segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

América, o continente mais perigoso para os missionários

37 testemunhas no Evangelho foram assassinadas no mundo em 2009

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 6 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).- No ano passado foram assassinadas no mundo 37 testemunhas do Evangelho, segundo noticiou a agência Fides. A maior parte dos homicídios aconteceu na América.

A agência subordinada à Congregação vaticana para a Evangelização dos Povos destaca que se tratou do número mais elevado da última década.

Foram mortos 30 sacerdotes, três religiosas, dois seminaristas e três evangelizadores laicos de diferentes nacionalidades.

Nesse ano, o continente mais violento foi a América, “banhada pelo sangue de 23 agentes evangelizadores (18 sacerdotes, dois seminaristas, um religioso e dois leigos)”, assassinados no Brasil, na Colômbia, no México, em El Savador, nos Estados Unidos, na Guatemala e em Honduras, explica Fides.

Entre os seis sacerdotes assassinados no Brasil, país com o maior número de vítimas missionárias, encontra-se o espanhol Ramiro Ludeña, que trabalhou 34 anos a favor de crianças e meninos de rua. Ele perdeu a vida nas mãos de um jovem de 15 anos em uma tentativa de roubo.

O presbítero e missionário italiano Ruggero Ruvoletto foi assassinado em uma paróquia, na qual furtaram 50 reais.

O padre Evaldo Martiol foi assassinado por dois jovens durante um roubo que acabou em homicídio.

“Seu método de evangelização era a benevolência”, afirmou o bispo durante o funeral do padre Gisley Azevedo Gomes, assessor da seção de juventude da Conferência de Bispos Católicos do Brasil, assassinado por vários jovens, durante um assalto.

Na Colômbia, em 2009, foram assassinados cinco sacerdotes e um leigo, se tornando, assim, o segundo país com o maior índice de vítimas missionárias. Todos os presbíteros foram vítimas de roubos que terminaram em tragédia.

No México, foram assassinados no último ano um sacerdote e dois seminaristas, quando iam a uma reunião da pastoral vocacional, de carro. Os assassinos obrigaram-lhes a sair do carro e dispararam com armas de fogo.

Uma particular comoção despertou-se no universo católico com a morte, em Cuba, de dois sacerdotes espanhóis: Eduardo de la Fuente Serrano, assassinado em uma rua na periferia de Habana, e Mariano Arroyo Merino, morto em sua paróquia. Seu corpo foi amarrado, amordaçado e parcialmente queimado.

Duas das vítimas faleceram em El Salvador. Ainda uma religiosa foi assassinada no continente. Marguerite Bartz, das Irmãs do Santíssimo Sacramento, morta em seu convento situado em Saint Berard, na zona indígena de Navajo, no Novo México (Estados Unidos). Era conhecida pela sua paixão ao promover a paz e a justiça.

Nos Estados Unidos também foi assassinado o padre Ed Hinds, sacerdote da Igreja de São Patrício, em Chatham, Nova Jersey, cujo corpo sem vida apareceu na casa paroquial, coberto de golpes e feridas de arma branca.

Na Guatemala, o padre Lorenzo Rosebaugh, dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, também encontrou a morte. Foi vítima de um assalto por dois homens armados em uma estrada rural.

Por último, perdeu a vida em uma província oriental da Guatemala o sacerdote capuchinho guatemalteco Miguel Angel Hernandez, sequestrado dias antes.

O outro continente onde mais vidas de evangelizadores tiveram um triste fim foi o africano: nove sacerdotes, um religioso e um leigo; seguido do asiático, com dois sacerdotes assassinados, e do europeu, com uma vítima na França.

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