segunda-feira, 27 de junho de 2011

Marcha COM Jesus = CORPUS CHRIST

Por Marcos Paulo Teixeira

Hoje a única Igreja criada, planejada e sonhada por Cristo celebra o corpo do Senhor. Neste dia a Igreja sai em procissão com Jesus na Eucaristia, reafirmando a sua fé bimilenar na presença real de Cristo na hóstia consagrada.

Nesse mesmo dia, uma multidão de várias “igrejas” cristãs diferentes, saem às ruas numa “Marcha PRA Jesus”, mas diga-se de passagem: sem Jesus presente em seu corpo e sangue!

Ao assistir a reportagem do jornal Hoje e ver a repórter dizer que a Eucaristia simboliza o corpo de Cristo, me motivou a escrever esse texto.

Será mesmo que a Eucaristia é o corpo de Cristo? Ou apenas é um símbolo de Cristo, como fazem os protestantes nos seus cultos?

Pois bem...

As Sagradas Escrituras, nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e na primeira carta aos Coríntios, narram a última ceia e a instituição da Eucaristia. São quatro narrações equivalentes, onde não se usa metáfora e nem parábola. Vejamos:

“Eu recebi do Senhor o que vos transmitir: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim.” Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim.” (ICor 11,23-25)

Veja que Cristo falou ISTO É, e não “isto representa” o meu corpo, e pede para que os apóstolos repitam esse gesto. E a Igreja primitiva atendeu esse pedido de Jesus: “Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações.” (At 2,42).

Veja meus amigos, como a Igreja deve perseverar:

1 –Na doutrina dos apóstolos - Posso eu fundar uma igreja e criar minhas próprias doutrinas?

2 – Nas reuniões em comum – Posso eu alegar que as diferentes igrejas cristãs são na verdade uma só Igreja de Cristo, já que teologicamente elas diferem entre si?

3 – NA FRAÇÃO DO PÃO – A Igreja vive da Eucaristia! Não se pode só falar de Jesus, é precisar experimentar o corpo do Senhor (PÃO). Ele mesmo falou isso, veja: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.”(Jo 6,51). Quer mais clareza que essa? Então veja Jesus repetir:

“A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: “Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne?” Então Jesus lhes disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos.” (Jo 6,52-53).

Realmente é difícil compreender como um pedaço de pão se tornará corpo e um pouco de vinho se tornará sangue, mas existe algo impossível para Cristo? Claro que não!

Então ele insiste:

“Quem como a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida.” (Jo 6,55).

ATENÇÃO PROTESTANTES, essas são palavras de Jesus: “Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente.” (Jo 6,58).

Você deve até estar se perguntando: E quem não come deste pão? Pois é.. eu não sei! Só sei que Jesus falou que aquele que come este pão viverá eternamente.

E por último: 4 – Viver uma vida de oração! Não só a pessoal, mas as orações da comunidade, isto é, a liturgia.

Bom, agora vamos aprofundar o assunto.

1) Jesus é o cumprimento das promessas feitas no antigo testamento.

Na ceia dos judeus, se comia um cordeiro imolado para lembrar a saída do Egito e clamar a entrada no novo reino, o messiânico. Para nós católicos, Jesus é o cordeiro imaculado: “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum...” (1Pd1,18-19)

É ele que tira o pecado do mundo e a nossa verdadeira páscoa: “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.”(I Cor 5,7).

Essa é a nossa certeza, ele é o nosso cordeiro. Comemos o corpo do Senhor na certeza da real presença dele na hóstia, assim como ele mesmo falou.

Jesus se entregou como vítima de expiação dos nossos pecados, como sinal da nova Aliança. Se não houvesse verdadeira presença de cristo no pão, não haveria verdadeiro sacrifício!

ATENÇÃO: A palavra “anámnesis”, que quer dizer memória, usada por Cristo ao dizer fazei isso em memória de mim, não significa recordação psicológica. Esse termo deve ser aplicado com o mesmo sentido com que os judeus davam ao memorial da Páscoa. Para o Judeus a páscoa não era uma data que relembrava o acontecido, mas que atualizava o ato salvífico de Deus. Também os apóstolos entendiam a celebração eucarística dessa mesma maneira. Não é um relembrar, mas um viver e experimentar a mesma paixão e única paixão de Cristo.

A Eucaristia faz a Igreja ser unidada: “Embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos de um único pão” (I Cor 10,17).

Nesse entendimento, a Igreja Católica sempre celebrou a partilha do pão, ou seja, a ação de graça = EUCARISTIA. É ação de graça porque o Espírito impregna o pão que o faz transubstanciar-se no corpo de Cristo. Esse sempre foi a essência da Igreja de Cristo: “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para partir o pão...” (At 20,7).

Vários milagres, cientificamente provados, comprovam a transformação real do pão no corpo divino de Jesus, basta procurar na internet para encontrar as fotos.

Portanto, neste dia afirmamos a fé recebida dos apóstolos: NA EUCARISTIA ESTÁ VERDADEIRAMENTE PRESENTE O CORPO, SANGUE, ALMA E DIVINDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!


http://marcospauloteixeira.wordpress.com/

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