A Folha de São Paulo traz de ontemtraz uma declaração muito feliz de D. Eduardo Benes, Arcebispo de Sorocaba:
“Não é o padre que vira pedófilo, é o pedófilo que vira padre.”
Bingo! É exatamente isso que muita gente não consegue – ou não quer? – entender. O Problema dos escândalos sexuais na Igreja não é conseqüência do celibato eclesiástico, ou da reserva da Ordenação Sagrada aos homens.
O problema dos escândalos se encontra no fato de que esses homens que chegaram ao sacerdócio estão altamente impregnados pela cultura sexual permissiva na qual vivemos. São os filhos da revolução sexual!
Admira-nos que, os mesmos que tentam romper com as “pesadas cadeias morais que o ocidente católico impôs à sociedade”, que engrossam nossas avenidas públicas com gritos de “viva a diferença!” – e querem calar as vozes preconceituosas contrárias -, são os que rasgam as vestes, escandalizados diante dos frutos de um comportamento canonizado por eles.
Não foi o sacerdócio, nem a moral da Igreja que corrompeu esses homens. Se fossem coerentes com o que Sua Mãe, a Igreja, lhes ensina e exige, jamais cometeriam tais atos repugnantes.
Devemos redobrar, sim, a atenção com respeito à seleção e formação dos candidatos às Sagradas Ordens, para que ninguém as receba sem o mínimo de condição exigida pelo Magistério. E devemos redobrar a nossa vigilância pessoal, pois – como afirma o Doutor de Hipona – “Não há pecado nem crime cometido por outro homem que eu não seja capaz de cometer por razão de minha fragilidade, e se ainda não o cometi, é porque Deus, em sua misericórdia, não o permitiu e me preservou no bem.” (Santo Agostinho, Confissões 2,7).
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