quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Jejum: crescimento espiritual sem esquecer a saúde física

Somos convidados para que, na próxima sexta-feira (1º), coloquemos a prática espiritual do jejum em evidência, em intenção pelas eleições nacionais que ocorrerão no domingo.

O jejum pode ser uma grande ferramenta de elevação espiritual. Mas nós sabemos como fazer um jejum sem que ele prejudique a nossa saúde física?

Veja algumas dicas de como praticá-lo de uma maneira correta, para que os seus fins sejam obtidos. O texto foi extraído do subsídio da campanha de jejum e Lectio Divina do projeto Amigos de Deus.

É indispensável lembrar que o jejum é sempre acompanhado de oração e o seu fim primeiro deve ser a conversão tanto individual quanto da comunidade.

TIPOS DE JEJUM
1. Jejum da Igreja: pode ser praticado por toda igreja, inclusive doentes e idosos, pois se baseia em 03 refeições - café da manhã, uma refeição completa e um lanche. Neste jejum são evitadas balas, doces, chocolates, biscoitos, refrigerantes, bebidas alcoólicas e os cafezinhos.
2. Jejum a Pão e Água: consiste em comer pão quando se tem fome e beber água quando se tem sede e nunca comer pão e beber água ao mesmo tempo, porque esta mistura geralmente gera dores de cabeça.
3. Jejum a base de líquidos: neste tipo de jejum a alimentação é líquida. Exemplo: sucos de frutas e de legumes (não é vitamina),chá, água de coco, soro caseiro, caldo (não é canja, nem sopa).
4. Jejum Completo: é indicado para aqueles que através de treino e disciplina já passaram pelos outros tipos. A pessoa deve ingerir apenas água, ou seja, não pode comer/beber nenhum tipo de alimento sólido ou líquido. O fundamental é ingerir água várias vezes ao dia.
Importante: nenhum jejum exclui o café da manhã, este deve ser tomado como de costume, se você não possui este hábito um copo de água morna pela manhã é o bastante para evitar dores de estômago, irritabilidade e dor de cabeça.

ESCLARECIMENTO
Deixar de consumir doces, sorvete, bebida alcoólica, chocolate ou ainda deixar de ver televisão não caracterizam jejum. Quando a pessoa se priva voluntariamente de alguma coisa, oferecendo essa prática como sacrifício está se mortificando. As mortificações são práticas válidas e agradam ao Senhor, além de proporcionarem a autodisciplina e o autodomínio. “Ai de vós, doutores da lei, que tomastes a chave da ciência, e vós mesmos não entrastes e impedistes aos que vinham para entrar.” (Lc 11,52)

ADVERTÊNCIAS
1. Algumas pessoas não podem, de forma alguma, praticar o jejum, por razões de natureza física. Irmãos e irmãs que tenham doenças como o diabetes, pressão arterial alterada, doenças cardíacas, úlceras, câncer, hemopatias, doenças pulmonares ativas, gota, doenças do fígado e dos rins, infarto recente, doenças cerebrais, gravidez ou idade avançada sem a prática constante do jejum durante a vida. Em suma: Não devemos jejuar sem a aprovação médica ou sob tratamento médico.
2. A volta da alimentação normal, depois de jejuarmos, deve ser feita através de pequenas porções de alimento. Após jejuns médios e longos, é aconselhável:
- Não adicionar sal aos alimentos, pois o paladar será mais sensível, preferindo alimentos simples, integrais e naturais;
- Continuar a beber muita água – um litro ou mais por dia;
- Comer devagar utilizando a mastigação por mais tempo.
3. O jejum não é uma forma de “pressionar” Deus, nem de obrigá-lo a nos abençoar.

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