Fonte: Pergunte e Responderemos
Autor: D. Estevão Bettencourt
Transmissão: Rogério SacroSancttus
Não é conveniente adotar cânticos protestantes em celebrações católicas pelas razões seguintes:
1) Lex orandi lex credendi (Nós = oramos de acordo com aquilo que cremos). Isto quer dizer: existe grande afinidade entre as fórmulas de fé e as fórmulas de oração; a fé se exprime na oração; diziam os escritores cristãos dos primeiros séculos. No século IV, por ocasião da controvérsia ariana (que debatia a Divindade do Filho), os hereges queriam incutir o arianismo através de hinos religiosos, ao que S. Ambrósio se opôs os hinos ambrosianos.
Mais ainda: nos séculos XVII-XIX o Galicanismo propugnava a existência de Igrejas nacionais subordinadas não ao Papa, mas ao monarca. Em conseqüência foi criado o calendário galicano, no qual estava inserida a festa de São Napoleão, que podia ser entendido como um mártir da Igreja antiga ou como sendo o Imperador Napoleão .
Pois bem, os protestantes têm seus cantos religiosos através de cuja letra se exprime a fé protestante. O católico que utiliza esses cânticos, não pode deixar de assimilar aos poucos a mentalidade protestante; esta é, em certos casos, mais subjetiva e sentimental do que a católica.
2) Os cantos protestantes ignoram verdades centrais do Cristianismo: a Eucaristia, a Comunhão dos Santos, a Igreja Mãe e Mestra... esses temas não podem faltar numa autêntica espiritualidade cristã.
3) Deve-se estimular a produção de cânticos católicos com base na doutrina da fé.
Estevão Bettencourt O.S.B.
Data Publicação: 05/03/2007
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” D. Estevão Bettencourt, osb.
Nº 516, Ano 2005, Página 288.
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