Por Marcos Paulo Teixeira
“Há sessenta rainhas‚ oitenta concubinas‚ e inumeráveis jovens mulheres; uma porém‚ é a minha pomba‚ uma só a minha perfeita; ela é a única de sua mãe‚ a predileta daquela que a deu à luz. Ao vê-la‚ as donzelas proclmam-na bem aventurada‚ rainhas e concubinas a louvam. Quem é essa que surge como a aurora‚ bela como a lua‚ brilhante como o sol‚ temível como um exército em ordem de batalha?” (Cant 6‚ 8-10)
Quem será esta mulher escolhida entre as prediletas? Quem será essa mulher que é a perfeita e proclamada bem aventurada entre as concubinas e rainhas? Quem é essa mulher que é mais bela que o luzeiro da noite e que brilha comparada ao sol?
Quem é essa mulher que‚ além de bela como a lua‚ é temível como um exército preparado para um ataque?
Logo após o pecado dos primeiros pais‚ Deus se dirigiu à serpente e disse: “Porei ódio entre ti e a mulher‚ entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça‚ e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn 3‚ 15).
Inicialmente‚ o ódia está entre a serpente e a mulher. Se com EVA a serpente saiu vitoriosa‚ por outra mulher‚ AVE (cf Lc 1‚28)‚ a serpente sairá ferida. O ódio também será derramado sobre a descendência dessa mulher‚ mas a mulher e sua descendência conseguirá ferir a cabeça da serpente‚ em troca apenas de uma ferida no calcanhar. Cristo é o principal personagem dessa descendência‚ logo essa mulher só pode ser Maria. A descendência dessa mulher são aqueles que nasceram pelo sangue do cordeiro‚ ou seja‚ o Batismo. Logo‚ a descendència dessa mulher é a Igreja Católica. A serpente ganha dois principais oponentes‚ a Igreja e sua mãe‚ Maria. É uma batalha que começou no gêneses e vai até o apocalipse.
Vejamos:
“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida de sol‚ a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.” (Ap 12‚ 1)
Neste momento aparece a mulher para enfrentar o dragão. Dessa vez não está apenas a brilhar como o sol‚ mas revestida dele. A lua agora não é comparada a sua beleza‚ mas agora está debaixo dos seus pés e trazendo na sua cabeça uma coroa de doze estrelas. Essa coroa com doze estrelas são os doze apóstolos. Numa única figura‚ São João mostra que quem está chegando é a MULHER e sua descendência: Maria e a Igreja Católica. Ela não é inseparável de sua descendência. É uma mãe que anda sempre ao lado de seus filhos.
“Estava grávida e gritava de dores‚ sentido as angústias de dar à luz. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho‚ com sete cabeças e dez chifres‚ e nas cabeças sete coroas. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu‚ e as atirou à terra. Esse dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz‚ a fim de que‚ quando ela desse à luz‚ lhe devorasse o filho.” (Ap 12‚ 3-4).
O dragão estava a enfrentar uma mulher grávida prestes a dar a luz. Diante da fúria do dragão que conseguia varrer uma parte das estrelas do ceu‚ se deteve diante da mulher. O dragão não prosseguia com a sua destruição diante da mulher que estava para dar a luz a um filho. O dragão esperava devorar-lhe. Maria é a Mulher que estava com Jesus em seu ventre e a Igreja gritava de dores de parto pelo nascimento de novos cristãos. Entende-se aqui o interesse do dragão de devorar os filhos da Igreja. Entende-se aqui a busca desenfreada do dragão de devorar os padres‚ os bispos e o Papa. O dragão que varrias as estrelas do céu‚ descidiu esperar para devorar a descendência da mulher‚ a Igreja.
“Ela deu à luz um Filho‚ um menino‚ aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. A Mulher fugiu então para o deserto‚ onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias. (Ap 12‚ 5-6)
O menino foi levado para Deus. Depois da Ressurreição‚ Jesus subiu ao Pai. A Mulher figiu para o deserto preparado por Deus. Esse deserto é a história da Igreja‚ que vive separada do mundo‚ mas manifestando o seu testemunho nesse mesmo mundo.
“Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travavam combate‚ mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi então precipitado o grande Dragão‚ a primitiva Serpente‚ chamado Demônio e Satanás‚ o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra‚ e com ele os seus anjos. (Ap 12‚ 7-9). Agora o inimigo da Mulher foi despejado para a Terra. E é nela que continuará a grande batalha.
Veja essa advertência: “Por isso alegrai-vos‚ ó céus‚ e todos que aí habitais. Mas‚ ó terra e mar‚ cuidado! Porque o Demônio desceu para vós‚ cheio de grande ira‚ sabendo que pouco tempo lhe resta.”(Ap 12‚ 12). A serpente vem com grande ira‚ mas encontrará aqui a Mulher‚ pronta para a guerra.
“O Dragão‚ vendo que fora precipitado na terra‚ perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. Mas à Mulher foram dadas duas asas de grande águia‚ a fim de voar para o deserto‚ para o lugar de seu retiro‚ onde é alimentada por um tempo‚ onde é alimentada por um tempo‚ dois tempos e a metade de um tempo‚ fora do alcance da cabeça da Serpente.” (Ap 12‚ 13-14). Vejam que onde está a Mulher‚ a cabeça da serpente não consegue chegar. Aqueles que estão perto da Mulher estão fora do alcance do demônio. Aqueles que se aproximam de Maria‚ a serpente não o alcança. Aqueles que estão longe de Maria torna-se uma presa fácil para a serpente.
Sabendo que não tinha como chegar a Mulher a serpente procurou outros métodos: “A Serpente vomitou contra a Mulher um rio de água‚ para fazê-la submergir. A terra‚ porém‚ acudiu a Mulher‚ abrindo a boca para engolir o rio que o Dragão vomitara. Este‚ então‚ se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência‚ aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. E ele se estabeleceu na praia. (Ap 12‚ 15-18)
Como a serpente não tinha condições de destruir a mulher‚ vomitou um rio de água para fazê-la submergir. Entende-se todas as calúnias contra Nossa Senhora‚ todos os livros‚ todas as doutrinas possíveis e imaginárias criadas para fazer‚ de alguma forma‚ a Mulher submergir. A serperte vendo que a Mulher não era afetada pelas suas tentativas resolveu fazer guerra ao resto de sua descendência‚ a Igreja Católica. Entende-se aqui ódio que a Igreja Católica causa nos mais variados setores da sociedade. Veja que essa visão de São João‚ termina dizendo que a serpente se estabeleceu na praia‚ esperando que alguém saia de perto da Mulher‚ para poder devorá-lo.
Agora se torna compreensível o porquê de Jesus se referir a Maria como “MULHER” em algumas situações‚ era para mostrar que a Mulher que vence a serpente é a sua mãe.
Aqueles que a Mulher revestida de sol estiver guardando‚ jamais a serpente conseguirá se aproximar.
Quem é essa que surge como a aurora‚ bela como a lua‚ brilhante como o sol‚ temível como um exército em ordem de batalha?” (Cant 6‚ 8-10)
É MARIA, A RAINHA DOS CÉUS!
Fica sempre conosco‚ Maria!
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