domingo, 23 de maio de 2010

Deus me ama muito! Sempre!



Ouça: Diácono canta "Por que não vens a mim?"

Eu, todas as vezes que vou pregar, conto a mesma história, porque é verdadeira. É a história de um menino que quando tinha 12 anos de idade teve uma hemorragia interna e foi internado em uma cidadezinha. Os médicos diziam: "O que vamos fazer com ele" Então o medico-chefe disse: "Nós não temos condições de operá-lo aqui, ele vai morrer na mesa de operação. Vamos mandar ele para o hospital do Estado, no Rio de Janeiro". E chegando lá começou o sofrimento daquele menino.

Lá ele passou três natais seguidos e reveillon’s. Ele raramente recebia visitas, porque era de uma família muito pobre. Todos os dias, às quatro horas, ele tomava banho e ficava lá esperando: quem sabe se alguém que tivesse vindo para visitar o outro quarto, o viesse visitar também.

Mas quando davam seis horas da tarde, ele ouvia a música da Ave Maria e nem sabia quem era Schubert. Ali ele chorava no cantinho de saudade da família, da irmãzinha que ele nem conhecia direito. Mas o seu choro não era aquele choro de desespero, era um choro que parecia que tinha alguém do lado dele – e foi assim todo o tempo no hospital.

Depois de quatro meses, o médico o liberou para ele voltar para casa e ele fez uma promessa de ir à missa por uma semana. Mas ele era daqueles light’s, daqueles católicos que não era católico, mas caótico. Mas Deus ouviu a oração dele. E quando ele chegou em casa, todos ficaram alegres, até a sua paquera o foi visitar. Foi aquela festa.

Mas, quando chegou seis e meia, o sino bateu e ele lembrou da promessa. Ele falou para a mãe: "Mãe, eu vou para a missa". E ele foi todos os dias. No penúltimo dia, alguém o convidou para participar do grupo de jovens. E como era o penúltimo dia mesmo ele aceitou.

Quando ele chegou lá, tinha uma moça que cantava, chamada "Vandinha". Ela ia falando estas palavras: "Deus nunca abandona a gente, Deus nunca te abandonou. Ele sempre está com a gente, na hora da alegria e na hora do sofrimento. E onde Ele está, está também a sua Mãe". E aquela jovem foi falando e parecia que ela estava falando a "Ave Maria", aquela música que ele ouvia lá no hospital. (Isaías 41,10)

Ouça: Diác. Nelsinho se emociona ao contar sua história


E a voz dela proclamava esta verdade. Aquele menino entendeu o porquê ele chorava no hospital, quando ele sentia uma força e não entendia; sentimentos os quais ele não sabia dar nomes. E foi aí que ele entendeu tudo.

É tão bom experimentar Deus e sua Mãe. Eu já falei isso para Ele, que eu conheci a Mãe d’Ele primeiro e foi Ela quem me mostrou Jesus.

E foi assim, gente, com quinze anos, lá em Areias (SP). Eugênio Jorge não tinha; Celina Borges, não tinha; Canção Nova, também. Não existia uma banda maravilhosa, existia só uma banda: o padre Jonas com um violão. Ele cantava sozinho, animava, rezava. Eu me lembro que ele chegou e disse assim: "Eu fiz uma música que eu quero ensinar para vocês".

Eu estou falando de 1975. Não tinha Canção Nova, mas eu tinha uma semente: o padre Jonas ali na minha frente. Eu que era um jovem tão machucado fisicamente, na minha família e afundado no vício da masturbação; tão machucado, que eu tinha dúvida se eu poderia ser pai.

Mas para Deus tudo é possível. E, nesta manhã, quando eu rezava o Senhor me mostrava que aqui há tantas pessoas que estão machucadas. Talvez você seja como eu: aquele menino assustado, com medo, com vergonha, fedendo a urina. Talvez você, pai de família, assustado, machucado; talvez, menina, você machucada por ter se entregado em uma relação errada com o seu namorado.

Eu estou com o padre Jonas há muitos anos. Ele é um homem que não desanima diante dos seus pecados, que recomeça sempre, que não desiste da sua Igreja.

E, hoje, você está aqui, e talvez você esteja pensando naqueles pecados que você cometeu hoje, ontem, alguém de quem você falou mal. Mas saiba que Deus te ama, assim como está palavra de Isaías.

E saiba: Deus te viu, lá do fim do mundo da sua cidade. Deus te escolheu, te chamou. Deus está curando você, jovem, que foi rejeitado, que se machucou no seu relacionamento mal terminado. Deus te cura agora, porque Ele te ama. Ele está curando o seu coração agora. Você está sendo curado e vai amar e ser amado de novo.
Deus viu o seu sofrimento, que só buscava o carinho de pai e de mãe nos seus relacionamentos.

Eu tive um encontro com Deus na hora da dor, como diz aquele ditado: "quem não vai por amor, vai pela dor". Eu fui pela dor.

Então, aos meus quinze anos, conheci uma garota linda, mas eu estava firme na Igreja e ela não. Todas as vezes que eu voltava da Igreja, ela estava chorando e me dizia: "Você não me ama mais, você só ama essas suas reuniões". Então, eu comecei a abandonar a Deus, mas, logo depois, eu comecei a sentir uma dor na cabeça. E esta dor tinha um nome, era "chifre". E é assim quando a gente se afasta de Deus. A gente se expõe ao ridículo. E eu chorava.

Você tem que ser testemunho para este mundo. E cada música que você ouvir, vai perceber que é Deus dizendo: "Eu te amo". E este amor já está dentro de você: o Espírito Santo.


Transcrição: Célia Grego
Fotos: Lucilene Silva


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(12) 3186-2600

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Diácono Nelsinho Corrêa
Comunidade Canção Nova

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