sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Meio Norte: protestantes contra católicos teresinenses

Prezados amigos,
Na capa de hoje (20/02/2009) do jornal Meio-Norte, existe a seguinte notícia: "Evangélicos exigem capelas sem santos", que deveria vir escrita: "Pseudo-Evangélicos exigem capelas sem santos". Sim, porque, até onde eu sei, protestantes não são evangélicos, pois evangélicos autênticos respeitam a memória dos santos e os veneram.
Essa gente, que ajudou a destruir o cristianismo na Europa, hoje praticamente atéia (senão de ateísmo prático mais forte que na maior parte da América Latina) quer exigir que o Brasil esqueça sua história: sua raiz católica:
O direito positivo brasileiro não obriga ninguém a ser católico, mas não pode revogar a História. E, sem faltar com a verdade, não se pode negar que o catolicismo é um elemento importante na formação histórica, cultural e moral da nacionalidade brasileira. Como declarou o grande abolicionista Joaquim Nabuco: "Acreditais, se não fosse o catolicismo, que o Brasil seria o grande bloco de continente que vai das Guianas do Amazonas às Missões do Paraná? Acreditais,se não fosse o catolicismo, que esse território não se teria pelo menos dividido em três ou quatro imensos fragmentos, um huguenote, outro holandês, o terceiro espanhol, o quarto apenas brasileiro, como o somos hoje? Quanto à população, acreditais que sem o catolicismo tivesse sido possivel fundir, pelo modo como o foram, em uma nacionalidade homogênea, o indígena, o português e o africano?" (NABUCO, Joaquim. Significado Nacional do Centenário Anchietano. In: Conferências Anchietanas. Rio de Janeiro, Fund. Casa de Rui Barbosa, 1979. p. 82). O catolicismo, como elemento constitutivo da nacionalidade, é um fato social que não pode ser negado ou ignorado pelo sistema jurídico. Foi a Igreja quem fez o Brasil; sem a Igreja o Brasil se desfaz.
Trago-lhes abaixo, uma exposição do advogado católico Dr. Rodrigo R. Pedroso explana uma questão similar, quando em uma cidade do Brasil o prefeito quis construir um monumento em homenagem a Nosso Senhor e queriam impedi-lo sob o pressuposto do Estado Laico. No entretanto, nosso modelo de Estado Laico é norte-americano e não francês, enquanto este procura banir da vida pública manifestação religiosa católica, aquele procura respeitar as diferentes denominações cristãns.
Rezemos pelos pérfidos protestantes,
Emanuelle
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Exmo. Sr. D. XXX:
Antes de mais nada, devo agradecer a Vossa Excelência a honra que me faz ao propor-me a consulta, que em retribuição pretendo responder da melhor forma possível, na medida dos meus conhecimentos.
O Estado brasileiro é laico, ou seja, não tem religião oficial, não apenas desde a Constituição de 1988, mas desde o decreto n. 119-A, de 7 de janeiro de 1890. A laicização do Estado brasileiro foi confirmada pela primeira Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, no parágrafo 7o de seu art. 72, que desde então foi reproduzido pelas constituições subseqüentes até chegar ao art. 19, I da Constituição de 1988 que, quase com a mesma redação, proíbe à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios "estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público".
Que a administração de um Município construa um monumento em homenagem ao padroeiro da cidade é medida que não se enquadra em nenhuma das situações proibidas pelo art. 19, I da Constituição, e esta exegese tem sido aplicada desde que o referido preceito foi introduzido no sistema jurídico brasileiro, na Constituição de 1891. Com efeito, são inúmeros os Municípios que homenageiam o seu padroeiro com monumentos, e isto nunca foi interpretado como violação da laicidade do Estado. "Optima est legum interpretes consuetudo" (Digesto 1,3,37). Se durante mais de um século determinada praxe foi admitida como constitucional e conforme ao direito, não há razão para adotar-se interpretação diversa, ainda mais no sentido de restringir os direitos da comunidade municipal.
Mesmo sob a vigência da Constituição de 1988, diversos Municípios construíram e inauguraram monumentos aos seus padroeiros, entre os quais o Município de São Paulo, o mais populoso e rico do Brasil, sem que houvesse a menor reclamação de que se tratava de infração ao caráter laico do poder público:
Essas matérias podem ser impressas e levadas ao Prefeito. Seria uma incoerência que, enquanto os Municípios do Brasil inteiro homenageiam seus padroeiros com monumentos, Campos dos Goytacazes deixe de fazê-lo por uma interpretação inusitadamente escrupulosa do preceito constitucional.
Ao construir o monumento ao Santíssimo Salvador, a Prefeitura de Campos dos Goytacazes não estará impondo a ninguém uma fé religiosa, muito menos subvencionando alguma denominação. O dinheiro empregado na construção da estátua não estará sendo transferido para nenhuma igreja ou organização religiosa, nem estará sendo despendido com as espórtulas do culto. Pelo contrário, a estátua continuará pertencendo ao patrimônio municipal, como bem de uso comum do povo (art. 99 do Código Civil). O monumento será entregue, não à Igreja, mas ao povo de Campos, à coletividade municipal. E mais: sendo feita com o devido lavor artístico, a estátua representará um aformoseamento da cidade, uma valorização de seu patrimônio cultural e turístico, que beneficiará a todos os munícipes, independentemente da religião.
O investimento, portanto, reveste interesse público, dirige-se ao bem comum da municipalidade e não se destina isoladamente a uma só religião. Até porque a pessoa de Jesus Cristo é considerada com respeito não apenas pelos cristãos que se gloriam de adorá-lo como Deus verdadeiro, mas por indivíduos das mais diversas crenças e mesmo pelos descrentes.
Também deve-se considerar, por analogia, o art. 2o da lei federal n. 9.093, de 12 de setembro de 1995, que dispõe o seguinte: "São feriados religiosos os dias de guarda, declarados em lei municipal, de acordo com a tradição local e em número não superior a quatro, neste incluída a Sexta-Feira da Paixão". Ora, se ao Município é reconhecido o direito de homenagear seu padroeiro consagrando-lhe um feriado, por que não poderia prestar a mesma homenagem construindo-lhe um monumento?
Para a correta exegese do art. 19,I da Constituição de 1988, é preciso não desconhecer que, historicamente, apresentaram-se dois modelos de Estado laico: o dos Estados Unidos e o da França. Na América Latina, esses dois modelos tiveram sua aplicação emblemática em dois países: o modelo norte-americano no Brasil e o modelo francês no México. O modelo francês procura banir da vida pública qualquer influência da religião, fechando os conventos, perseguindo os religiosos e proibindo as manifestações públicas de fé. Esse modelo gerou diversas e sangrentas perturbações na vida das nações que o adotaram. Em contrapartida, o modelo norte-americano, adotado pelo Brasil com a laicização do Estado em 1890, separa as religiões do Estado, porém sem desconhecer nem melindrar as convicções religiosas do povo. O Estado é laico, mas se reconhece que a Nação é religiosa. E o Estado, como organização política desta mesma Nação, deixa-se permear pela vital influência da religião. Eis o que escreve a respeito Tocqueville, em seu clássico Democracia na América:
"A religião, na América, não participa diretamente do governo da sociedade; mas é, contudo, a sua mais alta instituição política. Não sei se todos os americanos têm fé na sua religião, pois quem pode ler nos corações? Mas tenho por certo que os americanos consideram a religião indispensável à mantença das instituições republicanas. Este juízo não é peculiar ali a uma classe, ou a um partido: pertence a toda a nação e a todas as situações sociais. Seus homens de Estado, seus legisladores, seus presidentes nunca se envergonharam de confessar ali esta verdade, mostrando, pelos atos mais insignes, de caráter oficial, que a separação entre as igrejas e o Estado, tal qual se pratica naquele país, não separou a nação do cristianismo" (TOCQUEVILLE. Alexis de. Democracia na América. São Paulo, EdUSP, 1977. p. 225).
Quando se há dúvida a respeito do sentido de uma norma, recorre-se à mens legislatoris, ou seja, busca-se o sentido querido e pretendido por aqueles que colocaram a norma em vigor. Ora, o famoso jurisconsulto Rui Barbosa participou da elaboração tanto do decreto n. 119-A, que laicizou em 1890 o Estado brasileiro, como da Constituição de 1891, que consagrou a laicidade do Estado em nível constitucional, em um dispositivo cuja redação se mantém essencialmente a mesma até hoje, na Constituição vigente. Aliás, o projeto final da Constituição de 1891 foi redigido em sua residência particular. Rui Barbosa, por sua trajetória biográfica, não pode ser considerado suspeito de parcialidade em favor do catolicismo. Vejamos, portanto, como ele interpretava o princípio constitucional de laicidade vigente no Brasil:
"O princípio das igrejas livres no Estado livre tem duas hermenêuticas distintas e opostas: a francesa e a americana. Esta, sinceramente liberal, não se assusta com a expansão do catolicismo, a mais numerosa, hoje, de todas as confissões nos Estados Unidos, que nela vêem um dos grandes fautores da sua cultura e da sua estabilidade social. Aquela, obsessa do eterno fantasma do clericalismo, gira de reação em reação, inquieta, agressiva, proscritora. Com uma, sob as formas da liberdade republicana, assiste o século XX ao tremendo acesso de regalismo, que baniu do país, em França, todas as congregações religiosas. Sob a outra se reúnem, na América do Norte, os prófugos da perseguição ultramarina, e as coletividades religiosas se desenvolvem, tranqüilas, prósperas, frutificativas, sem a mais ligeira nuvem no seu horizonte. Na melhor cordialidade os prelados romanos e os membros do Sacro Colégio se sentam à mesa de Roosevelt, o protestante, que não falta um só domingo, no templo do seu culto, aos deveres do serviço divino. Foi esta a liberdade religiosa que nós escrevemos na Constituição brasileira."
(BARBOSA, Rui. Escritos & Discursos Seletos. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1997. pp. 362-3, grifo nosso).
"Foi sob esse pensamento que adotamos a Constituição de 1891. Tínhamos, então, os olhos fitos nos Estados Unidos; e o que os Estados Unidos nos mostravam era a liberdade religiosa, não a liberdade materialista. Naquele país a incredulidade possui também o seu grupo, que advoga a tributação dos cultos, a supressão dos capelães etc. Mas esse programa, formulado ali há trinta anos, definha enquistado na seita que o concebeu. 'Nós somos um povo cristão', diz o juiz Kent, um dos patriarcas da jurisprudência americana 'e a nossa moralidade política está profundamente enxertada no cristianismo'.
"Esse fato precedeu à Constituição, ali e aqui. Aqui, como ali, esse fato subsiste sob a Constituição. Ela o não podia destruir, porque, lá e cá era, nas duas nações, a grande realidade espiritual. Na república norte-americana a superfície moral do país estava mais ou menos igualmente dividida entre uma variedade notável de confissões religiosas. No Brasil o catolicismo era a religião geral; o protestantismo, o deísmo, o positivismo, o ateísmo, exceções circunscritas. De modo que, enquanto nos Estados Unidos a igualdade religiosa constituía uma necessidade sentida, mais ou menos, no mesmo grau, por todas as comunhões, entre nós ela representava tão-somente aspirações da minoria. A liberdade de cultos veio satisfazer, em boa justiça, à condição opressiva dessas dissidências maltratadas pela exclusão oficial, mas não invertê-la contra a consciência da maioria. Se, nos Estados Unidos, avultava no maior relevo 'o fato de que o cristianismo era, e sempre foi, a religião popular' (são palavras de um magistrado americano), no Brasil esse fato não tinha vulto menos proeminente.
"As constituições não se adotam para tiranizar, mas para escudar a consciência dos povos. 'A nossa Constituição', diz um escritor americano, que tratou ex-professo do assunto, 'a nossa Constituição não criou a nação, nem a religião nacional. Achou-as preexistentes, e estabeleceu-se com o intuito de as proteger sob uma forma republicana de governo'. Ora, a condição de nós outros é idêntica, por este lado, à dos Estados Unidos. Antes da República existia o Brasil; e o Brasil nasceu cristão, cresceu cristão, cristão continua a ser até hoje. Logo, se a República veio organizar o Brasil, e não esmagá-lo, a fórmula da liberdade constitucional, na República, necessariamente há de ser uma fórmula cristã. As instituições de 1891 não se destinaram a matar o espírito religioso, mas a depurá-lo, emancipando a religião do jugo oficial. Como aos americanos, pois, nos assiste a nós o jus de considerar o princípio cristão como elemento essencial e fundamental do direito brasileiro. Nessa verdade se encerram todas as garantias da liberdade e todas as necessidades da fé.
"Adotando este regime, escolhemos surgidoiro, onde nos abrigássemos dos temporais, que, na Europa, com escândalo das almas e ruína dos Estados, convulsam o mundo político e o mundo espiritual".
(BARBOSA, Rui. Discurso no Colégio Anchieta. Rio de Janeiro, Fundação Casa de Rui Barbosa, 1981. pp. 27-9, negritos nossos).
Portanto, o princípio constitucional da laicidade do Estado, tal como albergado pelo sistema jurídico nacional, não proíbe a manifestação pública da cultura religiosa do povo brasileiro ou das comunidades locais, conforme foi recentemente reconhecido em decisão do Conselho Nacional de Justiça, referente aos símbolos religiosos nos tribunais (arquivo PDF em anexo). O Estado laico brasileiro não é um Estado ateísta ou anti-religioso: embora o Estado brasileiro não seja confessional, ou seja, não oficialize uma confissão religiosa em particular, ele reconhece pública e oficialmente a existência de Deus, ao invocar sua proteção no preâmbulo do texto constitucional -- indo mais longe que a própria Constituição norte-americana, que omite qualquer referência ao Criador.
O direito positivo brasileiro não obriga ninguém a ser católico, mas não pode revogar a História. E, sem faltar com a verdade, não se pode negar que o catolicismo é um elemento importante na formação histórica, cultural e moral da nacionalidade brasileira. Como declarou o grande abolicionista Joaquim Nabuco: "Acreditais, se não fosse o catolicismo, que o Brasil seria o grande bloco de continente que vai das Guianas do Amazonas às Missões do Paraná? Acreditais,se não fosse o catolicismo, que esse território não se teria pelo menos dividido em três ou quatro imensos fragmentos, um huguenote, outro holandês, o terceiro espanhol, o quarto apenas brasileiro, como o somos hoje? Quanto à população, acreditais que sem o catolicismo tivesse sido possivel fundir, pelo modo como o foram, em uma nacionalidade homogênea, o indígena, o português e o africano?" (NABUCO, Joaquim. Significado Nacional do Centenário Anchietano. In: Conferências Anchietanas. Rio de Janeiro, Fund. Casa de Rui Barbosa, 1979. p. 82). O catolicismo, como elemento constitutivo da nacionalidade, é um fato social que não pode ser negado ou ignorado pelo sistema jurídico. Foi a Igreja quem fez o Brasil; sem a Igreja o Brasil se desfaz.
Nesse contexto, o monumento ao padroeiro de Campos dos Goytacazes envolve um valor verdadeiro e legítimo da cultura, da história e da memória coletiva do Município. Exprime um patrimônio cultural que pertence a todos os munícipes, independentemente de religião, pois todos se inserem na história da comunidade municipal. Não viola o preceito constitucional que proíbe ao Município estabelecer ou subvencionar cultos religiosos ou igrejas, pois não se trata de um favor exclusivo a um grupo religioso em particular, sem benefício para os demais munícipes, mas do reconhecimento público de um valor sócio-cultural relevante, integrado na história e no patrimônio coletivo da municipalidade. A obra, portanto, é lícita e conforme o direito, dependendo apenas de que haja dotação de verbas orçamentárias, seja licitada na forma da lei e observe os demais trâmites legais.
Este é o meu parecer, salvo melhor juízo.
Despeço-me com o mesmo respeito de quem beija de joelhos o anel de Vossa Excelência, pedindo a sua bênção.
Rodrigo Rodrigues Pedroso
OAB/SP 195.886

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A pior enfermidade é a "ausência de Deus", diz Bento XVI


VATICANO, 08/02/2009 (ACI).- A chuvosa manhã romana se tornou de repente em uma jornada de sol quando o Papa Bento XVI apareceu na Praça de São Pedro para presidir a oração do Ângelus, durante a qual recordou que a pior enfermidade é a ausência de Deus. Ao comentar o Evangelho do Dia -a cura da sogra do Pedro-, o Pontífice lembrou que o amor de Deus se manifesta nas numerosas curas que Cristo realizou em vida, e que se prolonga na ação caridosa da Igreja em todo mundo.
“Eu acredito que o ateísmo é a mais irracional das escolhas”.
Dr. Francis Collins, médico, químico e biólogo americano, Diretor do Projeto Genoma (VEJA 24.01.2007).


Fonte: http://www.cleofas.com.br

O Papa alenta a viver o Jejum nesta Quaresma


VATICANO, 03/02/2009 (ACI).- Em sua mensagem para a Quaresma 2009 titulado "Jesus depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, ao fim sentiu fome", o Papa Bento XVI reflete de maneira especial no tema do jejum e o propõe como exercício espiritual para os fiéis do mundo e assim desapegar-se cada vez mais do pecado. Bento XVI precisa que ante "o pecado e suas conseqüências oprimem a todos, o jejum nos oferece como um meio para recuperar a amizade com o Senhor".

"O verdadeiro jejum, repete em outra ocasião o divino Mestre, consiste mas bem em cumprir a vontade do Pai celestial, que 'vê no segredo e te recompensará'. O verdadeiro jejum, por conseguinte, tem como finalidade comer o 'alimento verdadeiro', que é fazer a vontade do Pai". “Está claro que jejuar é bom para o bem-estar físico, mas para os crentes é, em primeiro lugar, uma 'terapia' para curar tudo o que lhes impede conformar-se à vontade de Deus".

“Se, portanto, Adão desobedeceu a ordem do Senhor de 'não comer da árvore da ciência do bem e do mal', com o jejum a crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando em sua bondade e misericórdia", destaca logo.


Fonte: http://www.cleofas.com.br

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Quais foram as três tentações e o que elas significam?


Depois de ser batizado por João Batista, Jesus foi para o deserto onde ficou em oração e jejum por mais de um mês. Nestes dias, no isolamento e recolhimento espiritual a que se submeteu, Jesus foi tentado pelo “demônio” ou por algum espírito ruim, ou se confrontou com forças negativas – as explicações são variadas.
O “demônio” tentou desviar Jesus do caminho correto. Para isto tentou fasciná-Lo com promessas de bens terrenos.

1ª tentação: “Não comeu nada nestes dias e, depois disso, sentiu fome. Então o diabo disse a Jesus: “Se Tu és o Filho de Deus, manda que esta pedra se torne pão.” Jesus respondeu: “”A escritura diz: ”Nem só de pão vive o homem.”” (Mateus 4: 3,4).
Significado: Jesus tinha um objetivo e estava fazendo um sacrifício para atingir este objetivo. O “demônio” propõe a Jesus que não se sacrifique, e que use o Seu poder para conseguir o pão e não o “Pão da Vida” espiritual que estava buscando. O desafio do “diabo” era uma cilada para Jesus se mostrar orgulhoso do Seu poder (transformar pedra em pão) e começar a usar este poder segundo as leis do “diabo” e dos homens e não segundo a vontade de Deus. Jesus entende o fato e coloca a vontade de Deus acima de qualquer desejo do “demônio”. Ou seja, Ele não quis provar nada para ninguém.
Ele também demonstra que todos nós temos necessidades que só podem ser satisfeitas a partir de uma vivência espiritual: nem só de pão vive o homem.

2ª tentação: Jesus está no alto de uma montanha. De lá pode-se ver o horizonte e imaginar toda a extensão de terra que forma os mais diversos reinos. O “demônio” diz: “Eu te darei todo poder e riqueza destes reinos, porque tudo isto foi entregue a mim, e posso dá-lo a quem eu quiser. Portanto, se ajoelhares diante mim, tudo isto será teu. “Jesus respondeu: “Você adorará o Senhor seu Deus e somente a Ele servirá.” (Mateus 4: 6,8)
Significado: O “demônio” tenta fascinar Jesus com a proposta de poder. Bastava Ele se tornar igual a tantos outros que queriam dominar os povos e submetê-los à situações injustas que Ele teria todo o poder e o apoio do “demônio” para dominar estes reinos. Mas Jesus disse: Não. Ele decidiu tomar o caminho que Deus havia lhe reservado: revelar as verdades fundamentais da vida, contribuir para a evolução espiritual do mundo, servir de exemplo positivo de amor e bondade para toda a humanidade através dos séculos. A obra de Jesus está aí até hoje; a obra dos dominadores e imperadores sempre acaba.
O “demônio” sempre usa da tentação para levar o homem a ser aproveitador e dominador, Jesus nos ensina que devemos servir e ajudar, que assim seremos mais justos, mais felizes e teremos maior realização interior.
Lembre-se: Jesus teve inteligência ao dizer Não. Mas nem sempre aconteceu assim. Alguns profetas ou homens de religião resolveram lutar pelo poder e até partiram para a guerra e assim se desviaram do caminho correto. Estes falaram coisas corretas, mas também muita coisa incorreta. Por isto devemos ter discernimento e bom senso quando lemos coisas que eles escreveram ou analisamos seus exemplos de vida.

3ª tentação: Jesus estava em Jerusalém, na parte mais alta do Templo. O “demônio” Lhe disse: “Se Tu és Filho de Deus, joga-Te daqui para baixo. Por que a escritura diz: “Deus ordenará a teus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado. ... Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em nenhuma pedra.” Mas Jesus respondeu: “A Escritura diz: “Não tente o Senhor teu Deus.”” (Mateus 4: 9,12)
Significado: Deus protege aqueles que trilham um caminho correto. Se Jesus fizesse o que o “demônio” queria, Ele não estaria trilhando o caminho correto. Ele estaria colocando Deus à prova. E a verdade é que devemos confiar e nos entregar a Deus.
Se Jesus saltasse do alto do Templo e saísse vivo, com certeza Ele seria aclamado como alguém poderoso e teria inúmeros admiradores prontos para segui-Lo. Jesus, porém, sabia que seu caminho era revelar que todo este poder é ilusão, sendo verdadeiro apenas aquilo que podemos levar para o “além da vida”, onde nossa vida dura um infinito. E nós só levamos para o além vida o que é importante para Deus: valores morais, atos de justiça e amor ao próximo, nosso crescimento interior, caridade, entre outros. Ou seja, Jesus veio revelar a realidade além morte, que a vida continua e que lá só importa a realização da Obra de Deus.
Esta resposta também nos ensina a importância do estudo contínuo e profundo dos ensinamentos de Deus, a fim de conseguirmos (através do conhecimento) sairmos da cilada armada por aqueles que utilizam a própria palavra de Deus desfocada da Vontade de Deus. Jesus se defende da tentação pois conhece o verdadeiro Núcleo da Fé Evangélica.

Ato final: Mateus escreve que depois destas tentações o “demônio” foi embora para voltar em um momento mais oportuno. É provável que Jesus tenha sido tentado outras vezes. Nós também somos constantemente tentados, principalmente pelo nosso egoísmo, sede de poder, ambição, vaidade, etc. Ou seja, nós possuímos um “demônio” interior que tenta nos distanciar do caminho do bem, da verdade e da justiça. Por isto a importância do dito: “orai e vigiai”.

Obs 1: o Evangelho descreve as tentações de Jesus de forma alegórica. Portanto, existem muitos níveis diferentes de interpretações a serem revelados. Aqui apresentamos apenas uma.
Obs 2: a linguagem utilizada pelos escritores dos Evangelhos estão de acordo com as crenças e os conhecimentos da época. Hoje, com a revelação do espiritismo, com os novos conhecimentos de psicologia e de antropologia podemos tentar entender melhor o que realmente ocorreu. Uma nova resposta será futuramente incluída, conjuntamente com esta, para explicitar a visão espiritualista das tentações



Por Régis Mesquita

Fonte: http://curiosidadescatolicas.blogspot.com/

A INQUISIÇÃO PROTESTANTE


A INQUISIÇÃO PROTESTANTE

Fonte: http://www.fatima-apologetica.org/

Um ponto normalmente omitido é que os Protestantes também empreenderam uma Inquisição totalmente submissa ao Poder Político da época. Os historiadores geralmente se referem apenas à inquisição católica e se silenciam hipocritamente sobre os eventos ocorridos nos territórios protestantes.

“O teólogo protestante Meyfart descreve a tortura que ele mesmo presenciou: ‘Um espanhol e um italiano foram os que sofreram esta bestialidade e brutalidade. Nos países católicos não se condena um assassino, um incestuoso ou um adúltero a mais de uma hora de tortura. Porém, na Alemanha [protestante] a tortura é mantida por um dia e uma noite inteira; às vezes, até por dois dias (…); outras vezes, até por quatro dias e, após isto, é novamente iniciada (…) Esta é uma história exata e horrível, que não pude presenciar sem também me estremecer”.

O mesmo Janssem nos fornece este outro dado:
“Em Augsburgo, na Alemanha, no ano 1528, cerca de 170 anabatistas de ambos os sexos foram aprisionados por ordem do Poder Público. Muitos deles foram queimados vivos; outros foram marcados com ferro em brasa nas bochechas ou suas línguas foram cortadas. [Ainda] em Augsburgo, no dia 18 de janeiro de 1537, o Conselho Municipal publicou um decreto em que se proibia o culto católico e se estabelecia o prazo de 8 dias para que os católicos abandonassem a cidade; ao término desse prazo, soldados passaram a perseguir os que não aceitaram a nova fé. Igrejas e mosteiros foram profanados, derrubando-lhes as imagens e os altares; o patrimônio artístico-cultural foi saqueado, queimado e destruído”.

Frankfurt, também na Alemanha, emitiu uma lei semelhante e a total suspensão do culto católico foi estendida a todos os estados alemães (e depois se tacha a Igreja Católica de intransigente!).

“Se Roma assim crê e ensina, conforme os papas e cardeais, francamente declaro que o verdadeiro anticristo encontra-se entronizado no templo de Deus e governa em Roma (a empurpurada Babilônia), sendo a Cúria a sinagoga de Satanás (…) Se a fúria dos romanistas não cessar, não restará outro remédio senão os imperadores, reis e príncipes reunidos com forças e armas atacarem a essa praga mundial, resolvendo o assunto não mais com palavras, mas com a espada (…) Se castigamos os ladrões com a forca, os assaltantes com a espada, OS HEREGES COM A FOGUEIRA, por que não atacamos com armas, com maior razão, a esses mestres da perdição, a esses cardeais, a esses papas, a todo esse ápice da Sodoma romana, que tem perpetuamente corrompido a Igreja de Deus, lavando assim as nossas mãos em seu sangue?”

Em um folheto intitulado “Contra a Falsamente Chamada Ordem Espiritual do Papa e dos Bispos”, de julho de 1522, disse:

“Seria melhor que se assassinassem todos os bispos e se arrasassem todas as fundações e claustros para que não se destruísse uma só alma, para não falar já de todas as almas perdidas para salvar os seus indignos fraudadores e idólatras. Que utilidade tem os que assim vivem na luxúria, alimentando-se com o suor e o sangue dos demais?”

Em seu folheto “Contra a Horda dos Camponeses que Roubam e Assassinam”, Lutero dizia aos príncipes:
“Empunhai rapidamente a espada, pois um príncipe ou senhor deve lembrar neste caso que é ministro de Deus e servidor da Sua ira (Romanos 13) e que recebeu a espada para empregá-la contra tais homens (…) Se pode castigar e não o faz - mesmo que o castigo consista em tirar a vida e derramar sangue - é culpável de todos os assassinatos e todo o mal que esses homens cometerem”.

Em julho de 1525, Lutero escrevia em sua “Carta Aberta sobre o Livro contra os Camponeses”:
“Se acreditam que esta resposta é demasiadamente dura e que seu único fim e fazer-vos calar pela violência, respondo que isto é verdade. Um rebelde não merece ser contestado pela razão porque não a aceita. Aquele que não quer escutar a Palavra de Deus, que lhe fala com bondade, deve ouvir o algoz quando este chega com o seu machado (…) Não quero ouvir nem saber nada sobre misericórdia”.
Sobre os judeus, assim dizia em suas famosas “Cartas sobre a Mesa”:

“Quem puder que atire-lhes enxofre e alcatrão; se alguém puder lançá-los no fogo do inferno, tanto que melhor (…) E isto deve ser feito em honra de Nosso Senhor e do Cristianismo. Sejam suas casas despedaçadas e destruídas (…) Sejam-lhes confiscados seus livros de orações e talmudes, bem como toda a sua Bíblia. Proíba-se seus rabinos de ensinar, sob pena de morte, de agora em diante. E se tudo isso for pouco, que sejam expulsos do país como cães raivosos”.

E a Igreja Católica é que é acusada de antisemitismo, classificando-se de “frouxas” as palavras de perdão do Papa [João Paulo II] em 2002… Algum representante da igreja luterana já pediu perdão aos judeus?

“Não nego que no princípio todas as atitudes de Lutero não pareciam ser vãs, pois a nenhum homem comprazia todos aqueles erros e imposturas que foram graduamente acumulados no Cristianismo. Por isso eu esperava, junto com outros, que era possível aplicar algum remédio a tão grandes males; porém, fui cruelmente enganado, pois antes que se extirpassem os erros anteriores foram introduzidos muitos outros, mais intoleráveis que, comparados com os outros, faziam estes parecer jogos de crianças (…) As coisas chegaram a tal ponto que os defensores papistas parecem virtuosos quando comparados com os evangélicos (…) Lutero, com sua língua despudorada e incontrolável, deve ter enlouquecido ou ser inspirado por algum espírito maligno”.

[Passemos agora para o] pensamento e a obra de outros pais da Reforma. Calvino também não foi um exemplo de caridade, como vemos em [sua Carta ao Duque de Somerset, protetor da Inglaterra durante a minoridade de Eduardo VI]:

“Pessoas que persistem nas superstições do anticristo romano (…) devem ser reprimidas pela espada [que lhe foi confiada]“.

Em 1547, James Gruet se atreveu a publicar uma nota criticando Calvino e foi preso, torturado no potro duas vezes por dia durante um mês e, finalmente, sentenciado à morte por blasfêmia; seus pés foram pregados a uma estaca e sua cabeça foi cortada.

“A Reforma foi intolerante desde o seu berço e os seus autores são contados entre os grandes repressores da Humanidade”.

Em sua obra “Filosofia Positiva”, escreveu:

“A intolerância do Protestantismo certamente não foi menor do que a do Catolicismo e, com certeza, mais reprovável”.

A violência não foi exercida apenas contra os católicos; na verdade, os reformadores foram enormemente violentos entre eles mesmos, como percebemos nas opiniões que emitiram entre si:

- Lutero diz: “Ecolampaio, Calvino e outros hereges semelhantes possuem demônios sobre demônios, têm corações corrompidos e bocas mentirosas”.

- Por ocasião da morte de Zwínglio (1531), Lutero afirmou: “Que bom que Zwínglio morreu em campo de batalha! A que classe de triunfo e a que bem Deus conduziu os seus negócios!”, e também: “Zwínglio está morto e condenado por ser ladrão, rebelde e levar outros a seguir os seus erros”.

- Zwínglio não ficou atrás e dizia acerca de Lutero: “O demônio apoderou-se de Lutero de tal modo que até nos faz crer que o possui por completo. Quando é visto entre os seus seguidores, parece realmente que uma legião [de demônios] o possui”.

[A inquisição evangélica] suspendeu sistematicamente o Catolicismo nas áreas protestantes.

- Em Zurique, na Suiça, o comparecimento aos sermões católicos implicava em penas e castigos físicos. Mesmo fora do perímetro da cidade, era proibido aos sacerdotes celebrar a Missa e, sob a ordem de “severas penas”, era proibido ao povo possuir imagens e quadros religiosos em suas casas.

- Ainda em Zurique, a Missa foi prescrita em 1525. A isto, seguiu-se a queima dos mosteiros e a destruição em massa dos templos [católicos]. Os bispos de Constança, Basiléia, Lausana e Genebra foram obrigados a abandonar suas cidades e o território. Um observador contemporâneo, Willian Farel, escreveu: “Ao sermão de João Calvino na antiga igreja de São Pedro seguiu-se desordens em que se destruíram imagens, quadros e tesouros antigos das igrejas” (ou seja: novamente uma parte do patrimônio histórico-cultural da Europa foi destruído, desta vez por instigação direta ou indireta de João Calvino).

- Strasburgo, 1529: o Conselho da Cidade ordenou a destruição dos altares, imagens e cruzes, além das igrejas e conventos. O mesmo ocorreu em Franckfurt. Na convenção de Hamburgo, em abril de 1535, os concílios dos povos de Lubeck, Brémen, Hamburgo, Luneburgo, Stralsund, Rostock e Wismar decidiram pelo enforcamento dos anabatistas e açoitamento dos católicos e zwinglianos.

- Na Escócia, John Knox, pai do presbiterianismo, proibiu a Missa sob pena de confisco de bens e açoites públicos. Ocorrendo a reincidência, a pena capital era aplicada ao infrator.

Poderíamos continuar falando, pois há muito material a respeito, porém, cremos que bastam estes exemplos para demonstrar que a Reforma Protestante não foi pacifista, nem foram os reformadores vítimas inocentes. A intolerância e a violência foram parte integrante de suas vidas. (…)

Os irmãos Comparet, em 1555, foram acusados de libertinagem e executados e esquartejados; seus restos mortais foram exibidos em diferentes partes de Genebra.

Melanchton, o teólogo da Reforma [luterana], aceitou ser o presidente da inquisição protestante que perseguiu os anabatistas. Como justificativa, disse: “Por que precisamos ter mais piedade com essas pessoas do que Deus?”, convencido de que os anabatistas arderiam [no fogo] do inferno…

A inquisição luterana foi implantada com sede na Saxônia, com Melanchton como presidente. No final de 1530, apresentou um documento em que defendia o direito de repressão à espada contra os anabatistas; e Lutero acrescentou de próprio punho uma nota em que dizia: “Isto é de meu agrado”.

Zwínglio, em 1525, começou a perseguir os anabatistas de Zurique. As penas iam desde o afogamento no lago ou em rios até a fogueira.

John Knox, pai do presbiteranismo, mandou queimar na fogueira cerca de 1.000 mulheres acusadas de bruxaria na Escócia.

Acerca da Reforma [Protestante], disse Rosseau:

Willibald Pirkheimer afirmou, em 1529, sobre a Reforma:

- Em 1530, em seus “Comentários ao Salmo 80″, Lutero aconselhava aos governantes que aplicassem a pena de morte a todos os hereges.

- No distrito de Thorgau (Suiça), um missionário zwingliano, liderando um bando protestante, saqueou, massacrou e destruiu o mosteiro local, inclusive a sua biblioteca e o acervo artístico-cultural.

- Erasmo [de Roterdan] ficou aterrorizado ao ver fiéis piedosos excitados por seus pregadores protestantes: “[Eles] saem da igreja como possessos [do demônio], com a ira e a raiva pintadas no rosto, como guerreiros animados por um general”. O mesmo Erasmo comenta em uma carta que escreveu para Pirkheimer: “Os ferreiros e operários arrancaram as pinturas das igrejas e lançaram insultos contra as imagens dos santos e até mesmo contra o crucifixo (…) Não restou nenhuma imagem nas igrejas nem nos mosteiros (…) Tudo o que podia ser queimado foi lançado ao fogo e o restante foi reduzido a cacos. Nada se salvou”.

Assim, o Protestantismo destruiu parte do patrimônio cultural europeu, que era protegido e aumentado pelos monges e fiéis católicos.

- Na Zurique protestante, foi ordenada a retirada de todas as imagens religiosas, relíquias e enfeites das igrejas; até mesmo os órgãos foram supressos. A catedral ficou vazia como continua até hoje. Os católicos foram proibidos de ocupar cargos públicos; a assistência à Missa era castigada com uma multa na primeira vez e com penas mais severas nas reincidências.

- Em Leifein, no dia 4 de abril de 1525, 3.000 camponeses liderados por um ex-sacerdote [católico] tomaram a cidade, saquearam a igreja, assassinaram os católicos e realizaram sacrilégios sobre o altar, profanando os sacramentos de uma forma inenarrável.

- Um fato que pareceria nunca ter ocorrido - se não tivesse sido tão bem documentado - foi o “Saque de Roma”. Até mesmo muitos católicos não sabem que tal fato aconteceu. O que foi o Saque de Roma?

O Saque de Roma foi um dos episódios mais sangrentos do Renascimento. No dia 6 de maio de 1527, os membros das legiões luteranas do exército imperial de Carlos V promoveram um levante e tomaram de assalto a cidade de Roma. Cerca de 18.000 lansquenetes foram lançadas durante semanas contra a pior das repressões, ocasionando um rio de sangue costumeiramente “esquecido” pelos historiadores, que não lhe prestam a devida atenção. Um texto veneziano [contemporâneo] afirma sobre este saque que: “o inferno não é nada quando comparado com a visão da Roma atual”. Os soldados luteranos nomearam Lutero “papa de Roma”.

Eis mais alguns fatos [desse episódio] que a história de alguns “eruditos” se omite covardemente:

- Todos os doentes do Hospital do Espírito Santo foram massacrados em seus leitos.

- Dos 55.000 habitantes de Roma, sobreviveram apenas 19.000.

- O resgate foi da ordem de 10 milhões de ducados (uma soma astronômica naquela época).

- Os palácios foram destruídos por tiros de canhões com os seus habitantes dentro.

- Os crânios dos Apóstolos São João e Santo André serviram para os jogos [esportivos] das tropas.

- O rio [Tibre] carregou centenas de cadáveres de religiosas, leigas e crianças violentadas (muitas com lanças incrustadas em seu sexo).

- As igrejas, inclusive a Basílica de São Pedro, foram convertidas em estábulos e missas profanas com prostitutas divertiam a soldadesca.

- Gregóribo afirma a respeito: “Alguns soldados embriagados colocaram ornamentos sacerdotais em um asno e obrigaram a um sacerdote a conferir-lhe a comunhão. O pobre sacerdote engoliu a forma e seus algozes o mataram mediante terríveis tormentos”.

- Conta o Pe. Mexia: “Depois disso, sem diferenciar o sagrado e o profano, toda a cidade foi roubada e saqueada, inexistindo qualquer casa ou templo que não foi roubado ou algum homem que não foi preso e solto apenas após o resgate”.

- Erasmo de Roterdan escreve sobre este episódio: “Roma não era apenas a fortaleza da religião cristã, a sustentadora dos espíritos nobres e o mais sereno refúgio das musas; era também a mãe de todos os povos. Isto porque, para muitos, Roma era a mais querida, a mais doce, a mais benfeitora do que até seus próprios países. Na verdade, o saque de Roma não foi apenas a queda desta cidade, mas também de todo o mundo”.

Ninguém fala deste horror brevemente expresso nas linhas acima. Mas basta consultar qualquer livro honesto e transparente sobre a história documentada. O mundo se cala - como se cala ainda perante o assassinato silencioso de milhares de católicos por fundamentalistas muçulmanos, hindus, sikis etc, não excluindo os [assassinatos] ocasionados pelo totalitarismo de [Fidel] Castro, o genocídio de Pol-Pot e a pérfida perseguição [das autoridades da] China.

É [realmente] elegante falar mal da Igreja de Cristo, fundada por Ele mesmo e com dois mil anos de história humana, como se apenas os católicos fossem os geradores das notícias escandalosas, algumas vezes verdadeiras, mas outras vezes simplesmente inexistentes…

Vejamos agora a opinião dos “Grandes Reformadores Protestantes” sobre o emprego da violência:

[Iniciemos, observando que] uma das bases da Reforma Protestante - a [doutrina das] indulgências - foi mal interpretada pelos reformadores ou pelo povo que não tinha formação religiosa (basta fazer um estudo sincero e imparcial).

No ano de 1518, o Santo Padre o Papa Leão X emitiu uma Bula Pontifícia em que esclarecia [a doutrina das] indulgências e o seu uso. Nesta [bula] eram rejeitados muitos dos méritos que atribuíam [às indulgências]. As indulgências NÃO perdoavam os pecados nem as culpas, mas apenas as penitências terrenas que a Igreja (não um governante secular) havia imposto. Quanto a livrar as almas do Purgatório, o poder do Papa se limitava às oraçães em que suplicava a Deus que aplicasse à alma de certo defunto o excedente dos méritos de Cristo e dos Santos (”A Reforma na Alemanha”, Will Durant).

De nada adiantou [tal bula], pois a Reforma seguiu o seu curso. A maneira de pensar dos Reformadores foi extremamente violenta e, muitas vezes, uma [verdadeira] apologia ao crime.

Com efeito, em 1520, vemos Lutero escrever em sua “Epitome”:

Os primeiros protestantes não eram distingüidos por serem os “campeões da liberdade de opinião” como querem nos fazer crer. Eles, que clamavam pela liberdade religiosa nos países católicos, em seus territórios suspendiam rapidamente a celebração da Missa e obrigavam os cidadãos, por lei, a assistir obrigatoriamente os cultos reformados; também destruíam os templos católicos e as imagens [sagradas], além de assassinarem bispos, sacerdotes e religiosos; foram muito mais radicais em seus territórios do que ocorreu nos territórios católicos.

Citaremos apenas alguns exemplos (já que [quase] todas as fontes pesquisadas apenas se referem à inquisição católica e nenhuma a [inquisição] protestante):

- Registre-se o massacre dos monges da Abadia de São Bernardo de Brémen, no séc. XVI: os monges foram assassinados ou desfolados, atirando-lhes sal na carne viva, sendo a seguir pendurados no campanário por bandos protestantes.

- Seis monges cartuxos e o bispo de Rochester, na Inglaterra protestante, foram enforcados em 1535.

- Henrique VIII mandou queimar milhares de católicos e anabatistas no séc. XVI (mas foi sua filha católica, Maria, que acabou recebendo o título de “Maria, a sanguinária”!).

- João Servet, o descobridor da circulação do sangue, foi queimado em Genebra, por ordem de Calvino (porém, é comum se recordar apenas do “caso Galileu”, o qual NÃO foi justiçado!).

- Quando Henrique VIII iniciou a perseguição protestante contra os católicos, existiam mais de 1.000 (mil) monges dominicanos na Irlanda, dos quais apenas 02 (DOIS) sobreviveram à perseguição.

- Na época da imperadora protestante Isabel, cerca de 800 (oitocentos) católicos eram assassinados por ano.

- O historiador protestante Henry Hallam afirma: “A tortura e a execução dos jesuítas no reinado de Isabel Tudor foram caracterizadas pela selvageria e o dano [físico]“.

- Um ato do Parlamento inglês decretou, em 1652, que: “Cada sacerdote romano deve ser pendurado, decapitado e esquartejado; a seguir, deve ser queimado e sua cabeça exposta em um poste em local público”.

- Na Alemanha luterana, os anabatistas eram cozidos em sacos e atirados nos rios.

- Na Escócia presbiteriana de John Fox, durante um período de seis anos, foram queimadas mais de 1.000 (mil) mulheres acusadas de feitiçaria.

- Nas cidades conquistadas pelo “Protestantismo”, os católicos tinham que abandoná-las, deixando nelas todas as suas posses ou então converter-se ao Protestantismo; se fossem descobertos celebrando a Missa, eram apenados com a morte.

É um mito a afirmação de que a prática da tortura foi uma arma católica na Inquisição. Janssen, um escritor desse período, cita uma testemunha que afirma:


APOLOGÉTICA, Fátima
. Apostolado Veritatis Splendor: A INQUISIÇÃO PROTESTANTE.
Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4690. Desde 09/04/2008.

Como a legalização do casamento gay pode afetar a sua vida?


Como a legalização do casamento gay pode afetar a sua vida?

Por Rodrigo R. Pedroso - Comissão de Defesa da República e da Democracia - OAB/SP

Muitas vezes nos perguntamos: que me importa que o casamento gay seja legalizado? Eu sou heterossexual, o que isso mudará em minha vida? No que afetará minha família? Acontece que a legalização do casamento gay não vai mudar apenas a vida dos homossexuais. A legalização do casamento gay é uma mudança nas leis e as leis não são um bem de interesse particular ou de minorias. Das leis depende o bem comum, ou seja, aquele valor que pertence a todos os membros de uma determinada sociedade. Por isso, qualquer mudança nas leis de um estado afeta, com mais ou menos intensidade, todos os indivíduos que o integram. Este vídeo, legendado em castelhano, mostra como a legalização do casamento gay pode afetar a sua vida:

http://www.youtube.com/watch?v=gyebtNU40dU

Na verdade, para que aconteçam as coisas mostradas neste vídeo, não é necessário que o casamento gay seja legalizado. Basta qualquer mudança nas leis que reconheça oficialmente o relacionamento homossexual como algo normal, bom ou valioso. Uma mudança dessas pode ocorrer, por exemplo, se for aprovado o projeto de lei PLC n. 122/2006, que pretende criminalizar a “homofobia” (neologismo com que o movimento homossexual se refere a qualquer desaprovação do homossexualismo), projeto de lei que atualmente em discussão no Senado Federal.

Médico abortista sonhou com crianças que tinha matado, se converteu ao catolicismo e luta pela vida


Médico abortista sonhou com crianças que tinha matado, se converteu ao catolicismo e luta pela vida

O diário espanhol “La Razón” reproduziu em entrevista a conversão do médico sérvio Stojan Adasevic, tido como “campeão do aborto”.

Ele praticou 48.000 abortos, às vezes 35 por dia, em 26 anos de carreira.

Adasevic foi formado na escola socialista que oprimiu a Servia durante décadas, e que é caracterizada pelo materialismo e a amoralidade.

Ele contou ter sonhado com um belo campo cheio de crianças que brincavam, mas que fugiam quando ele se aproximava.

No sonho, um frade dominicano que se identificou como São Tomás de Aquino lhe explicou: “esses são os que o Sr assassinou nos seus abortos”.

Adasevic acordou, foi ao hospital e disse que não faria mais abortos.

A represália foi imediata: perdeu a metade do ordenado, foi impedido de pisar a Universidade e a filha foi posta na rua.

Agora ele é um líder da causa provida no seu país e se dedica a estudar a doutrina de São Tomás, especialmente a respeito do início da vida.

O fato de crianças aparecerem em sonho a mulheres, médicos ou enfermeiras que fizeram abortos não é tão raro assim e tem abalador efeito.


fonte: http://revculturalfamilia.blogspot.com/2009/01/medico-abortista-sonhou-com-criancas.html

O Homem Cheio do Espírito Santo


Ser cheio do Espírito Santo é uma necessidade não somente pelo fato de que precisamos do Poder Sobrenatural para uma vida de testemunho cristão, mas também pelo fato de que os temperamentos possuem fraquezas que não podem ser superadas apenas pela força de vontade

Na visão do Senhor Deus o homem não precisa sofrer pelas ciladas que as fraquezas dos temperamentos causam. Ele preparou um meio de superar tais faltas, vencendo-as pelo Enchimento do Espírito. Um homem cheio do Espírito não conhece as fraquezas do temperamento que possui. Em lugar deles, recebe nove forças absolutamente novas e espirituais que lhe garantirão plena força. Os nove gomos do fruto do Espírito são, sem substituto, o remédio Divino e eficaz para as fraquezas dos Temperamentos.

O homem deve compreender que se não entregar o controle de sua vida (Temperamento) para o Espírito Santo, poderá viver uma vida hipócrita, com máscaras, infeliz e, sobretudo improdutiva. É de suma importância que o Espírito Santo assuma o controle da sua vida. Maravilhosos benefícios estão esperando você que deseja ser Cheio do Espírito Santo.


O Temperamento Cheio do Espírito Santo

Ser cheio do Espírito Santo, não é somente recebe o poder sobrenatural para operação de maravilhas em Nome do Senhor ou autoridade para testemunhar de modo magnífico. Ser cheio do Espírito é, sobretudo encher-se das qualidades e forças do Espírito Santo que devem demonstrar que somos de Cristo e não somente falamos em Nome dele. Ser cheio do Espírito é manifestar ao mundo as características do caráter de Cristo. Ser cheio é permitir que através de nós o mundo veja a pessoa bendita do Senhor Jesus.

1. Ser cheio do Espírito é um mandamento para todos - Efésios 5:17-21
Todos os convertidos devem ser cheios do Espírito Santo. Não é opção, é mandamento.

2. Ser cheio do Espírito não é a mesma coisa que senti-lo
Podemos sentir o Espírito Santo. Especialmente quando Ele se move na igreja. Mas sentir o Espírito Santo e ser cheio Dele são fatos separados. Sentir diz respeito à alegria de perceber, espiritualmente Sua presença e atuação. Ser cheio diz respeito a ser um instrumento humano para demonstrar ao mundo como Jesus Cristo é. Sentir é herança dos filhos. Ser cheio implica em uma atuação ao mundo e às pessoas.

Alguém deve ser considerado cheio do Espírito Santo não quando demonstra sentir a presença Dele, mas quando apresenta o fruto do Espírito em sua vida diária.

3. Ser cheio do Espírito Santo é ver em si mesmo as fraquezas do temperamento serem vencidas
Como já foi observado, a fraqueza de cada temperamento pode ser vencida pelo controle do Espírito Santo. Para cada fraqueza do Colérico o Espírito Santo tem uma maravilhosa virtude para compensar e vencer a fraqueza.
Ser cheio do Espírito é o modo maravilhoso que o Senhor Deus escolheu para imprimir em você a personalidade de Seu Filho Jesus. Nascemos do primeiro Adão e carregamos todos os seus defeitos e virtudes. Agora Deus quer que sejamos semelhantes ao segundo Adão, e espera de forma especial que tenhamos as virtudes deste segundo Adão que é Cristo.

4. Ser Cheio do Espírito Santo é manifestar o Fruto do Espírito
É pelo fruto que se conhece a árvore. Isto nos ensinou o Senhor Jesus. Se formos de Cristo então todos esperarão frutos dignos da árvore a que pertencemos.
Ser Cheio do Espírito é possuir este fruto. É não ser uma figueira seca, mas, com fruto. Fruto que demonstra a todos nossa origem.


Para Cada Fraqueza do Temperamento um Gomo do Fruto do Espírito

Para o Sr. Colérico é difícil amar ao próximo e se interessar genuinamente por ele. Pleno do Espírito, o se. Colérico receberá e cultivará a virtude do gomo especial do Fruto do Espírito que é o amor.

Para o Sr. Melancólico é difícil crer com facilidade em alguém ou em algo. Porém para este temperamento está reservado o gomo especial da fé (Fidelidade).

Para o ser. Sanguíneo é extremamente difícil manter-se disciplinado e ordeiro. Para ele está reservado o gomo especial do Domínio Próprio.

Para o Sr. Fleumático que se sente ressentido e infeliz na maioria do tempo, lhe está guardado o presente especial do gomo da Alegria.

Para cada fraqueza do temperamento há um gomo especial do Fruto do Espírito.

Deixando o Espírito Santo Encher Sua Vida

Deixe o Espírito Santo enche-lo neste momento tão especial.
Para que isto aconteça observe atentamente o caminho que a Santa Palavra de Deus oferece para que sejamos plenos do Espírito Santo, conforme Efésios 5:17-21.

1. Não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão...
O uso do vinho indica um entenebrecimento do entendimento. Um embotamento do sentido. Uma obstrução do pensamento e da vontade.
O homem de Deus, não deve se envolver com nada que lhe cause o mesmo efeito. E não deve-se permitir a embriagar-se com nada que lhe tire os propósitos Divinos em sua vida.

2. Falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais...
Mais uma vez nos fica claro a importância de uma atitude de louvor. Deus escolheu o louvor como modo de ser Cheio do Espírito. Isto não é maravilhoso? Não é bom? Está ao alcance de todos. Todos podem louvar a Deus em seus corações e assim ser Cheio do Espírito Santo.

3. Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai...
Um coração grato está mais perto de ser Cheio do Espírito do que um coração murmurante.

4. Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.
Estar sujeito aos irmãos e irmãs dentro da Igreja de Cristo é surpreendentemente um meio de ser Cheio do Espírito Santo.


Três Atitudes que o você deve Prestar Atenção para ser Cheio do Espírito Santo

1. A Vontade do homem de Deus, deve ser vencida por Deus

A sua vontade deve ser vencida pelo Senhor. Você deve pedir ao Senhor para quebrar sua vontade. A vontade humana deve estar completamente disposta a submeter-se ao propósito do Senhor. Caso contrário, o vaso não será cheio. Eis o combate espiritual!

2. A Necessidade de um quebrantamento

Um coração quebrantado não será rejeitado quando pedir algo ao Senhor

3. Uma Decisão determinada

Quem deseja ser Cheio do Espírito Santo deve estar consciente que haverá oposição espiritual constante. Há necessidade de decisão firme, determinada e sem volta. Certamente o Senhor ajudará e concederá o Enchimento do Espírito Santo ao que pede.

A mais antiga Oração Mariana


É bem verdade que a Igreja sempre ouviu da boca dos Padres da Igreja (os Homens enviados por Deus a Igreja que colaboraram na fundamentação da fé apostólica) mensões à Virgem Maria em suas pregações sobre a encarnação do verbo, ou até mesmo de forma apologética como Faz São Jerônimo, o Tradutor das Sagradas escrituras do grego para o Latim Vulgar (a língua falada pelo povo); porém sempre nos perguntamos quando a Igreja começa a Devoção a Nossa Senhora.

O que podemos encontrar como Resposta é o Sempre, pois admiração causada por Jesus, faz as pessoas imaginarem o quão Feliz é a Mulher que trouxe em seu Seio o Autor da Vida. Podemos ver isto na Saudação do próprio anjo ao Proclamá-la Cheia de Graça (cf. Lc 1, 28); seja pela Saudação de Santa Isabel, mãe do profeta-apóstolo João Batista:

"E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.

Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?

Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.

Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!”(São Lucas 1, 42-45).

Certo dia estando o Senhor a anunciar a Boa Nova, uma mulher no meio da multidão, Feliz por acolher a palavra de Deus se Expressa:

"Enquanto ele assim falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram"! (São Lucas 11,27).

Estas são as evidencias Escriturísticas da admiração que Nossa Senhora Causava entre os cristãos ainda na Plenitude dos tempos. E Muito embora esta ainda não seja uma Obra Apologética, me é irresistível dizer a Verdade. No versículo que sucede ao supracitado o Senhor Replica a mulher dizendo:

"Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam" (São Lucas 11, 28).

Muitos dos que protestam contra os Cânones imutáveis da verdade que a igreja católica contém, como nos diz santo Irineu, usam disto para dizer que Jesus proíbe a mulher de venerar nossa Senhora, mas na verdade Ele não Faz isto pelo contrário, ele dá a ela o foco correto das coisas e mostra que a Bem Aventurança maior é Cumprir a Palavra de Deus, observar os mandamentos e as prescrições nela contida.

Vejamos bem, portanto se se fundamenta esta argumentação retórica e a Refutemos com todo o vigor da Verdade:

O senhor diz "Antes bem aventurados"; ou seja, não diz que Sua Santa Mãe não é bem aventurada, em nenhum momento diz isto, mas diz que "bem aventurados antes aqueles que ouvem a palavra de Deus a observam" (Lc 11,28). O Senhor muda o Foco, e Diz que todos seremos felizes se cumprirmos a Palavra de Deus. E se nós Cristãos temos as Escrituras como Fundamento da Fé, devemos ser atento a esta palavra e meditemos em São Lucas 1:

"

28.

Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.

29.

Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação".

Vejamos que um Anjo, Mensageiro, é enviado por Deus a Maria para lhe anunciar a Plenitude dos tempos, ela recebe deste Anjo a Mensagem mais importante de todas as Escrituras, nenhum Profeta ou justo jamais recebera uma mensagem tão importante quanto esta, a Encarnação do Verbo. Vejamos também que ele Anuncia a Plenitude dos tempos das Escrituras e ela medita no Significado "destas palavras" de Deus por meio de seu Anjo.

Depois de Receber a anunciação da Encarnação do Verbo em seu ventre, Maria assim diz ao Anjo:

"

38.

Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. “E o anjo afastou-se dela”.

Se Jesus mesmo disse Antes Bem Aventurados os que ouvem a palavra de Deus e as Observam, que diremos pois de Maria que Diz ao Anjo Gabriel: “Cumpra-se em mim segundo a tua palavra", ela não disse simplesmente vou cumprir as palavras de Deus, não ela Diz Cumpra-se em mim, isto quer Dizer que é o Próprio Deus quem Cumpre nela todo o anuncio profético. E se Deus mesmo cumpre nela a Sua Palavra quanto mais Santa é Ela. Pois se quem ouve a palavra e a observa é Santo, Mais Santa é quem Deus Santificou nela o Próprio Verbo, a perfeição da Palavra.

"

E Por isto mesmo vemos na Pregação dos Padres da Sagrada Tradição que "Maria é mais Santa por ouvir e cumprir a Palavra de Deus do que por Ser Mãe de Jesus, e o próprio Cristo confirma-nos isto em Lc 1,28.

Além, pois que encontrarmos a Oração da Ave Maria no próprio evangelho, sabemos que orações a Santa Mãe de Deus e Coisa a muito antiga e a Mais antiga de todas as orações a ela é esta:

(Autoria Desconhecida, Sec. III)

Sob a tua misericórdia nos refugiamos, Mãe de Deus!

Não deixes de considerar as nossas suplicassem nossas dificuldades.

Mas livra-nos do perigo, única casta e bendita!

* * *

Fonte: Revista Pergunte e Responderemos (http://www.veritatis.com.br/pr/index.htm) Tradução: Estêvão Tavares Bettencourt.

E muitos afrescos nas catacumbas dos cristãos de Roma mostram esta devoção à santa mãe de Deus como pura e legítima, pois em nada defere a Glória de Deus, pelo contrário nos faz sentir mais próximo, pois se Cristo é o Novo Adão, Maria é a Nova Eva.

Sabemos que em ninguém mais se cumpriu a palavra como em Nossa Senhora, por isso unidos ao Concílio de Éfeso digamos: Santa Mãe de Deus, Rogai por nós, pois és Toda Santa.


Rodolfo Soares Barbosa

http://ministeriodeusprovera.blogspot.com/