixado vencer-se pelo sono...” (Lc 9, 32s).

Quando Jesus ressuscitou e deixou o sepulcro vazio, um jovem, vestido de roupas brancas apareceu a Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e Salomé e disse: “Não tenhais medo. Buscai Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia.” (Mc 16, 6-7). Vejam meus amigos, que importância tem Pedro para que seu nome seja destacado em relação aos demais? Realmente Pedro tem um chamado mais sublime.

Vejamos agora Jesus selando a escolha de Pedro como chefe da Igreja.

“Disse-lhes Jesus: “E vós quem dizeis que eu sou?’ Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” Jesus então lhe disse: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” (Mt 16, 15-19)

Vamos agora às observações: Na tradição bíblica, quando Deus muda o nome de alguém é porque o seu novo nome está relacionado à sua missão. Por exemplo Abrão para Abraão, Sarai para Sara, Jacó para Israel. Jesus muda o nome de Simão para PEDRO (Kepha) que significa rocha. Nesse fundamento sólido seria erguida a SUA (do Cristo) IGREJA. Ekklesía em grego significa convocação, assembléia. Em hebraico “qahal” significa povo santo, separado para o serviço do Senhor. Mas o que Jesus traz de novo é que ao invés de falar da Igreja, ele falou da SUA IGREJA. Por que isso? Jesus quis mostrar que, embora a Igreja esteja confiada a Pedro, Ele (Jesus) é centro da obra da Salvação.

Essa Igreja que Cristo entrega à Pedro, é indestrutível. Ou seja, não pode acabar. Jesus prometeu que as portas do Inferno não tem poder para destruí-la.

As chaves significa poderes. Essa entrega de poderes já fora aludida no Antigo Testamento: “Naquele dia chamarei meu servo Eliacim, filho de Helcias. Revesti-lo-ei com a tua túnica, cingi-lo-ei com o teu cinto, e lhe transferirei os teus poderes; ele será um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá. Porei sobre os seus ombros a chave da casa de Davi; se ele abrir, ninguém fechará, se fechar, ninguém abrirá: fixá-lo-ei como prego em lugar firme, e ele será um trono de honra para a casa de seu pai.” (Is 22,20-22).

Essa passagem de Isaías é emocionante. Assim como a serpente foi levantada no deserto como alusão à Cristo levantado na Cruz, encontramos aqui o pré-anúncio de Mt 16. Eliacim será um pai para os habitantes de Jerusalém assim como Pedro é um pai para os habitantes da Jerusalém celeste.

Sobre o ligar e desligar, essas expressões eram comuns entre os rabinos. Significavam proibir e permitir ou, mais precisamente, declarar algo como verdade (ligar) ou declarar algo como erro (desligar). Dentre os apóstolos, só a Pedro foi outorgado tamanha tarefa. O mais importante é o fato da ligação entre a terra e o céu. O que Pedro ligar na Terra será também ligado no céu. Isso significa que as decisões dogmáticas de Pedro serão transcendentais e confirmadas pelo Senhor Jesus.

Pelo óbvio, Jesus não poderia ligar erro no céu. O céu é perfeito! Logo, o próprio Espírito Santo auxilia de modo direto o Papa nas questões dogmáticas para que não tenha erro. Se entende aqui o dogma da infalibilidade Papal. Veja que não é impacabilidade. O Papa peca porque é homem, mas não erra em questões de fé porque é Papa. Se o Papa falar de política, ciência etc, não está imune ao erro. Para ser mais prático, o Papa é imune ao erro em três situações quando fala nas condições “ex-cathedra”:

1. Quando, na qualidade de Pastor Supremo e Doutor de todos os fiéis, se dirige a toda a Igreja;

2. Quando o objeto de seu ensinamento é a moral, fé ou os costumes;

3. Quando manifesta a vontade de dar decisão dogmática e não simples advertência, instrução de ordem geral.

É importante também dizer que o ordinário universal dos Bipos reunidos com Papa e reiterando a doutrina que sempre fora professada pela Igreja, é infalível.

Agora vamos analisar a seguinte passagem: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos.” (Lc 22, 31-32). Aqui Jesus fala da inclinação de Satanás preferencial por Pedro. Mas Cristo roga ao Pai por ele. Até satanás sabe que Pedro é o chefe da Igreja. Jesus porém roga ao Pai e pede que Pedro confirme os seus irmãos na fé.

Analisemos agora a entrega do primado à Pedro: “Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?” Respondeu ele: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.” Disse-lhe Jesus: “Apascenta os meus cordeiros.” Perguntou-lhe outra vez: “Simão, filho de João, amas-me?” Respondeu-lhe: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo.” Disse-lhe Jesus: “Apascenta os meus cordeiros.” Perguntou-lhe pela terceira vez: “Simão, filho de João, amas-me?” Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: “amas-me?”, e respondeu-lhe: “Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo.” Disse-lhe Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas.”

Pedro declara seu amor à Jesus e o Senhor entrega a missão de pastorear o seu rebanho. Agora faço aqui uma observação minha. Jesus diz “apascenta os meus cordeiros” duas vezes e depois troca por ovelha. Cordeiro é ele mesmo, ou seja, é o cristo o cordeiro imolado e as ovelhas somos nós, do seu aprisco. Logo, apascenta os meus cordeiros lembra-nos que Pedro também irá pastorear aqueles que agirão “In persona Christi”, ou seja, os sacerdotes. Pedro é chefe do clero e dos leigos (ovelhas)!

Vou parar por aqui, mas teria muitos episódios para comentar que deixarei para um próximo texto como a posição de Pedro no Concílio de Jerusalém, a admissão de Cornélio na Igreja e a divergência entre Pedro e Paulo.

Jesus disse: "Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo."(Jesus Cristo à sua Igreja). Se ele mandou ensinar é porque deu poder a Igreja para não ensinar erro.

http://marcospauloteixeira.wordpress.com/

MARIA TEVE PECADO?

Por Marcos Paulo Teixeira

Este texto tem a finalidade de esclarecer a posição de Maria Santíssima em relação ao pecado e a salvação. Existem muitas afirmações como, por exemplo: se Maria não teve pecado como poderia ter sido salva? Vou responder a essa pergunta, mas antes, comentarei as passagens bíblicas que os protestantes usam para tentar provar que Maria teve pecado. Se o cristianismo fosse unido a tal ponto da Sagrada Tradição não ser motivo de dúvidas para muitos, seria muito mais fácil demonstrar a doutrina da imaculada conceição ao longo dos séculos entre os pais da Igreja, santos e doutores. Mas como no Brasil as pessoas acham que a Bíblia é a única fonte de revelação (esquecendo da Sagrada Tradição e do Sagrado Magistério) vou me deter apenas nas sagradas escrituras.

Vejamos as seguintes passagens:

“com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus...” (Rm 3,23)

“Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1 Jo 1,8)

Para um protestante isso basta para ter a “certeza” que Maria teve pecado. Para completar o seu raciocínio ainda usam as palavras de Maria: “meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador” (Lc 1,47).

Vamos responder! Primeiramente gostaria de lembrar que essa questão não é nova para Igreja. Durante muitos séculos grandes santos teólogos estudaram a fundo a questão.

A primeira afirmação que faço é que MARIA FOI SALVA POR JESUS. Sim, Maria também precisou de um salvador, porém, a mãe de Deus foi salva de uma maneira diferente. Existe duas maneiras de ver a salvação. A primeira, que é mais comum, é a salvação pelo perdão dos pecados cometidos. A segunda, é a salvação pela preservação dos pecados.

A Bíblia fala disso? Sim! Veja:

“Àquele, que é poderoso para nos preservar de toda queda e nos apresentar diante de sua glória, imaculados e cheios de alegria, ao Deus único, Salvador nosso, por Jesus Cristo, Senhor nosso, sejam dadas glória, magnificência, império e poder desde antes de todos os tempos, agora e para sempre. Amém.” (Judas 1,24)

Se Deus pode tudo, não poderia ele preservar alguém do pecado? Isso também é salvação!

Imaginemos uma situação. Um cego vai atravessar a avenida, mas no momento da travessia um caminhão desgovernado vem em sua direção e, caso a colisão aconteça, ele morrerá. No momento em que cego estava na metade do caminho um jovem empurra o cego para fora da pista salvando sua vida. Outra maneira de salvar o cego seria o jovem ter chegado um pouco antes e não ter permitido que o cego prosseguisse seu caminho naquele momento.

Concordam comigo que as duas maneiras salvariam a vida do cego? Da mesma forma, Maria foi salva por Jesus por preservação do pecado. Também não é coerente pensar que aquela que carregou Jesus por nove meses no seu ventre, estivesse, nem que fosse por alguns segundos, sob o domínio do pecado.

Agora vamos para a explicação das citações:

“com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus...” (Rm 3,23)

Incluir Maria nesse “todos” não seria razoável? Se essa maneira de pensar prevalecer, Jesus também estaria incluído nesta lista, pois o filho de Deus, verdadeiramente se fez homem. Jesus, mesmo sendo Deus, é 100% homem. Ele assumiu a nossa natureza. Porém nenhum cristão aceitaria a hipótese de Jesus ter pecado. Logo, Jesus é uma exceção a Rm 3,23 e 1Jo 1,8.

O próprio São Paulo faz essa exceção: “... Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado.” (Hb 4,15).

Além de Jesus, existem outras exceções? SIM! O problema mais uma vez é de interpretação.

Vamos ler novamente as passagens:

“com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus...” (Rm 3,23)

“Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1 Jo 1,8)

Todos pecaram... é verdade!!! Mas de que tipo de pecado as duas passagens estão falando? Do pecado original ou de pecado que cometemos?

O pecado original não é cometido, é uma herança!

João está se referindo aos pecados cometidos, tanto é que a continuação dos versículos ilustram muito bem isso: “Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade. Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentirosos e a sua palavra não está em nós” (1Jo 1,9- 10). Logo, ninguém confessa o pecado original. Apenas os cometidos!

Então, há exceções a Rm 3,23 e 1Jo 1,8 além de Jesus? Sim... milhões!!!!

O pecado só válido se eu tenho consciência do pecado. Como poderia pecar uma criança de alguns meses que ainda não conhece as leis de Deus?

Vejam que essas passagens não servem para impugnar o dogma da imaculada conceição, pois Rm 3,23 e 1Jo 1,8 trata de um outro tipo de pecado, ou seja o pecado cometido.

Vou agora mostrar que Maria também é uma exceção, assim como Jesus.

“Entrando, o anjo disse-lhe: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”. Perturbou-se ela com essas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.” (Lc 1,28-29).

Na Bíblia, quando Deus vai conferir uma missão especial para alguém o nome é trocado por um outro nome que represente a sua missão. Assim foi com Abraão, que de pai de uma aldeia tornou-se pai de um povo. Assim foi com Simão, que tornou-se Pedro, significando o rochedo que representaria para a Igreja. Saulo que se tornou Paulo, de perseguidor a apóstolo. Enfim, o nome mudado tem um significado muito especial.

Quando o anjo saudou Maria, a chamou de “Ave cheia de graça”. Ninguém em toda a história do povo de Deus teve tamanha importância para ser chamado Ave cheia de graça. Maria é aquela que é CHEIA da graça de Deus! Como poderia ter espaço em seu coração o pecado? Tamanho impacto foi essa visita do anjo que Maria ficou a pensar no que significaria semelhante saudação. Lógico! Imagine Maria se perguntando: Eu sou cheia de graça?

Mas o que teria de importante nesta saudação para perturbar Maria?

Primeiro, como eu disse, não foi uma saudação. Nesse momento o anjo conferiu um novo nome à Maria. Em grego “Kaire, Kekaritomene”.

Na tradição bíblica, quando alguém era saudado com Kaire, um título ou um nome deveria acompanhar imediatamente o termo Kaire. Veja um exemplo: “Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lhe sobre a cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura. Aproximavam-se dele e diziam: “Salve, rei dos Judeus!”. E davam-lhe bofetadas.” (Jo 19, 2-3). O nome de Maria agora seria “cheia de graça”.

Kekaritomene significa agraciada de um modo completo. Neste caso, agraciada não significa um termo no passado. Significa um termo que se completou no passado e que resulta num tempo presente. Ou seja, Kakaritomene (que foi agraciada) significa que Maria nasceu na graça e permanece na graça. Maria foi preservada do pecado no seu nascimento e não está sob a ação do pecado em sua vida.

Entenda o que diz Paulo: “Não pretendo dizer que já alcancei (esta meta) e que cheguei à perfeição. Não. Mas eu me empenho e conquistá-la, uma vez que também eu fui conquistado por Jesus Cristo. Consciente de não tê-la ainda conquistado, só procuro isto: prescindindo do passado e atirando-me ao que resta para a frente, persigo o alvo, rumo ao prêmio celeste, ao qual Deus nos chama, em Jesus Cristo.” (Fl 3, 12-14).

Paulo está falando de um estado de graça a qual busca e tem como um alvo. Quando o anjo diz a Maria Kekaritomene (cheia de graça), fez Maria pensar no significaria. Mas o anjo vem lembrar a Maria que ela é CHEIA de graça e, essa mesma graça, Paulo procura constantemente. Maria é cheia da plenitude da graça! Não há espaço para o pecado no coração de Maria!

O tempo verbal usado pelo anjo é perfeito, ou seja, é de caráter permanente! A língua portuguesa é pobre para expressar isso.

Mudando um pouco de foco. A arca da Aliança era o referencial de sagrado para o povo de Deus. Tão pura que era digno de morte se caso alguém se descuidasse no transporte da arca. (Cf 2Sm 6, 1-9). Se Arca da antiga aliança já era considerada santa, como não considerar Maria, a arca que carregou em seu seio não a lei, mas o próprio Deus feito homem?

Em Ex 25, o próprio Deus dá instruções sobre a construção da Arca que deveria ser boa desde a sua construção. Analogamente, a nova Arca (Maria) não poderia ser ruim desde o seu início. Por isso, Maria foi preservada, por Deus, do pecado original que herdamos dos nossos pais, e por méritos do seu filho, ela também não esteve um momento sequer sob o domínio do pecado. Ela não esteve um momento sequer longe do seu filho, em corpo e em alma.

Agora vem a pergunta: Maria é a Arca da Nova Aliança?

Para ser a Arca, Maria teria que preencher três critérios. Ou seja, dentro dela precisaria conter três critérios.

A Arca do antigo testamento continha o Maná, o varão de Araão e os Dez Mandamentos. Será que Maria teve tudo isso dentro de si? Vejamos:

1 – “Jesus respondeu-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo.” (Jo 6, 32-33). Realmente Maria carregava o verdadeiro Maná dentro de si.

2 – “Portanto, irmãos santos, participantes da vocação que vos destina à herança do céu, considerai o mensageiro e pontífice da fé que professamos, Jesus.” (Hb3,1) Ele é o verdadeiro varão, o sumo sacerdote.

3 – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo1,14). Maria carregou a palavra encarnada em seu seio.

Logo, Maria é A ARCA DA NOVA ALINÇA! Ela preenche o três critérios!

Quando Moisés foi consagrar o tabernáculo aconteceu que: “... a nuvem cobriu a tenda de reunião e a glória do Senhor encheu o tabernáculo.” (Ex 40, 34). Da mesma forma aconteceu com Maria: “..O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra.” (Lc 1,35). Não há como negar que Maria seja a Arca da Nova Aliança!

O Rei David pulou, dançou e se alegrou na presença da Arca: “Davi dançava com todas as forças diante do Senhor, cingido com um efod de linho. O rei e todos os israelitas conduziram a arca do Senhor, soltando gritos de alegria e tocando a trombeta.” (2Sam 6, 14-15). Da mesma forma, quando Maria visitou sua prima Isabel aconteceu algo semelhante: “Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.” (Lc 1,43-44). João estava dançando diante da Nova Arca, Maria! David fez uma exclamação semelhante: “como pode a Arca do Senhor vir até mim?”

Depois disso, “ficou a arca do Senhor três meses na casa de Obed-Edom de Gat e o Senhor abençoou-o com toda a sua família.” (2Sm 6,11).

Agora compare com “Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa.”(Lc 1,56).

Vejamos agora o que diz Paulo: “A Lei, por se apenas a sombra dos bens futuros, não sua expressão real, é de todo impotente para aperfeiçoar aqueles que assistem aos sacrifícios que se renovam indefinidamente cada ano.”(Hb 10,1).

Paulo nos lembra que a antiga aliança é apenas uma sombra dos bens futuros. Logo, é de se esperar que a manifestação de Deus em Maria seja muito superior que a antiga arca. Há uma promessa: “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3,15). Há uma promessa de uma nova EVA. E essa promessa se realiza em Maria a nova EVA, agora chamada de AVE. A descendência dessa mulher esmagaria a cabeça da serpente.

Sugiro para a conclusão desse raciocínio o texto QUEM É ESSA TEMÍVEL COMO UM EXÉRCIO EM ORDEM DE BATALHA: http://marcospauloteixeira.wordpress.com/2010/05/02/quem-e-essa-temivel-como-um-exercito-em-ordem-de-batalha/

Se Maria fosse concebida em pecado, ou estivesse sob o domínio do pecado, um segundo sequer, ela seria menor que EVA e Deus não teria cumprido sua promessa em Gn 3,15.

Oh Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos à vós!